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'Vai se informar primeiro', responde Haddad sobre moeda única

A declaração foi dada dois dias depois de o embaixador da Argentina, Daniel Scioli, ter dito que conversou com Haddad sobre a criação de uma moeda comum

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O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse nesta quinta-feira (5) a um jornalista para "se informar primeiro" quando questionado, no Palácio do Planalto, sobre a possível criação de uma moeda única para o Mercosul.

"Que moeda única? Não existe moeda única, não existe essa proposta. Vai se informar primeiro", afirmou Haddad antes de deixar o local onde aconteceu a cerimônia de posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB).

O ministro foi procurado por meio da assessoria de imprensa para comentar a fala, mas não enviou uma resposta até a publicação deste texto.

A declaração do titular da pasta econômica foi dada dois dias depois de o embaixador da Argentina, Daniel Scioli, ter dito que conversou com Haddad sobre a criação de uma moeda comum para o bloco regional em reunião na sede do Ministério da Fazenda.

Na ocasião, Scioli afirmou que o objetivo é fortalecer o bloco comercial e ampliar o vínculo entre os países da região e disse que cada país preservaria a sua própria divisa, sinalizando que estava descartada a criação de uma moeda única.

"Trabalharemos pela moeda em comum. Isso não significa que cada país não tenha a sua moeda, significa uma unidade para a integração e aumento de intercâmbio comercial em todo esse bloco regional. E, como disse o presidente Lula, fortalecer o Mercosul, ampliar a união latino-americana é muito importante", disse o embaixador.

Há uma diferença técnica entre os termos. A moeda comum seria usada em negociações comerciais entre os membros do bloco sul-americano, enquanto a moeda única substituiria a unidade monetária dos países que integram o grupo -isso significaria o Brasil abrir mão do real, por exemplo. A moeda única mais conhecida é o euro, divisa usada por países-membros da União Europeia.

Em 1º de abril de 2022, Haddad publicou um artigo na Folha, em coautoria com o economista Gabriel Galípolo (atual secretário-executivo da Fazenda), defendendo a criação de uma moeda sul-americana.

No texto, a dupla sustentava que a moeda poderia "impulsionar o processo de integração regional, marcado pelo ritmo lento e por momentos de recuo, e fortalecer a soberania monetária dos países da América do Sul, que enfrentam limitações econômicas decorrentes da fragilidade internacional de suas moedas".

Após a conversa com Haddad, Scioli exaltou o compromisso do ministro, a quem se referiu como "uma pessoa que tem muita experiência". "Haddad é um economista que tem uma ambição muito produtivista, uma ambição da economia real, um compromisso também muito forte com grandes objetivos da moeda comum, que terá também um impacto positivo", afirmou.

Segundo o embaixador da Argentina, os principais temas tratados com Haddad na última terça foram a integração financeira e energética entre os países e o aumento do intercâmbio comercial entre Brasil e Argentina.

A criação de uma moeda comum com a Argentina chegou a ser discutida durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Em 2019, o então presidente e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, tiveram um encontro com empresários em Buenos Aires no qual falaram sobre um plano incipiente sobre o tema.

Desde a criação do Mercosul, os países do bloco mencionam a possibilidade da criação de uma moeda comum, mas nenhuma iniciativa nesse sentido foi concretizada devido às diferenças de políticas cambiais dos membros.

MANDATO 2025-2028

Câmara Municipal retornará aos trabalhos com 14 'caras novas' e votação de 6 projetos

Abertura da 1ª Sessão Legislativa da 12ª Legislatura ocorrerá na segunda-feira (17)

14/02/2025 12h15

Câmara Municipal de Campo Grande, localizada na avenida Ricardo Brandão, número 1600, bairro Cachoeirinha, na Capital

Câmara Municipal de Campo Grande, localizada na avenida Ricardo Brandão, número 1600, bairro Cachoeirinha, na Capital DIVULGAÇÃO/CMCG

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Câmara Municipal de Campo Grande começará o ano legislativo na próxima segunda-feira (17) e retornará aos trabalhos na terça-feira (18).

Sessão Solene Inaugural da 12ª Legislatura ocorrerá na manhã da próxima segunda-feira (17) com 29 vereadores eleitos, sendo 15 reeleitos e 14 novos. Conheça quais são os vereadores eleitos e reeleitos no fim da reportagem.

O evento será conduzido pelo presidente da Casa de Leis, Epaminondas Neto (PSDB), mais conhecido como Papy. A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), estará presente na sessão de inauguração, que acontece na Casa de Leis, localizada na avenida Ricardo Brandão, número 1600, bairro Cachoeirinha.

