Veículos

Tempo de transição

Para substituir o A4 sedã, a Audi apresenta na Europa a nova família do A5

A montadora apresentou as versões sedã e station wagon

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A Audi apresentou na Europa o novo A5 sedã e Avant (station wagon), concluindo a reestruturação de nomenclatura dos modelos da marca alemã. Em um futuro próximo, os números pares representarão apenas os carros elétricos da Audi, enquanto os ímpares serão reservados exclusivamente para os veículos com motores a combustão.

Assim, a última geração do antigo A4 – modelo com mais de três décadas de tradição – assume o nome de A5, sendo produzido em Neckarsulm, na Alemanha. E o próximo A4 será um modelo 100% modelo elétrico e provavelmente se transformará em A4 e-Tron. 

A família do novo A5 terá quatro variantes: os sedãs A5 e S5 e as peruas A5 Avant e S5 Avant, com base na Premium Platform Combustion (PPC). As duas primeiras desembarcarão no Brasil, mas sem previsão de data. Curiosamente, há apenas dois meses, em maio, a Audi do Brasil apresentou a linha 2025 do A4 Quattro e do A5 Sportback Quattro.

O sedã e sua derivação com traseira em estilo cupê – que terão sua produção encerrada com a chegada da nova linha A5 – voltaram a ser equipados com a tração integral “Quattro”, que não era oferecida nos dois modelos no mercado brasileiro desde 2021. 

A nova família A5 foi completamente redesenhada, ficando o sedã mais longo no comprimento e na distância de entre-eixos, com 4,82 metros e 2,90 metros, respectivamente, e rodas de 17 a 20 polegadas.

As duas variantes do sedã têm a parte de trás bem diferente – mais arredondada -–, se estendendo a partir das colunas “B” (as centrais), com uma área do terceiro volume do carro mais curta, provavelmente para atrair os clientes mais fiéis do A5 Sportback.

A frente do novo A5 é dominada pela grade Singleframe larga e mais plana, com uma estrutura tridimensional tipo favo de mel e faróis redesenhados e mais finos. Graças ao “nariz” menos pronunciado e mais integrado com o para-choque, o capô ficou mais nivelado com a parte frontal do carro.

A nova família A5 oferece luzes de circulação diurna digitais com tecnologia Led na frente e lanternas OLED digitais com cerca de 60 segmentos por painel, atravessando de ponta a ponta a traseira do carro. Acima, estão as quatro argolas entrelaçadas da marca, pela primeira vez escurecidas e não com o cromado habitual. Mais abaixo, grandes escapamentos duplos em cada lado saltam do difusor escuro opaco.

“Em conjunto com a expansão do nosso portfólio totalmente elétrico, estamos lançando uma nova geração de modelos com motores de combustão eficientes. A família A5, com seu design atlético, interior completamente novo e arquitetura eletrônica será a primeira. A tecnologia MHEV plus permite uma direção parcialmente elétrica”, explicou Gernot Döllner, CEO da Audi.

O design do interior do novo A5 tem como base quatro características. A primeira é ser centrado em todos os ocupantes, não apenas no motorista.

A segunda é o Digital Stage, estabelecendo uma visão mais compartilhada do motorista com o passageiro dianteiro na forma dos displays do Audi MMI. O Material Driven Design é a “terceira via”, oferecendo uma generosa sensação de espaço com nível de conforto sofisticado.

O layout claro e a fácil operação do interior fornecem uma visão geral em todas as situações para formar o quarto recurso: o Visual Clarity. Somado a isso está a iluminação de bordo dinâmica opcional para dar suporte à interação do carro com os ocupantes.

Para os designers de interiores da marca alemã, o panorâmico Audi MMI é o ponto de destaque da cabine da nova família A5, com um design curvo e tecnologia OLED. Ele consiste no Audi Virtual Cockpit com uma tela de 11,9 polegadas e o display “touchscreen” MMI de 14,5 polegadas. O estágio digital é complementado na frente pelo display opcional de 10,9 polegadas para o passageiro, integrado ao design do painel. O motorista tem a opção de controlar o veículo e as funções de infoentretenimento por meio do head-up display.

Um sistema elétrico de 48 volts dá suporte ao motor a gasolina para aumentar a eficiência e o conforto, reduzindo as emissões de CO2 e aumentando o desempenho.

O motor 2.0 TFSI está disponível com 110 kW (150 cavalos) ou 150 kW (204 cavalos), equipado com turbocompressor com geometria de turbina variável (VTG).

A tecnologia VTG permite um acúmulo consistente e ágil de torque mesmo em baixas rotações. O turbo de quatro cilindros está disponível com uma caixa de câmbio de dupla embreagem e 7 marchas.

