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Pedalar pode prejudicar a saúde sexual

Pedalar pode prejudicar a saúde sexual

terra

21/03/2011 - 15h27
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Homens que praticam ciclismo precisam ficar atentos com a saúde sexual. Isto porque o impacto contra o selim pode levar a traumas na região genital que comprometem a saúde e a fertilidade, pois "pode prejudicar a qualidade dos espermatozoides", contou o ginecologista e especialista em reprodução humana José Bento de Souza, da clínica paulistana que leva seu nome.

O urologista Guilherme Leme de Souza, da clínica Engravida, de São Paulo (SP), comentou que dentre os problemas mais frequentes enfrentados por homens que praticam mais de três horas de ciclismo por semana são o encarceramento do nervo pudendo, com inflamação crônica por causa do impacto do períneo no selim, o que pode levar à perda de sensibilidade da região escrotal, além de problemas relacionados ao fluxo de sangue do pênis, o que prejudica as ereções.

Treino pesado
Andar de bicicleta em alta velocidade e em terrenos acidentados pode aumentar a incidência de problemas na região sexual. Da mesma forma, em ambientes fechados, o selim convencional afeta mais a área perineal do que as bicicletas ergométricas horizontais, que oferecem um banco no lugar do selim.

A prática de ciclismo, bicicross e spnning podem alterar ainda o resultado do exame de próstrata, porque "o choque com o selim aumenta os níveis de PSA - substância que se eleva em casos de câncer de próstata. Por isso, não é recomendado que o homem pratique esta atividade física na véspera do exame", disse José Bento. Guilherme complementou, afirmando que o exame de toque não sofre alterações significativas, todavia, pesquisadores já constataram uma discreta elevação dos níveis de PSA no exame de sangue de homens que o realizaram até 48 horas depois da atividade física. "O intervalo de dois dias entre a última sessão de pedal e o exame traz mais segurança a todos."

Atenção especial
Embora não sejam diretamente causadas pela prática de ciclismo, algumas enfermidades podem ser destacadas pela prática da pedalada e que dependem da avaliação urgente do médico, como torções testiculares, neoplasia do testículo (tumor na região escrotal) e trauma testicular.

"Em relação à fertilidade, há estudos sérios na literatura médica internacional que demonstram piora na qualidade do sêmen destes atletas. A principal explicação recai sobre a dificuldade da manutenção da temperatura adequada dos testículos. A boa produção de espermatozoides exige um "ajuste fino" da temperatura dos testículos, que deve estar 2°C abaixo da temperatura corporal. Durante o ciclismo acontece a elevação da temperatura destes órgãos pela fricção dos mesmos contra a coxa e o selim, o uso de trajes esportivos - que trazem os testículos para junto do corpo - e a exposição a altas temperaturas por longos intervalos", descreveu o urologista.

Infecções na região escrotal, traumas e alterações congênitas costumam ser os problemas que mais afetam a fertilidade deles, sendo que as duas primeiras têm tratamento aos primeiros sintomas, como contou José Bento, que citou ainda o hipismo como uma outra prática que também oferece risco à saúde sexual masculina. "Já nas profissões, os chefs de cozinha são os mais afetados em relação à infertilidade, pela proximidade do saco escrotal com a temperatura do forno e do fogão", destacou. Guilherme citou os desportos com impacto direto, como as artes marciais e os esportes de quadra, como sendo prejudiciais aos órgãos genitais.

"Riscos à saúde masculina são mais evidentes em atletas de alta performance. Além disso, o uso de esteroides anabolizantes, por exemplo, são um capítulo à parte na saúde sexual e na infertilidade masculina e, muitas vezes, são os causadores de problemas relacionados às mesmas. Quando usados sem qualquer acompanhamento médico, de maneira absolutamente errática, trazem, não raro, resultados devastadores à vida reprodutiva do indivíduo", finalizou o urologista.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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