Política

ELEIÇÕES 2022

Zeca do PT desiste de candidatura e deixa Lula sem palanque no Estado

Inelegível, ex-governador alegou "razões pessoais" para retirar sua pré-candidatura ao governo

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A renúncia de Zeca do PT da pré-candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul, ao menos por enquanto, frustra a proposta de campanha do presidenciável Lula, que fica sem palanque aqui no Estado.

Plano do ex-presidente, líder nas pesquisas até agora divulgadas na corrida pela sucessão do presidente Jair Bolsonaro, do PL, é o de percorrer as capitais e as principais cidades do País para atrair votos.

Balde de água fria caiu sobre o propósito de Lula logo na manhã de ontem, com a nota emitida pelo comando estadual do PT. “Razões pessoais” teriam motivado a desistência de Zeca, que governou MS por dois mandatos (1999-2006).

“Diante disso [renúncia], essa executiva informa que, ouvindo todas as forças políticas internas do PT, vai, nos próximos dias, apresentar uma nova pré-candidatura ao governo estadual”, diz trecho do comunicado petista, assinado pelo presidente estadual do partido, Vladimir Ferreira.

Horas depois, o deputado federal Vander Loubet, sobrinho de Zeca, decifrou o termo usado pele ex-governador que justificaria a renúncia, “razões pessoais”, no caso.

Publicou o parlamentar em redes sociais: “Zeca do PT fez a opção de se dedicar a cuidar do seu caso judicial e pediu ao PT de Mato Grosso do Sul para que seu nome fosse retirado da disputa pelo governo do Estado em função disso. É uma decisão que deve ser respeitada”, escreveu o parlamentar, que seguiu:

“Ele [Zeca] entende que sua situação gera incerteza ao PT e por isso acredita ser melhor dar ao partido o tempo adequado e a liberdade de escolher outro nome para a disputa estadual”.

A DENÚNCIA

Zeca do PT, enquanto governador, foi denunciado por suposto esquema de desvio de recursos por meio das agências de publicidade que prestavam serviços ao governo. O caso ganhou, na época, apelido de “farra da publicidade”.

Na primeira instância, Zeca foi inocentado, mas, quando o caso caiu no Tribunal de Justiça, despacho o condenou por mau uso da verba pública. Daí, o ex-governador recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que ainda não julgou a questão.

POSSIBILIDADES

Até a tarde de ontem, em conversas com petistas jovens e antigos, a reportagem pouco avançou em um prognóstico que poderia indicar a eventual nova pré-candidatura.

Ainda pela manhã, surgiram rumores de que o professor universitário Tiago Botelho poderia substituir Zeca. No entanto, pelas redes sociais, ele mantém firme o discurso de estrear na política concorrendo a uma vaga no Senado.

O professor disse, inclusive, em suas redes sociais, que tem recebido apoio de amigos, professores e políticos da esquerda, mas pela campanha ao Senado.

Destacou-se também no campo das especulações acerca da desistência de Zeca, o nome do ex-prefeito de Mundo Novo Humberto Amaducci, que concorreu ao governo de MS pelo PT em 2018.

Ocorre que até fevereiro deste ano, Amaducci, que é vice-presidente regional do PT, aparecia também, ao lado de Zeca, como pré-candidato ao governo. O partido anunciou logo no início daquele mês que Amaducci teria aberto mão da pré-candidatura e a preferência foi dada a Zeca.

A legenda anunciou ainda que estava preparando um programa com a intenção de criar aqui em Mato Grosso do Sul uma frente pró-Lula e pró-Zeca. Desde então, próximos a Amaducci dizem que ele deva concorrer a vaga de deputado estadual.

Depois disso, em entrevistas à imprensa sul-mato-grossense, o ex-governador afirmou, por seguidas vezes, que concorreria à sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O petista afirmava até mesmo que já viajava pelo interior do Estado como pré-candidato.

Outro nome surgido como possível substituta de Zeca é o da advogada Giselle Marques, que também quer concorrer ao Senado. Ela divulga o desejo de concorrer à vaga desde a primeira quinzena de março passado.

O ex-senador paulista, hoje vereador por São Paulo, Eduardo Suplicy, inclusive participou de uma cerimônia, em Campo Grande, onde os petistas anunciaram a pré-candidatura de Giselle Marques.

Até ontem à tarde, a advogada não tinha se manifestado quanto à hipótese de concorrer ao governo, e não ao senado.

