Política

STF

Toffoli nega cópia de vídeo para defesa de bolsonaristas, mas autoriza perícia

A Polícia Federal (PF) analisou as imagens e concluiu que o empresário Roberto Mantovani 'aparentemente' bateu com 'hostilidade' no rosto do filho de Moraes

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira, 24, compartilhar cópia das filmagens do aeroporto de Roma com a defesa dos bolsonaristas investigados por hostilidades e agressões ao ministro Alexandre de Moraes.

A Polícia Federal (PF) analisou as imagens, compartilhadas por autoridades italianas, e concluiu que o empresário Roberto Mantovani 'aparentemente' bateu com 'hostilidade' no rosto do filho de Moraes. Para os investigadores, já há provas suficientes para uma condenação. O inquérito ainda não foi concluído.

Toffoli reiterou que a íntegra da gravação está disponível para os advogados assistirem, mas negou a extração de cópias, ou seja, os advogados podem marcar um horário para ver a gravação no STF, mas não estão autorizados a levar consigo uma versão.

"O acesso à mídia, portanto, está sendo integralmente franqueado à defesa, com algumas cautelas quanto à forma como se dará, incluindo a circunstância de ocorrer na sede do tribunal, mediante registro de quem a acessa e sob acompanhamento de servidor designado", diz um trecho do despacho.

A justificativa usada para manter o vídeo em sigilo tem sido a necessidade de preservar a 'intimidade dos envolvidos e de terceiros que aparecem nas filmagens'.

A defesa dos bolsonaristas afirma que, sem a cópia, não é possível fazer uma perícia própria no material. Toffoli, por sua vez, deixa expresso que os advogados podem levar peritos privados e argumenta que a análise não depende de uma cópia dos vídeos.

"A mídia poderá ser acessada e analisada por perito das partes e dos assistentes, com manuseio e pelo tempo que se mostrarem necessários, contanto que não seja copiada. É dizer, por outras palavras, que a única diferença em relação à análise que seria desenvolvida no escritório ou laboratório do perito (ou da pessoa indicada pela parte) é mesmo o local: ao invés de periciá-lo lá, periciará aqui, a fim de que se garanta sua singularidade e sua integridade", afirmou Toffoli.

O ministro afirmou ainda que as 'cautelas' valem tanto para a defesa quanto para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a família de Moraes, admitida como assistente de acusação, ou seja, ninguém teve acesso a cópias das filmagens.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO RALPH TÓRTIMA STETTINGER FILHO

"A não permissão de cópia inviabiliza qualquer trabalho dos advogados ou do assistente técnico. Como vamos poder nos manifestar sem poder utilizar as imagens? Como um assistente técnico poderá fazer seu trabalho, sem ter as imagens em mãos? A decisão, com todo respeito, consubstancia evidente cerceamento de defesa."

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Atentado

Veja o que deputados de MS disseram sobre atentado a bomba no STF

Na Câmara, os deputados estavam votando a isenção tributária das igrejas quando ocorreram as explosões, no início da noite desta quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes

13/11/2024 20h40

Policial federal faz a segurança do STF após atentado a bomba

Policial federal faz a segurança do STF após atentado a bomba Wilton Junior/Estadão Conteúdo

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No início da noite desta quarta-feira (13), um atentado foi cometido na Praça dos Três Poderes, no qual o suposto autor morreu após atirar a bomba na direção da Estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Tanto os ministros do STF quanto os deputados federais estavam em sessão no momento do ocorrido.

Foram duas explosões: a segunda ocorreu no porta-malas de um veículo no anexo 4, nas proximidades da Câmara dos Deputados.

O barulho das explosões levou agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a correrem para verificar o que estava acontecendo.

Enquanto os ministros foram evacuados, os deputados ficaram no prédio até que fosse segura a retirada.

Câmara isolada

Por meio das redes sociais, dois deputados de Mato Grosso do Sul, Camila Jara (PT-MS) e Marcos Pollon (PL-MS), que estavam na sessão, comentaram sobre a explosão.

A petista Camila Jara, por meio do X (ex-Twitter), minutos após as explosões, disse que os parlamentares solicitaram a suspensão da sessão em plenário.

“Por ora, não há o que justifique arriscar vidas. Esperamos que as investigações ocorram com rapidez e garantam a segurança de todos e todas agora na Esplanada”, publicou Camila.

 

 

"Atentado não..."

Enquanto isso, Pollon usou o Instagram para informar seus seguidores acerca da explosão de um “carro-bomba nos anexos do STF” e chegou a comentar a respeito do suspeito de ter explodido os artefatos.

