Política

AVALIAÇÃO

Trabalhos da Assembleia Legislativa têm a aprovação de 71,62%, aponta pesquisa

O levantamento foi realizado no período de 22 de julho a 1º de agosto, com 1.611 eleitores, distribuídos em 53 municípios

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Pesquisa realizada pelo Correio do Estado e o Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems), com 1.611 eleitores, em 53 municípios de Mato Grosso do Sul, no período de 22 de julho a 1º de agosto deste ano, apontou que os trabalhos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) têm a aprovação de 71,62% da população e a desaprovação de 28,38%.

Na estratificação dos dados, em Campo Grande, a aprovação (ótima e boa) da Casa de Leis foi de 13,27% e, no interior, chegou a 30,18%, enquanto o índice de quem considera regular (aprova) ficou em 45,29% na Capital e em 9,48% no interior.

Já com relação à desaprovação (ruim e péssima), a Assembleia Legislativa o índice alcançou 27,29% em Campo Grande e 12,66% no interior, enquanto o índice de quem considera regular (desaprova) atingiu 14,15% na Capital e 9,48% no interior.

Além disso, de acordo com a pesquisa Correio do Estado/Ipems, a Casa de Leis obteve avaliação regular (aprova) de 46,91% dos entrevistados avaliação ótima ou boa de 24,71%, avaliação ruim ou péssima de 17,40% e avaliação regular (desaprova) de 10,98%. 

Na estratificação dos dados, na Capital, a Assembleia Legislativa conseguiu avaliação ótima de 0,29% e, no interior, de 5,45%, enquanto a avaliação boa foi de 12,98% na Capital e de 24,73% no interior. O índice da avaliação regular (aprova) atingiu 45,29% na Capital e 47,68% no interior.

A avaliação regular (desaprova) da Casa de Leis chegou a 14,15% na Capital e a 9,48% no interior, enquanto a avaliação ruim na Capital foi de 7,52% e no interior, de 4,57%. O índice da avaliação péssima ficou em 19,78% na Capital em  8,10% no interior.

O levantamento Correio do Estado/Ipems tem grau de confiança de 95% e a margem de erro é de 2,44 pontos porcentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados na amostra.

Análise

O diretor responsável pelo Ipems, Lauredi Sandim, explicou que a gestão do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gerson Claro (PP), fez com que a Casa de Leis desse um salto de qualidade no atendimento à população, e o reflexo disso pode ser constatado na pesquisa.

"Nesse levantamento do Correio do Estado/Ipems, ficou bem claro que a Assembleia Legislativa está muito bem avaliada, obtendo índices extraordinários de avaliação administrativa. A aprovação de seus trabalhos passou de 70% em todo o território sul-mato-grossense", reforçou.

Para Lauredi Sandim, graças à atuação do presidente Gerson Claro e dos demais integrantes da Mesa Diretora, aliada à votação de matérias importantes para a sociedade como um todo, a Casa de Leis está colhendo bons frutos.

Composição

A atual composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa tem o deputado estadual Gerson Claro como presidente, o deputado estadual Renato Câmara (MDB) como primeiro-vice-presidente, o deputado estadual Zé Teixeira (PSDB) como segundo-vice-presidente e a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) como terceira- vice-presidente.

Além disso, também fazem parte da Mesa Diretora da Casa de Leis o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), como primeiro-secretário, o deputado estadual Pedro Kemp (PT), como segundo-secretário e o deputado estadual Lucas de Lima (PDT), como terceiro-secretário.

Os demais parlamentares da Assembleia Legislativa: são Jamilson Name (PSDB), Lia Nogueira (PSDB), Pedro Caravina (PSDB), Junior Mochi (MDB), Marcio Fernandes (MDB), Gleice Jane (PT), Zeca do PT, Coronel David (PL), João Henrique Catan (PL), Neno Razuk (PL), Londres Machado (PP), Lidio Lopes (sem partido), Pedrossian Neto (PSD), Paulo Duarte (PSB), Antonio Vaz (Republicanos), Professor Rinaldo Modesto (Podemos) e Roberto Hashioka (União Brasil).

O diretor do Ipems lembrou que a Mesa Diretora fez melhorias na Assembleia Legislativa, como a entrega do novo refeitório para os servidores, com capacidade para 70 pessoas, e a construção de um estacionamento vertical, que vai ser inaugurado em breve, além da abertura de licitação para um novo plenário, que triplicará a capacidade atual.

"Enfim, são muitas melhorias feitas e anunciadas pela Mesa Diretora para melhor atender as pessoas que procuram a Casa de Leis. Portanto, essas ações positivas refletem na boa avaliação da Assembleia Legislativa", assegurou.

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TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

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À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

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POLÍTICA

Em pedido de renúncia, Zambelli diz que segue viva e que Brasil continuará ouvindo sua voz

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por mandar um hacker invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está presa na Itália desde julho.

