Política

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Tuberculose continua fazendo vítimas por descuido

Tuberculose continua fazendo vítimas por descuido

Redação

24/03/2010 - 07h26
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Em tempos de preocupação com a dengue e a gripe suína, acabamos por negligenciar uma doença que faz parte da história da humanidade, a tuberculose, cujo dia nacional de combate é comemorado hoje. Em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde fará ação de prevenção até o fim de abril (leia box). Entre os milhões que foram acometidos pela doença existem ricos, famosos e intelectuais, entre eles Chopin, Noel Rosa, Euclides da Cunha e Nelson Mandela, só para citar alguns. Trata-se de uma doença que já foi considerada uma sentença de morte para os acometidos pelo bacilo de Koch, mas que hoje tem prevenção, cura e o tratamento é gratuito. Em 1940, com a descoberta da penicilina, também veio a estectomicina, um dos primeiros tratamentos contra a doença. Mas, somente em 1950, é que começaram as campanhas mais intensas contra a tubercu lose por Manoel de Abreu. E foi por meio da abreugrafia (radiografia no tamamho 5cm x 10 cm), que se conseguiu fazer o diagnóstico mais preciso da patologia e, em consequência disso, o tratamento. Em 1960, surgiu um novo tratamento, com menos efeitos colaterais, com duração de seis meses. Esta antibioticoterapia é empregada atua lmente e, embora os medicamentos sejam de alto custo, são todos fornecidos gratuitamente pelo Governo, além da prevenção por meio da vacina BCG aplicada nos recém-nascidos. Atualmente, embora sejam relevantes os avanços no controle à doença, ainda há metas a serem cumpridas, principalmente no âmbito da conscientização sobre a importância da adesão ao tratamento, no período mínimo de 6 meses ou conforme estipulado pelo médico. “O grande problema das pessoas que ainda morrem de tuberculose é porque não cumprem a indicação correta do médico, pela ignorância, falta de conhecimento ou descuido. Ao começar o tratamento dois ou três meses depois, o paciente já se considera bom e não termina o ciclo recomendado de seis meses, possibilitando o reaparecimento da doença e a resistência ao medicamento. Se a doença volta mais forte e o melhor antibiótico para ela já foi usado, nos resta partir para tratamento de segunda linha, mas nem sempre temos a resposta positiva”, comenta o pneumologista Renato Rezende. No Estado Em Mato Grosso do Sul, a média é de 800 casos de tuberculose por ano, com aproximadamente 50 óbitos. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado, em 2009 foram registrados 891 casos, com maior incidência na população com deficiência imunológica (pacientes com aids ou câncer, transplantados, portadores de doenças reumáticas, usuários de corticóides, drogas ilícitas, desnutrição por má-alimentação ou por doenças do aparelho digestivo, alcoolismo e tabagismo). Já os dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) apontam que, somente em Campo Grande, foram identificados 304 casos, com taxa de 6,08% de morte e 78,74% de cura em 2009. “Notamos também que 6,89% dos pacientes abandonaram o tratamento; essa taxa coincide com os óbitos e fica acima da taxa tolerável pelo Ministério da Saúde, que é de 5% para ambos. Os que mais deixam de tomar os medicamentos são andarilhos, presidiários e usuários de drogas. Com a taxa de óbitos e desistência do tratamento além do tolerável, também ficamos aquém da porcentagem de cura de 85% como preconiza a Organização Mundial de Saúde”, enumera a gerente técnica do Programa de Controle da Tuberculose e Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Sueli Aparecida de Almeida Diório.

ELEIÇÕES 2024

A partir de hoje eleitores não podem ser presos até dia 29

Veto está presente na Legislação Eleitoral, mas há exceções; segundo turno das eleições acontecem neste domingo (27), em 51 municípios, sendo 15 capitais, incluindo Campo Grande

22/10/2024 12h30

Determinação de veto de eleitores cinco dias antes da eleição perdura até dia 29

Determinação de veto de eleitores cinco dias antes da eleição perdura até dia 29 Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Entrou em vigor a partir desta terça-feira (22) a proibição para eleitores serem presos e persiste até dia 29, dois dias após o segundo turno das eleições municipais, porém há exceções.

Previsto na legislação eleitoral, a regra exclui prisões em flagrante ou casos de prisões determinadas a partir de sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou desrespeito a salvo-conduto.

No próximo domingo (27), cerca de 33,9 milhões de eleitores de 15 capitais, incluindo Campo Grande, e 36 municípios voltam às urnas para eleger os prefeitos que disputam os cargos. Não há segundo turno para a disputa ao cargo de vereador.

Exceções

A regra, porém, não vale em três situações: em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou ainda por desrespeito a salvo-conduto de outros eleitores, impedindo o exercício do voto.

Também ficam fora da regra aqueles que cometerem crimes eleitorais no dia do pleito, 27 de outubro, como usar alto-falantes e amplificadores de som; promover comício ou carreata; realizar boca de urna; divulgar propaganda de partido político ou candidato; tentar convencer eleitora ou eleitor a votar em determinada candidatura ou partido; ou impulsar propaganda eleitoral na internet.

Segundo turno - Campo Grande

No último dia 6, os mais de 600 mil eleitores campo-grandenses definiram que a prefeitura será comandada por uma mulher pelos próximos quatro anos. Adriane Lopes (PP) somou 31,67% dos votos válidos, enquanto Rose Modesto (União Brasil) ficou com 29,56%. Na sequência, apareceram os candidatos Beto Pereira (PSDB), com 25,96%, e Camila Jara (PT), com 9,43%.