O motor da geração EA288 herda a combustão otimizada de seu antecessor graças ao sensor de pressão de cilindro TwinDosing para controle de emissão de gases de escape e dois eixos de equilíbrio para operação suave do motor. Desenvolve 40,7 kgfm de torque de 1.750 e 3.250 rpm. 

Já o S5 é um esportivo com motor 3.0 V6 TFSI com 270 kW (367 cavalos) de potência, também com turbocompressor com geometria VTG e tecnologia MHEV plus.

A transmissão de dupla embreagem S tronic revisada no S5 foi projetada para mais torque, reduzindo o peso no eixo dianteiro.

A eletrificação vem do sistema MHEV plus de 48 volts, utilizando o mesmo câmbio de dupla embreagem e 7 marchas, com tração “Quattro” ultra. A Audi promete ainda dois híbridos plug-in do novo A5 com base no motor a gasolina de 2,0 litros, com potências de 300 cavalos e 367 cavalos e autonomia puramente elétrica de mais de cem quilômetros. 

"TOP" DE LINHA

Teste da picape Fiat Titano na versão Ranch

Ela ainda enfrenta entraves inesperados para crescer no segmento de picapes médias

21/09/2024 08h00

A Titano Ranch é equipada com o motor 2.2 turbodiesel de 180 cavalos de potência a 3.750 rotações por minuto e 40,8 kgfm de torque a 2 mil giros, acoplado à transmissão automática de 6 marchas

A Titano Ranch é equipada com o motor 2.2 turbodiesel de 180 cavalos de potência a 3.750 rotações por minuto e 40,8 kgfm de torque a 2 mil giros, acoplado à transmissão automática de 6 marchas Divulgação

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Para ajudar sua novata Titano a encarar as picapes médias mais prestigiadas no mercado brasileiro, a Fiat adaptou a estratégia recente das marcas chinesas. Montada na fábrica da Nordex, no Uruguai, a Titano chegou ao mercado brasileiro em três versões: a Endurance, com preço de R$ 219.990, a Volcano, a R$ 239.990, e a topo de linha Ranch, a R$ 259.990.

Na picape média da Fiat, chama a atenção o tamanho da caçamba, que leva o maior volume da categoria, com 1.314 litros – na “top” Ranch, cai para 1.220 litros, por conta do protetor de caçamba. Contudo, apesar dos preços e da caçamba avantajada, a Titano ainda não vende tão bem quanto a Fiat esperava. 

A Titano tem como base a plataforma KP1, desenvolvida pela chinesa Changan em conjunto com a PSA Peugeot Citroën. A KP1 deu origem à picape Changan Kaicene F70, lançada em 2019, e à “clone” Peugeot Landtrek, fabricada na China desde 2020. A picape média da marca francesa também é montada no Uruguai e foi lançada em outros países latino-americanos. Entretanto, no mercado brasileiro, o grupo Stellantis – que reúne as marcas Fiat, Jeep, Ram, Peugeot e Citroën, entre outras – optou por colocar na nova picape média o emblema da Fiat. A extensa rede de concessionárias e de serviços da marca italiana no país e sua liderança nos segmentos de picapes menores, com a compacta Strada – o veículo mais vendido no mercado nacional há mais de três anos – e a intermediária Toro – primeira colocada de sua categoria – contaram a favor da decisão. Para adaptação às exigências do mercado brasileiro, a Titano recebeu novos coxins de cabine, suspensões, rodas, bancos e calibrações na suspensão. 

A picape média da Fiat é equipada nas três versões com o motor 2.2 turbodiesel de 180 cavalos de potência a 3.750 rotações por minuto e 40,8 kgfm de torque a 2 mil giros, acoplado à transmissão automática de 6 marchas na Ranch. De origem PSA e fabricado na França, é o mesmo motor usado em utilitários como o Fiat Escudo e o Peugeot Boxer. A Titano conta com caixa de transferência e bloqueio manual do diferencial traseiro e oferece três modos de tração: o “2H”, o “4H” e o “4L”. 

Com 5,33 metros de comprimento, 2,22 metros de largura (com espelhos), 1,89 metro de altura (com barras longitudinais) e 3,18 metros de entre-eixos, a Titano Ranch vem com rodas de liga leve de 18 polegadas. Na frente de aspecto imponente, a grade adota temas geométricos e robustos, emoldurada pelas luzes de circulação diurna (DRL) em leds e pelo “skid plate” (protetor do motor). A grande capacidade da caçamba é garantida pela área de carga com 1,63 metro de comprimento, 1,92 metro de largura e 50 centímetros de altura, com santantônio, protetor e capota marítima. A Titano está disponível nas cores metálicas Vermelho Tramonto (a do modelo testado), Preto Carbon e Prata Billet e a sólida Branco Ambiente. A Ranch se diferencia por ter mais detalhes cromados, como nos frisos e nas maçanetas. A versão vem com seis airbags e recursos como alerta de saída de faixa, assistente para descidas acentuadas, detector de pressão dos pneus, Electronic Stability Program (ESP), assistente de partida em rampa, controle de tração e o Trailer Swing Control, para ajudar a estabilizar o reboque. A picape média é o primeiro modelo da Fiat a oferecer garantia de cinco anos, com as revisões a cada um ano ou 10 mil quilômetros.