Partido tem dificuldade nas majoritárias 

Com a desistência de Zeca do PT da pré-campanha para o governo de Mato Grosso do Sul, o Partido dos Trabalhadores fica com dificuldade nas eleições majoritárias locais. No Senado, Giselle Marques e o professor Thiago Botelho disputam candidatura. 

Política

Moraes anula decisão da Câmara que manteve mandato de Zambelli

Suplente Coronel Tadeu (PL-SP) deve tomar posse em 48 horas

11/12/2025 19h12

Deputada federal Carla Zambelli

Deputada federal Carla Zambelli Agência Câmara

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quinta-feira, em Brasília, a anulação da votação da Câmara dos Deputados que rejeitou a cassação e manteve o mandato da deputada Carla Zambelli (foto) (PL-SP).

Na decisão, ele determinou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, emposse imediatamente o suplente da deputada.

O ministro disse que cabe ao Poder Judiciário determinar a perda do mandato de parlamentar condenado por decisão transitada em julgado, cabendo à Câmara somente "declarar a perda do mandato".

Perda de mandato
"Diante do exposto, nos termos decididos pela Primeira Turma desta Suprema Corte no julgamento de mérito da Ação Penal 2.428/DF, declaro nula a rejeição da representação nº 2/2025 da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e decreto a perda imediata do mandato parlamentar de Carla Zambelli Salgado de Oliveira", decidiu Moraes.

Assim, a cadeira de Zambelli deverá ser ocupada pelo suplente Coronel Tadeu (PL-SP). Por determinação do ministro, ele deverá tomar posse no prazo de 48 horas.

Na decisão, o ministro disse que cabe ao Poder Judiciário determinar a perda do mandato de parlamentar condenado por decisão transitada em julgada, cabendo à Câmara somente "declarar a perda do mandato".

O ministro também determinou que sua liminar seja analisada em julgamento virtual da Primeira Turma, nesta sexta-feira (12), às 11h.

Fuga

Em julho deste ano, Zambelli foi presa em Roma, na Itália, onde tentava escapar do cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Por ter dupla cidadania, a deputada deixou o Brasil em busca de asilo político em terras italianas após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

De acordo com as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandado falso de prisão contra Alexandre de Moraes.

Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro solicitou a extradição da parlamentar para o Brasil.

O pedido de extradição foi oficializado no dia 11 de junho pelo STF.  Em seguida, a solicitação foi enviada pelo Itamaraty ao governo italiano. 

A decisão final sobre o processo de extradição será tomada durante uma audiência que será realizada pela Justiça italiana na próxima quinta-feira (18). 

Política

Haddad: situação dos Correios 'inspira mais cuidados' e estatal precisa de 'reinvenção'

Ministro em entrevista nesta quinta-feira (11), disse que a estatal têm obrigação de universalizar o serviço postal

11/12/2025 19h00

Crédito: Valter Campanato / Agência Brasil

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Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira, 11, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a situação dos Correios "inspira mais cuidados", porque a estatal precisa de uma "reinvenção" para reverter o rombo financeiro.

"Como os Correios têm obrigação constitucional de universalizar o serviço postal, tem esse ônus. Está cheio de empresas de logística hoje no Brasil atuando. Mudou no mundo inteiro, mas todo o serviço postal do mundo, que permanece quase no mundo inteiro nas mãos do Estado, tem um arranjo diferenciado para dar suporte à universalização", sustentou.

Ele defendeu que os serviços postais no Brasil, diante da concorrência privada, encontrem novos segmentos de negócios, agregando parcerias.

"No mundo inteiro se faz uma estimativa dos custos de universalização que não são cobertos pela tarifa. Agrega valor no serviço postal mediante oferta de serviços, que pode ser de previdência, de seguro, uma série de serviços que se agregam ao postal. Em geral, um banco, uma Caixa Econômica pode fazer uma parceria com os Correios para ter capilaridade em relação aos serviços que ela própria presta", argumentou Haddad.

Segundo ele, o projeto de reestruturação já teve mais de dez versões, "porque o Tesouro está sendo rigoroso no pedido de que seja uma solução definitiva para a companhia".

Questionado sobre a necessidade de aportes recorrentes para as estatais, Haddad respondeu que os Correios se destacam no quadro geral, mas não é o caso do de todas as empresas. "Correios e Eletronuclear são as duas estatais que inspiram mais cuidado", pontuou.
 

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