A primeira sessão ordinária do ano acontece na terça-feira (18), com votação de seis projetos, que atendem demandas das áreas da saúde, empreendedorismo e capacitação dos servidores públicos. Confira:

  • Projeto de Resolução nº 547/24 que visa alterar dispositivos da Resolução nº 682, de 1977, e criar novas diretrizes para a Medalha Dr. Arlindo de Andrade Gomes, uma honraria destinada a reconhecer a contribuição de cidadãos de destaque para a cidade. O projeto é de autoria do vereador Papy.
  • Projeto de Resolução nº 548/24 que propõe mudanças na Resolução nº 1.146, de 2012, com o objetivo de regulamentar a concessão de títulos e medalhas de mérito legislativo no município. O projeto é de autoria do vereador Papy.
  • Projeto de Lei nº 11.384/24 que busca garantir a oferta de leitos separados para mães de natimorto e mães com óbito fetal nas unidades de saúde, tanto da rede pública quanto da privada, em Campo Grande. O projeto visa proporcionar maior dignidade e apoio psicológico às mulheres que enfrentam a dor da perda gestacional. É de autoria do vereador Dr. Victor Rocha.
  • Projeto de Lei nº 11.395/24 que visa criar o Banco de Negócios, uma plataforma online para promover o desenvolvimento do empreendedorismo no município, integrando ainda mais as instituições educacionais com o setor produtivo. A proposta tem como objetivo fomentar a inovação e o apoio a novos negócios, estimulando a economia local. É de autoria do vereador Carlão.
  • Projeto de Lei nº 11.370/24 que visa criar o Programa de Capacitação dos Servidores da Saúde para o atendimento de pessoas com deficiência (PCD). A medida visa melhorar a qualidade do atendimento nas unidades de saúde pública, com foco na inclusão e no respeito às pessoas com necessidades especiais. É de autoria do vereador Papy.
  • Projeto de Lei nº 11.023/23 que propõe alterações na Lei nº 6.035, de 2018. É de autoria do vereador Professor Juari.

VEREADORES

Ao todo, 29 vereadores vão comandar o legislativo municipal, no mandato 2025-2028, na Câmara Municipal de Campo Grande.

Dos 29 vereadores, 15 foram reeleitos e 14 vão ocupar o cargo pela primeira vez. Confira:

  • Marquinhos Trad (PDT)
  • Rafael Tavares (PL)
  • Carlão (PSB) - reeleição
  • Silvio Pitu (PSDB) - reeleição
  • Veterinário Francisco (União Brasil) - reeleição
  • Fábio Rocha (União Brasil)
  • Professor Riverton (PP) - reeleição
  • Junior Coringa (MDB) - reeleição
  • Dr. Victor Rocha (PSDB) - reeleição
  • Professor Juari (PSDB) - reeleição
  • Flávio Cabo Almi (PSDB)
  • Luiza Ribeiro (PT) - reeleição
  • André Salineiro (PL)
  • Papy (PSDB) - reeleição
  • Ana Portela (PL)
  • Neto Santos (Republicanos)
  • Maicon Nogueira (PP)
  • Delei Pinheiro (PP) - reeleição
  • Wilson Lands (Avante)
  • Herculano Borges (Republicanos) 
  • Beto Avelar (PP) - reeleição
  • Dr. Jamal (MDB) - reeleição
  • Landmark (PT)
  • Clodoilson Pires (Podemos) - reeleição
  • Jean Ferreira (PT)
  • Dr. Lívio (União Brasil)
  • Ronilço Guerreiro (Pode) - reeleição
  • Leinha (Avante)
  • Otávio Trad (PSD) - reeleição

Alguns vereadores de mandatos anteriores também retornaram à Câmara Municipal. É o caso de:

  • Veterinário Francisco (União)
  • Herculano Borges (Republicanos)
  •  André Salineiro (PL)
  • Doutor Lívio (União)

A posse ocorreu em 1º de janeiro de 2025.

Algumas figuras famosas e antigas, que estavam no legislativo municipal há quatro mandatos consecutivos, não conseguiram se reeleger e tiveram que dar “adeus” à cadeira de vereador.

É o caso de Dr. Loester (MDB), Valdir Gomes (PP) e João Rocha (PP), os antigões da política campo-grandense.

