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PS4 e Xbox One são 'tecnologia velha', diz executivo da Nvidia

PS4 e Xbox One são 'tecnologia velha', diz executivo da Nvidia

g1

25/10/2013 - 03h00
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Os videogames de nova geração PlayStation 4 e Xbox One são o que há de mais avançado em termos de consoles de mesa. Mas isso não convence Rev Lebaredian, diretor sênior de engenharia da fabricante de placas de vídeo Nvidia, de que os novos aparelhos são a melhor opção para os jogadores.

Em entrevista ao G1 durante o Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital 2013 (SB Games), realizado entre 16 e 18 de outubro em São Paulo, o executivo afirma que a nova leva de videogames estará desde o primeiro dia em desvantagem em relação aos computadores para jogos, pois são "tecnologia velha".

"O que acontece agora é que o ciclo de vida dos consoles é muito longo, e a cada seis meses nós temos novas GPUs (graphic processing units, ou unidades de processamento gráfico, em tradução)", exemplifica Lebaredian. "Essa é a primeira vez que os consoles [de nova geração] são notavelmente mais fracos que os computadores da mesma época. Quando o PlayStation 4 for lançado, a diferença para um PC topo de linha será de 2,5 vezes".

Para o executivo, o grande trunfo dos PCs contra os novos videogames é a sua natureza personalizável e capaz de ser melhorada com o passar dos anos. "O custo para produzir consoles melhores que computadores se tornou muito alto, e eles têm de criar artifícios para tentar torná-los atraentes", equaciona o executivo. "Se coisas como comandos por voz se tornarem atraentes [aos jogadores], não é inconcebível dizer que elas vão acabar sendo assimiladas pelos PCs. Existe muito mais competição pela sala de estar hoje. E esses consoles se manterão os mesmos".

Mas ao contrário da geração passada, a Nvidia não está presente em nenhum dos novos consoles. A AMD, concorrente direta da companhia no desenvolvimento de GPUs para PCs, é quem fornece o armamento visual tanto do PS4 quanto do Xbox One.

Em conversa com o G1 por telefone, o brasileiro Roberto Brandão, diretor de engenharia da AMD para a América Latina, contesta a afirmação de Lebaredian, garante que os novos consoles têm "a mais recente tecnologia gráfica da empresa" e argumenta que os sistemas operacionais específicos e a oferta integrada do PS4 e do Xbox One – o processador de ambos também é fabricado pela AMD – distinguem o seu desempenho.

"Os consoles estão todos apontados para a AMD não só pelas melhorias gráficas, mas principalmente pela estabilidade da plataforma. A inteligência dos jogos também vai ser processada pela GPU", conta Brandão. "Os sistemas operacionais dos PCs são genéricos, muito abertos. O dos videogames é mais fechado, otimizado para aquele hardware. E esse maior nível de otimização vai manter as plataformas atualizadas".

Brandão diz ainda que, apesar da grande vantagem dos PCs ser a possibilidade de "upgrades", não é esse o foco do público dos videogames de mesa. "Pode ser que uma pessoa precise de uma placa gráfica de PC que suporte seis monitores 4K (resolução Ultra HD). O jogador de console vai usar uma única tela".

Para o brasileiro, o fato da AMD estar nos dois consoles de nova geração e ter uma forte presença no mercado de GPUs para PCs não atrapalha a companhia. "[As produtoras de jogos] também fornecem para PCs e videogames. Hoje, os consoles usam uma arquitetura parecida com a de computadores. Então a gente vai ter uma questão de compatibilidade mais forte", relata. "Vamos dar a liberdade para o cliente escolher".

Steam Machines
Reveladas em setembro pela Valve, criadora do game "Half-Life", as Steam Machines (ou Máquinas Steam, em tradução) são uma tentativa da companhia de disputar território na sala de estar com os videogames de nova geração. Alimentado pelo sistema operacional gratuito e dedicado a games da Valve, o SteamOS, esse híbrido de PC e console promete ter preços acessíveis aos que jogam no computador e querem migrar do quarto para a tela grande.

"Nós já vemos gente plugando máquinas enormes no televisor para ter a melhor experiência de jogo possível. Esses mesmos caras definitivamente estão dispostos a personalizar suas máquinas com o SteamOS e continuar jogando", diz Lebaredian. "Existem pessoas que não querem necessariamente colocar um computador grande na frente do televisor. Mas se elas acharem uma máquina com preço bom, embalada de um modo legal, tudo que eles precisam fazer é plugar no televisor e ter acesso aos jogos. Acredito que haja demanda para isso".

Brandão também acha a proposta interessante, mas tem ressalvas. "O nível de personalização de hardware [das Steam Machines] não é tão grande como nos PCs". No entanto, para o executivo brasileiro, há espaço para todos. "Elas podem entrar para concorrer em um segmento específico, entre PCs e consoles, mas não vai matar nenhum dos dois. O jogo no PC é importante, continua sendo muito forte, mas os videogames vão continuar mandando".

Lebaredian acredita que o fato do SteamOS ser baseado na plataforma Linux pode ajudar o desenvolvimento de games em geral. "A maioria dos jogos grandes não está portada para Linux, mas muitos têm versão para OS X (sistema da Apple). Ir de um Mac para Linux não é tão difícil", comenta. "Vários desenvolvedores com quem eu tenho conversado dizem que isso interessa, algo como uma unificação entre plataformas. Você pode ter praticamente um único código que funciona praticamente em todos os lugares".

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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