“O cara que se explodiu, ele teve [problemas] há alguns dias. Então tem ameaça de bomba, mas aqui no Plenário está tudo bem. A gente está proibido de sair do Plenário. Teve o pessoal que ficou, a gente estava tendo votação até agora. Estávamos votando na isenção tributária das igrejas, e, por questão de segurança, não pode sair daqui.”

Assim que foi feita a varredura, os deputados foram liberados, e Pollon voltou a publicar no Instagram afirmando aos seus seguidores que tudo estava bem.

Saindo da Câmara dos Deputados, Pollon menciona o ocorrido como "atentado", mas logo corrige a colocação e alguém de sua equipe em sentido de orientação afirma: "um incidente" ao que o deputado afirma: "atentado não. Suícidio acho que foi".

 

Operação Escudo

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou que a Polícia Federal investigue o ataque na Praça dos Três Poderes.

Reforço de segurança e outros protocolos foram adotados, a Policia Militar está fazendo varredura na lateral dos prédios, e no interior também está sendo monitorado para verificar se não tem outras bombas no local.

No momento da explosão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Palácio do Planalto. 

Cerca de 120 homens do exército estão em deslocamento para a Praça dos Três Poderes, onde também trabalham agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Polícia Militar e a Polícia Federal.

O que se sabe sobre as explosões no STF?

  • O autor do atentado, identificado como Francisco Wanderley Luiz, se aproximou da estátua em frente ao STF e ficou em atitude suspeita;
  • Tirou da mochila um extintor;
  • Um segurança do STF se aproximou, mas ele mostrou um relógio similar a uma bomba e advertiu para que não se aproximasse;
  • Lançou três artefatos embaixo da Estátua da Justiça;
  • Após jogar os artefatos, Wanderley seguiu para outro lado, deitou no chão, acendeu outra bomba e pressionou contra a cabeça;
  • Os explosivos foram apontados por peritos da PF como rudimentares pelo uso de fogos de artifício;
  • O veículo utilizado no atentado tem placas de Santa Catarina;
  •  Francisco Vanderlei, o proprietário do veículo e autor do atentado, disputou eleições pelo PL em 2020, como candidato a vereador;
  • Vanderlei visitou o STF no dia 24 de agosto segundo publicações de suas redes sociais;
  •  suspeito foi visto andando na Câmara dos Deputados;
  • O General Fábio Amaro acompanha a Operação Escudo;
  • Do lado se fora do Palácio do Planalto ocorre a Operação Varredura para determinar se a região está segura;
  • O presidente Lula deixou o Palácio do Planalto antes das explosões e estava no Palácio da Alvorada onde se reuniu com o diretor geral da Polícia Federal, com ministro do STF (Alexandre de Moraes, Zanin e Gilmar Mendes);
  • O caso pode ser enquadrado como atentado na investigação da Polícia Federal.

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Esplanada dos Ministérios

Suposto autor de explosões na Praça dos Três Poderes morreu

A investigação está apurando se outras pessoas estão envolvidas na explosão ocorrida no início da noite desta quarta-feira (13), em frente ao STF e próximo à Câmara dos Deputados

13/11/2024 20h07

ANDRÉ RICHTER/AGÊNCIA BRASIL

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Informações preliminares indicam que o autor de uma das explosões morreu após arremessar a bomba e ter sido atingido por um estilhaço na cabeça. Até o momento, a identidade dele não foi revelada.

Além da explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), um veículo também explodiu no anexo 4, nas proximidades da Câmara dos Deputados.

Um policial militar informou que avistou um homem correndo do veículo, que, conforme foi apurado pela reportagem da Globo News, ainda possui artefatos intactos, e, caso tivessem explodido, o cenário poderia ter sido diferente.

 

 

 

Operação Escudo

Reforço de segurança e outros protocolos foram adotados, a Policia Militar está fazendo varredura na lateral dos prédios, e no interior também está sendo monitorado para verificar se não tem outras bombas no local. No momento da explosão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Palácio do Planalto. 

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou que a Polícia Federal investigue o ataque que ocorreu na noite desta quarta-feira (13), em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Cerca de 120 homens do exército estão em deslocamento para a Praça dos Três Poderes, onde também trabalham agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Polícia Militar e a Polícia Federal.

O que se sabe sobre as explosões no STF?

  • A bomba foi jogada embaixo da Estátua da Justiça;
  • Após jogar o artefato, o homem se jogou no chão, foi atingido por um estilhaço e acabou indo a óbito;
  • O veículo utilizado no atentado tem placas de Santa Catarina (está sendo investigado se pertence ao suspeito de ter atirado a bomba);
  • O suspeito foi visto andando na Câmara dos Deputados;
  • O caso pode ser enquadrado como atentado na investigação da Polícia Federal.

 

 

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