Veja outros vereadores que não conseguiram a reeleição:

  • Ayrton Araújo (PT)
  • Betinho (Republicanos)
  • Coronel Vilassanti (União Brasil)
  • Dr. Loester (MDB)
  • Dr. Sandro Benites (PP)
  • Edu Miranda (Avante)
  • Gian Sandim (PSDB)
  • Gilmar da Cruz (PSD)
  • Prof. João Rocha (PP)
  • Marcos Tabosa (PP)
  • Valdir Gomes (PP)
  • William Maksoud (PSDB)
  • Zé da Farmácia (PSDB)
  • Tiago Vargas (PP)

ARTICULAÇÕES

Perillo terá reunião com governadores em Brasília para selar destino do PSDB

O presidente nacional da legenda participou de encontro na Capital com Riedel, Azambuja e deputados federais e estaduais

14/02/2025 08h00

O governador Eduardo Riedel, o presidente Marconi Perillo e o ex-governador Reinaldo Azambuja

O governador Eduardo Riedel, o presidente Marconi Perillo e o ex-governador Reinaldo Azambuja Foto: Divulgação

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Durante encontro realizado ontem, em Campo Grande, com as lideranças do PSDB em Mato Grosso do Sul, o presidente nacional do partido, Marconi Perillo, comunicou a realização, nos próximos dias, de uma reunião em Brasília (DF) com os governadores Eduardo Riedel, Eduardo Leite (RS) e Raquel Lira (PE) para selar o destino da legenda.

A informação foi repassada ao Correio do Estado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB e tesoureiro nacional do partido, explicando que os planos de Marconi Perillo é definir até o fim de abril qual será o caminho que a legenda tomará de olho em 2026.

“Foi uma reunião tranquila, e ele veio conversar com a gente sobre o futuro da sigla”, afirmou.

Na reunião, que também teve as participações dos deputados federais Beto Pereira e Dagoberto Nogueira e dos deputados estaduais Pedro Caravina, Paulo Corrêa, Jamilson Name, Zé Teixeira e Mara Caseiro, o presidente nacional do PSDB reforçou que a legenda pretende fazer uma fusão com um partido que tenha o objetivo de lançar um candidato a presidente da República no ano que vem.

“Ele deixou bem claro que o legado do PSDB não pode desaparecer, o que aconteceria em uma incorporação, e que as legendas com quem está negociando tenham, além do objetivo de disputar a presidência do Brasil, projetos para o desenvolvimento do País e abrace as bandeiras consideradas caras pelos tucanos”, declarou Azambuja.

Ainda no encontro, conforme informou o ex-governador, Perillo revelou que, nesse momento, o PSDB negocia com apenas duas legendas: o PSD, de Gilberto Kassab, e o Republicanos, do deputado federal Marcos Pereira (SP).

“O MDB estava nessa lista, mas não faz mais parte das negociações”, revelou.

Azambuja contou também que os deputados falaram para o presidente nacional do PSDB que, caso seja concretizada a fusão ou uma federação com uma dessas duas legendas – PSD ou Republicanos –, fique claro a construção conjunta de um projeto político de crescimento, mantendo as ideologias e o legado tucano.

“No fim do encontro, Marconi Perillo falou sobre a reunião com os três governadores do PSDB em Brasília para tratar dessa questão e que, até o fim de abril, o martelo será batido. Nós não precisamos fazer uma fusão, pois conseguiríamos cumprir as cláusulas de desempenho, porém, sem ela, ficaríamos muito fracos nacionalmente e sem poder de negociações políticas”, alertou o presidente estadual sobre a importância de o partido voltar a ter sua importância nas decisões nacionais.

PODER DE NEGOCIAÇÃO

O certo é que o PSDB não pode demorar muito para tomar uma decisão sobre seu futuro político, pois, por enquanto, ainda tem poder de negociação, em virtude dos governadores de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Porém, caso espere muito, pode ficar sem a governadora Raquel Lira, de Pernambuco, que já estaria de malas prontas para migrar para o PSD e tem adiado a saída para aguardar o acerto das duas legendas.

Além disso, caso escolha não fazer uma fusão ou federação com nenhuma outra legenda, ficará enfraquecido, obrigando os demais governadores – Riedel e Leite – a também abandonarem o ninho tucano por uma questão de sobrevivência política.

Afinal, partido sem deputados federais fica sem Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, o Fundo Partidário, e também sem Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o Fundo Eleitoral.

No caso do governador de Mato Grosso do Sul, que pretende buscar a reeleição no ano que vem, ficaria muito difícil fazer a campanha eleitoral sem Fundo Eleitoral, algo que o PSDB já sentiu na pele nas eleições municipais do ano passado, quando a aliança com o PL garantiu os recursos necessários para a campanha do então candidato a prefeito de Campo Grande Beto Pereira.

O mesmo acontece com o ex-governador Azambuja, que vai tentar uma das duas cadeiras ao Senado e também necessita de um partido forte para ter uma campanha eleitoral tranquila.

Diante desse quadro e com as eleições gerais se aproximando, a definição do futuro político do PSDB é primordial para que, tanto Riedel quanto Azambuja também possam definir quais caminhos trilhar.

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