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Desenvolvimento final

A Pininfarina levou o hiperesportivo elétrico Battista GT para a Índia e bateu alguns recordes

O Battista GT conta com quatro motores que lhe dão potência de quase dois mil cavalos e torque alucinante de 235 kgfm

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Pouco antes do início da produção em série, o hiperesportivo totalmente elétrico Battista GT quebrou uma série de recordes de velocidade nas instalações de testes de Natrax, na Índia. O carro da Automobili Pininfarina garantiu seu lugar como o mais rápido do mundo ao completar os “sprints” de um quarto e meia milha, conquistando o título de veículo de produção mais rápido de todos os tempos. Com sistemas de dados VBOX instalados para verificar o desempenho do Battista GT, o tempo de um quarto de milha (400 quilômetros) foi de 8,55 segundos, enquanto o da meia milha (pouco mais de 800 quilômetros) foi de 13,38 segundos. Com os pilotos Hormazd Sorabjee e Renuka Kirpalani, da Autocar India, se juntando à equipe de desempenho, teste e validação da marca italiana, incluindo o piloto de desenvolvimento Stefano Costa, o objetivo era mostrar o desempenho do superelétrico a todos seus futuros potenciais proprietários. Renuka chegou a 357,10 km/h, tornando-se a mulher mais rápida do mundo. Todos os testes foram validados pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Pininfarina Battista GT Pininfarina Battista GT 

As cento e cinquenta unidades do Battista GT – ainda sem preço definido - que sairão da linha de montagem de Cambiano, na Itália, serão equipadas com quatro motores Rimac, totalizando 1.900 cavalos de potência e 235 kgfm de torque, capazes de levar o carro da inércia a 100 km/h em menos de dois segundos e atingir os 300 km/h em 12 segundos, com velocidade máxima de 350 km/h. A bateria de 120 kW do Battista GT assegura uma autonomia de 450 quilômetros. “Ficamos muito orgulhosos com estes testes feitos na Índia. Os eventos colaborativos com nosso parceiro Mahindra & Mahindra foram feitos em um momento significativo para a Pininfarina. Os testes e recordes feitos de forma independente validaram nossa ambição de criar uma nova geração de hiper e luxuosos carros, liderada pelo Battista GT, com a vantagem do uso da energia elétrica’”, comemorou Paolo Dellachà, CEO da Automobili Pininfarina.

O primeiro hiper GT totalmente elétrico do planeta fez sua estreia dinâmica na versão de produção na Pacific Coast, emblemática estrada que liga Los Angeles a São Francisco, na Califórnia, no ano passado. A chegada do Battista nos Estados Unidos deu a oportunidade para os potenciais compradores de ouvir o som do carro elétrico pela primeira vez. A música escolhida foi “Aida”, feita pelo compositor italiano Giuseppe Verdi. “Todo o motorista tem um vínculo emocional com um carro”, contou, na época, René Wollmann, diretor de Plataforma de Produto Carros Esportivos da Automobili Pininfarina. Os engenheiros da marca italiana escolheram 54 Hz como frequência principal para o Battista GT.

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A frente do carro é parecida com a do Ferrari F8 Tributo, com faróis ligados por uma barra de luz. As linhas laterais do hiperesportivo elétrico são bem ao estilo da casa de design italiana – criadora dos modelos de rua mais clássicos da Ferrari, com um aerofólio traseiro ativo flutuante, integrado à carroceria quando o carro está mais lento e “saltando” para aumentar o “downforce” (força do ar de cima para baixo) em velocidades mais altas, funcionando inclusive como uma espécie de freio aerodinâmico. Todos os modelos terão enormes aros de 21 polegadas revestidos por pneus Pirelli P-Zero (o mesmo tipo usado na Fórmula-1) e freios de seis pistões de cerâmica de carbono nos dois eixos. Como trata-se de um veículo elétrico, o Battista tem freios que permitem a recuperação de energia. 

O interior do Battista GT é focado no motorista, com telas duplas de cada lado do volante. Para evitar que o usuário tenha uma “sobrecarga” com infoentretenimento e conectividade sempre automaticamente atualizados, a Pininfarina escolheu fornecedores especializados em software do futuro. “Não queremos uma cabine muito apertada e sim muito espaço para os ocupantes”, promete Luca Borgogno, diretor de Design da Pininfarina. A marca italiana fez questão de enfatizar o quanto seu carro será dirigível, apesar de seus números de desempenho fora do comum. Além de reduzir alguns dos tempos de reação dos motores, para uma mais fácil e previsível direção em velocidades mais baixas, a Pininfarina contou com a ajuda da equipe Mahindra da Fórmula-E (competição mundial de carros elétricos) e do alemão Nick Heidfeld (ex-piloto da Fórmula-1). O hiperesportivo elétrico terá cinco modos de direção, usando, assim, seus quatro motores de forma inteligente para vetorização de torque.

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