  • Adriane Lopes (PP): 140.913 votos (31,67%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 131.525 votos (29,56%)
  • Beto Pereira (PSDB): 115.516 votos (25,96%)
  • Camila Jara (PT): 41.966 votos (9,43%)
  • Beto Figueiró (Novo): 10.885 votos (2,45%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 3.108 votos (0,70%)
  • Ubirajara Martins (DC): 1.067 votos (0,24%)

Pesquisa

Levantamento Paraná Pesquisas/Correio do Estado para o segundo turno das eleições municipais em Campo Grande mostra a atual prefeita e candidata à reeleição, Adriane Lopes, numericamente à frente da ex-deputada federal Rose Modesto.

No cenário estimulado, em que os nomes das candidatas são apresentados aos entrevistados, Adriane Lopes aparece com 48% das intenções de voto, enquanto Rose Modesto tem 41,6% da preferência. Os que não sabem ou não responderam representam 3,7% do total de eleitores, e os votos brancos e nulos, 6,7%.

Rejeição

Sobre a rejeição, o levantamento apontou que os que não votariam em Rose Modesto de jeito nenhum são 37,6%, e os que não votariam em Adriane Lopes de jeito nenhum, 32,1%.

Na outra ponta, 37,6% disseram que com certeza votarão em Adriane, enquanto 29,6% também estavam certos que votarão em Rose.

Quanto às possibilidades de voto, 27,9% disseram que poderão votar em Rose ou em Adriane. É o chamado voto não convicto. Os que não conhecem Adriane suficientemente para opinar representam 1,6%, e os que não conhecem Rose, 1,4%.

Os que não quiseram responder sobre Adriane representam 0,9%, e sobre Rose, 1,6%.

A pesquisa, registrada sob o número MS-06954/2024, foi realizada entre os dias 10 e 13 de outubro. Foram entrevistados 700 eleitores.

*Com informações da Agência Brasil

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TROCA DE COMANDO

Em 2 anos à frente da bancada, Vander conseguiu R$ 700 milhões para MS

O deputado federal assumiu a coordenação quando o presidente lula iniciou o seu terceiro mandato no Planalto

22/10/2024 08h00

Vander Loubet (PT) durante encontro com prefeitos eleitos e reeleitos em Mato Grosso do Sul

Vander Loubet (PT) durante encontro com prefeitos eleitos e reeleitos em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira

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Ao participar na tarde de ontem do encontro com os prefeitos eleitos e reeleitos dos 78 municípios de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, no âmbito do programa MS Ativo Municipalismo, o deputado federal Vander Loubet (PT) anunciou que era o último dia dele à frente da coordenação da bancada do Estado no Congresso Nacional e que, a partir de hoje, a função será exercida por outro parlamentar pelos próximos dois anos.

“Os últimos dois anos foram uma experiência muito exitosa. Primeiro, coordenar uma bancada em que os únicos petistas eram eu e a deputada federal Camila Jara não seria uma tarefa fácil. Entretanto, consegui me entender com os três deputados federais do PSDB, bem como com os demais deputados federais e com os três senadores, sem contar o aval do governador Eduardo Riedel [PSDB]”, disse com exclusividade ao Correio do Estado. Vander Loubet explicou que o fato de o terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estar começando também contribuiu.

“Isso também pesou muito, e ao fazer a análise dos últimos dois anos como coordenador da bancada, posso dizer que o balanço é positivo, pois conseguimos ser, em nível nacional, a bancada federal que mais destinou recursos de emendas em projetos estruturantes para o seu estado de origem”, revelou.

Ele detalhou que 45% das emendas de bancada foram para projetos estruturantes e que em alguns estados grandes, como São Paulo, as bancadas estavam mais preocupadas em atender os interesses pessoais, e não da unidade da federação a qual pertenciam.

“Na nossa bancada, isso não acontecia, pois fechávamos consenso sobre a destinação dos recursos para obras que fossem trazer melhorias para Mato Grosso do Sul”, afirmou.

Ao todo, conforme o deputado federal, sob a sua coordenação, a bancada federal do Estado no Congresso destinou  R$ 700 milhões para obras estruturantes.

“A maioria, ou quase na sua totalidade, foi para obras estruturantes, seja para a aquisição de equipamentos, seja para infraestrutura básica. Isso foi uma coisa que a gente construiu muito em cima da unidade, em cima do consenso. Nesse período, não tivemos nenhum momento de disputa interna”, assegurou.

Vander Loubet completou que, se a bancada escolhia 15 emendas, essas 15 seriam priorizadas, levando em consideração a base de atuação de cada parlamentar e um pouco do tamanho de cada cidade.

“Nós também aproveitamos muito os programas do governo federal. Nessa parte, o fato de eu ser do PT e ter uma boa articulação com o presidente Lula ajudou bastante”, argumentou. Ele citou como exemplo as concessões da BR-262, entre Campo Grande e Três Lagoas, e da BR-267, de Bataguassu a Nova Alvorada.

“Comigo à frente da coordenação, acredito que a bancada federal cumpriu um papel muito importante, porque não é fácil o governo federal delegar para um governador que não é do seu partido a autorização de fazer concessões de rodovias federais. Isso mostrou que o presidente Lula tem uma característica muito forte, que é essa coisa de delegar, de fazer as coisas, que as coisas aconteçam”, analisou.

Sobre a nova coordenação da bancada federal do Estado no Congresso, Vander Loubet disse que pretende continuar ajudando. “Espero que a minha sucessora dê continuidade ao trabalho de manter a bancada unida na construção das decisões coletivas como eu dei, quando herdei da ex-senadora Simone Tebet [MDB], e como ela fez, quando herdou do senador Nelsinho Trad [PSD]”, projetou.

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