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O fim dos joanetes, sem traumas

O fim dos joanetes, sem traumas

IG

17/05/2011 - 22h30
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Tormento para muitas mulheres – e até alguns homens – o joanete só pode ser curado por meio de cirurgias. Conhecida cientificamente como hallux valgus, a deformidade ocorre na articulação entre o dedão e o restante do pé (falange-metatarso), aumenta o volume e provoca muita dor na região. A sensação é que o osso lateral salta do pé.

Apesar de ser um problema estético para muitas mulheres, a intervenção cirúrgica, única possibilidade de cura, só é indicada para quem sente dores no local. O uso de sapatos mais largos e protetores especiais apenas alivia a pressão, mas não cura.

Justamente a cura para o problema traumatizou inúmeros pacientes. Anos atrás, os métodos utilizados para correção da deformidade exigiam meses de recuperação (com gesso e pé levantado boa parte do tempo), paciência para encarar muitas dores e a convivência com riscos de infecções pré-operatórias. As histórias de quem passou pela cirurgia ainda contavam, muitas vezes, com a reincidência do joanete, o que desestimulava os que precisavam encarar a operação.

A boa notícia é que, cada vez mais, novas técnicas surgem para minimizar os efeitos pós-operatórios. Cada caso pode receber uma indicação de cirurgia diferente, mas já é possível operar sem traumas. “É preciso tomar cuidado com o alarde de técnicas minimamente invasivas, que são recentes e ainda não apresentam resultados eficientes”, ressalta Ricardo Cardenuto Ferreira, chefe do Grupo de Cirurgia do Pé e Tornozelo da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “As escolhas têm de ser feitas com base na gravidade do caso.”

O método de Chevron é apontado pelos especialistas como uma boa solução para lesões leves ou graves. A recuperação nesse tipo de cirurgia não leva mais do que dois meses para se completar. Luciano Storch Keiserman, ortopedista especialista em tornozelo e pé, conta que a incisão feita no local é pequena (5 cm) e o procedimento de correção não dura mais do que 40 minutos em cada pé.

“É importante lembrar que o osso que precisa ser corrigido nesse caso não cresce. Ele apenas se desloca. O que fazemos é alinhá-lo”, explica. Para segurá-lo no lugar, são colocados dois mini parafusos metálicos ou absorvíveis, de 2 mm de diâmetro cada. Keiserman acredita que os metálicos dão mais firmeza ao processo e por isso prefere utilizá-los. “O paciente não sente nenhuma reação com eles”, garante.

O pós-operatório

Pela técnica de Chevron, o paciente só recebe uma anestesia local e fica internado apenas 24 horas. No segundo dia após a operação, já é possível pisar no chão, utilizando um calçado especial, a sandália de Barouk. Semelhante a uma botinha, ela não permite que o recém-operado toque o solo com a parte operada ou dobre os dedos. O apoio é feito apenas com o calcanhar.

O paciente deverá passar seis semanas com o calçado e, em casos mais graves, o tempo de uso recomendado é de dez semanas. “A estabilidade é bem grande e a recuperação, rápida”, garante Keiserman.

As causas

Os sapatos de saltos altos e de bicos finos são considerados os verdadeiros vilões das mulheres que possuem joanetes. De acordo com Ferreira, o uso de calçados inadequados é responsável por 90% dos casos do problema. A predisposição genética também contribui, mas pouco, segundo o especialista.

“Os saltos altos, de bicos finos, estreitam os dedos e provocam efeitos cumulativos. Por isso, o grande segredo é se prevenir. Uma vez que o joanete se desenvolve não existe tratamento eficaz para corrigi-lo que não seja a cirurgia. Os dispositivos servem para acomodar melhor os dedos e evitar a dor”, ressalta Ricardo Ferreira.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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