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União Brasil convida Rose para assumir a articulação política do Centro-Oeste

A ex-deputada federal também não vai retornar para o comando da Sudeco e deverá permanecer na articulação até 2026

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A Executiva nacional do União Brasil convidou a ex-deputada federal Rose Modesto para assumir a articulação política do partido na Região Centro-Oeste e, especialmente, em Mato Grosso do Sul.

Conforme apurou o Correio do Estado, com essa nova função dentro da legenda, ela não vai retornar para o comando da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), cargo que exerceu até o dia 15 de maio de 2024, quando saiu para concorrer ao cargo de prefeita de Campo Grande.

Interlocutores de Rose Modesto informaram à reportagem que o convite para assumir a articulação do partido no Centro-Oeste tem como objetivo ajudar na alavancagem da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, a presidente da República nas eleições gerais de 2026 nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Além disso, ela poderá contribuir com o projeto do União Brasil em Mato Grosso do Sul de tentar eleger dois deputados federais e três deputados estaduais, e uma das duas vagas que o partido pretende conquistar na Câmara dos Deputados será disputada pela ex-parlamentar federal.

A princípio, de acordo com a apuração do Correio do Estado, a legenda não deverá lançar candidaturas ao Senado nem ao governo do Estado, porém, esse posicionamento poderá mudar no decorrer de 2025. 

Entretanto, ao não lançar candidatos para concorrer às duas vagas de senador por Mato Grosso do Sul e também a governador do Estado, o União Brasil ficará livre para fechar alianças com as siglas mais fortes em nível estadual.

Na verdade, essa também é uma forma de Rose Modesto caminhar com o ex-governador Reinaldo Azambuja, que pode trocar o PSDB pelo PL para disputar o Senado, e com o atual governador Eduardo Riedel, que deverá deixar o ninho tucano e ir para o PSD para tentar a reeleição.

RECOLHIMENTO

Depois que foi derrotada no segundo turno das eleições municipais pela prefeita Adriane Lopes (PP), que venceu a disputa com 51,45% dos votos válidos (222.699 votos), Rose Modesto deu um tempo nos holofotes da política para pensar nos próximos anos.

Na época, antes do recolhimento estratégico, ela disse que a sensação era de dever cumprido e que descansaria.

“Eu estava em uma zona de conforto, ocupando um cargo importante para a Região Centro-Oeste, mas eu vi o sentimento de muita gente que me queria aqui disputando a eleição”, falou.

A ex-deputada federal ainda completou que teve coragem de colocar seu nome à disposição.

“Fomos lá fazer aquilo que deveria ser feito, que é debater, apresentar propostas, mostrar verdades. Claro, a gente aceita o resultado do eleitor, que tem de ser e deve ser sempre soberano”, declarou.

Agora, com o convite da direção nacional do União Brasil, Rose Modesto volta ao cenário político estadual e regional, podendo colocar o bloco na rua para tentar novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, ao mesmo tempo em que atua na divulgação de Ronaldo Caiado no Estado e em Mato Grosso.

Saiba

Rosiane Modesto de Oliveira, a Rose Modesto, é uma gestora política e professora, formada em História pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), filiada ao partido União Brasil. Ela exerceu o mandato como deputada federal de 2018 a 2022 e foi vereadora de Campo Grande de 2008 a 2012. Em 2015, tomou posse como vice-governadora de Mato Grosso do Sul, no governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), e ocupou o cargo de secretária de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho. Rose não concorreu à reeleição para o cargo de vice-governadora e, em 2018, elegeu-se deputada federal. Recentemente, ocupou o cargo de superintendente do Desenvolvimento do Centro-Oeste, do qual abriu mão para concorrer às eleições municipais de 2024.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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