Estudo elaborado para a Eletronuclear pela Ecen Consultoria, divulgado hoje (25) no Rio de Janeiro, aponta que a participação de 7,3 gigawatts (GW) de energia nuclear na geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2030 reduzirá as emissões de gases poluentes na atmosfera em 19%. Isso corresponde a 437 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) que deixarão de serem lançados na atmosfera.
O aumento da presença da energia nuclear na cesta de geração do SIN é previsto no Plano Nacional de Energia 2030 (PNE). Hoje, a participação da energia nuclear alcança em torno de 2 GW. A essa geração se somarão os 1,3 GW previstos para a Usina Nuclear Angra 3 e mais 4 GW adicionais, referentes às quatro novas unidades nucleares projetadas pelo Plano Nacional de Energia 2030.
O estudo mostra que sem a participação da energia nuclear, as emissões de CO2 seriam maiores. “Sim, porque a alternativa de substituir a energia nuclear no PNE seria energia térmica via carvão importado”. De acordo com o levantamento, pode-se considerar que dentre os ciclos de combustível analisados do petróleo, do gás natural, do carvão mineral e da produção de bagaço da cana, a energia nuclear ainda é a mais limpa e a que emite menos.
Uma das conclusões é que “do ponto de vista da redução de gases de efeito estufa, é positivo para o Brasil produzir energia via usinas nucleares”, admitiu Guimarães.
Ele disse que o Brasil precisa de uma grande expansão da geração elétrica porque, atualmente, “o nosso consumo per capita de eletricidade é o 90º consumo mundial, é metade do que Portugal consome atualmente, é menos do que a média mundial e bem menos do que o Chile e a Argentina.”
O consumo atual por brasileiro é pouco mais de 2.000 quilowatts- hora por ano (kWh/ano). Nos países desenvolvidos, o consumo mínimo é 4.000 kWh/ano. Nos países de desenvolvimento recente, como Portugal, Espanha e Coréia do Sul, o consumo per capita atinge 4.500 kWh/ano, 5.600 kWh/ano e 6.400 kWh/ano, respectivamente, de acordo com dados da Eletronuclear..