14/12/2025 22h00

Deputada federal Carla Zambelli

Deputada federal Carla Zambelli Agência Câmara

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A agora ex-deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP), usou o pedido de renúncia de seu mandato para elogiar a proteção recebida pela Câmara e para dizer que "segue viva" mesmo após deixar os quadros da Casa. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por mandar um hacker invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está presa na Itália desde julho.

"A história registra: mandatos podem ser interrompidos; a vontade popular, jamais. Eu sigo viva, a verdade permanece, e o Brasil continuará a ouvir minha voz", afirmou, na solicitação encaminhada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).

Zambelli também agradeceu as decisões da Câmara que mantiveram o mandato da deputada, antes de Supremo Tribunal Federal anulá-las e determinar a perda de mandato de Zambelli. "Esse ato da Câmara foi institucional e constitucional: um momento em que a Casa do Povo afirmou a soberania do voto, o devido processo legal e os limites do poder punitivo do Estado", escreveu.

Leia a íntegra do comunicado:

RENÚNCIA AO MANDATO PARLAMENTAR

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

DEPUTADO FEDERAL HUGO MOTTA

Excelentíssimo Senhor Presidente,

Senhoras e Senhores Deputados,

Povo brasileiro,

Eu, Carla Zambelli Salgado de Oliveira, Deputada Federal eleita para a 57ª Legislatura (2023-2027), representante do Estado de São Paulo, legitimada por 946.244 votos nas eleições gerais de 2022, faço esta manifestação por intermédio de meus advogados constituídos, Dr. Fabio Pagnozzi e Dr. Pedro Pagnozzi, diante da impossibilidade de comparecer pessoalmente a esta Casa, em razão de encontrar-me privada de liberdade em território estrangeiro. Falo, portanto, não apenas como parlamentar, mas como voz de quase um milhão de brasileiros que confiaram em mim sua representação.

O que se registra neste ato não é apenas a renúncia a um mandato, mas um marco institucional. A Câmara dos Deputados exerceu integralmente sua competência constitucional, observando o procedimento previsto no artigo 55 da Constituição Federal, especialmente seus ?? 2º e 3º, que atribuem exclusivamente ao Poder Legislativo a deliberação sobre a perda de mandato parlamentar, mediante decisão do Plenário, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

No curso desse procedimento, foi elaborado relatório pelo Relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, Deputado Diego Garcia, demonstrando, de forma técnica e fundamentada, que não existem provas jurídicas aptas a sustentar a perda do meu mandato, tampouco elementos que embasem qualquer condenação. Esse relatório trouxe à luz uma verdade elementar do Estado de Direito: não se cassa um mandato sem provas.

Essa compreensão foi confirmada pelo Plenário da Câmara dos Deputados, que, ao não deliberar pela cassação, afirmou que não havia fundamento jurídico legítimo para suprimir um mandato conferido por quase um milhão de brasileiros. Esse ato foi institucional e constitucional: um momento em que a Casa do Povo afirmou a soberania do voto, o devido processo legal e os limites do poder punitivo do Estado.

A História constitucional ensina que os regimes livres somente subsistem quando cada Poder reconhece seus limites. Montesquieu advertia que "todo aquele que detém poder tende a abusar dele, indo até onde encontra limites". O registro aqui produzido reafirma que o Parlamento não é instância acessória, mas Poder constitucional autônomo, cuja competência não pode ser esvaziada sem grave risco ao Estado Democrático de Direito. Este episódio permanecerá como referência institucional para situações semelhantes, nas quais se discuta a preservação do mandato popular frente à expansão indevida do poder punitivo estatal.

Posteriormente, deliberação do Supremo Tribunal Federal determinou a perda do mandato, afastando o resultado do procedimento conduzido por este Parlamento.

É diante desse quadro, e não por medo, fraqueza ou desistência, que comunico, de forma pública e solene, minha renúncia ao mandato parlamentar, para que fique registrado que um mandato legitimado por quase um milhão de votos foi interrompido apesar do reconhecimento formal, por esta Casa, da inexistência de provas para sua cassação.

Este gesto não é rendição. É registro histórico. É a afirmação de que mandatos passam; princípios permanecem. A democracia não se resume às urnas; ela vive no respeito às instituições e na coragem de registrar a verdade.

Dirijo-me, por fim, ao povo brasileiro. Aos meus eleitores, afirmo: a verdade foi dita, a história foi escrita e a consciência permanece livre. Ideias não se cassam. Convicções não se prendem. A vontade popular não se apaga.

A história registra: mandatos podem ser interrompidos; a vontade popular, jamais. Eu sigo viva, a verdade permanece, e o Brasil continuará a ouvir minha voz.

Que Deus abençoe o povo brasileiro, ilumine esta Nação e a conduza, sempre, pelo caminho do direito, da justiça e da liberdade.

Respeitosamente,

Carla Zambelli Salgado de Oliveira

Deputada Federal - Brasil

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