 

Experiência a bordo

Na versão Ranch da Titano, os bancos são em um polímero que simula couro, com costuras aparentes para realçar o requinte. Os dianteiros têm ajuste elétrico e os traseiros podem ser rebatidos, o que permite capacidade de transporte de até cem quilos atrás da segunda fileira de bancos. O volante multifuncional também é em couro sintético, mas faz falta um ajuste de profundidade. O habitáculo oferece bom espaço para cabeça, pernas e ombros. Na segunda fileira de assentos, o bom ângulo de reclinação amplia o conforto. Na frente, há um console central com porta-copos, nichos para objetos e um amplo apoio de braços central, que abriga um compartimento de boas dimensões. 

Apesar de a escolha dos revestimentos internos até refletir a proposta de tornar a “top” Ranch mais sofisticada, a montagem da Titano no Uruguai não atinge o padrão de qualidade das picapes “made in Brazil” da Fiat – a compacta Strada, feita em Minas Gerais, e a média Toro, produzida em Pernambuco. Algumas peças da Titano – como a proteção plástica da alavanca interna que aciona a abertura do acesso ao tanque de combustível e as luzes internas do teto –, parecem inadequadamente fixadas ou têm aspecto frágil. 

O painel de instrumentos tem tela digital colorida de 4,2 polegadas e a central multimídia tem tela de 10 polegadas. É possível conectar e carregar dispositivos eletrônicos por meio das entradas USB no console central. O multimídia tem navegação TomTom e espelhamento para Apple CarPlay e Android Auto. O ar-condicionado digital é dual zone, e a picape oferece o sistema “keyless entry’n go” (chave presencial com partida por botão). A câmera de 360 graus ajuda na hora de estacionar e é ativada automaticamente quando obstáculos são detectados durante a manobra. 

 

Impressões ao dirigir

Para lançar sua primeira picape média, a Fiat tinha dois caminhos. Um seria desenvolver uma nova plataforma própria sobre longarinas, algo que levaria tempo e teria custos elevados. O outro, adaptar uma plataforma sobre longarinas da Stellantis, o que poderia ser feito rapidamente e com baixos custos. Não foi uma decisão tão difícil. A escolha recaiu sobre a plataforma chinesa da Changan Kaicene F70, lançada em 2019, e que em 2020 foi adotada na Peugeot Landtrek. É verdade que a indústria automotiva chinesa evoluiu rapidamente nos últimos anos, especialmente nos veículos elétricos. Porém, a plataforma chinesa de 2019 enfrenta no mercado brasileiro modelos com arquiteturas mais modernas e mais ajustados às atuais demandas do segmento de picapes médias. O resultado é que a Titano vibra mais e é mais rumorosa que as concorrentes – ou seja, não tem aquele comportamento de “SUV com caçamba”, que virou tendência nas picapes médias contemporâneas. Além disso, o motor 2.2 turbodiesel entrega força suficiente para mover os 2.150 quilos de picape com destreza, especialmente em baixos giros, mas não é tão elástico – e nem tão econômico. Na aferição do Inmetro, a Titano Ranch teve médias de 8,5 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada, com notas “D” na categoria e “E” no geral 

A vibração, especialmente com a caçamba vazia, torna-se mais perceptível em terrenos irregulares. Mas os bons ângulos de entrada (29 graus) e de saída (27 graus) facilitam a transposição de obstáculos no off-road. Para encará-los, a picape aproveita bem seus 23,5 centímetros de distância em relação solo, além de contar com caixa de transferência e do bloqueio manual do diferencial traseiro. Há ainda três modos de tração, o “2H” (dois High Speed), com a força ficando 100% nas rodas traseiras, o “4H” (quatro High Speed), para terrenos mais difíceis, e o “4L” (quatro Low Speed) com reduzida, para condições extremas de off-road. Já no asfalto e nos caminhos mais planos, a Titano é menos confortável do que se espera de uma picape recém-lançada. A suspensão de longo curso absorve razoavelmente bem o impacto de grandes buracos, mas não filtra tão eficientemente as pequenas irregularidades. Todavia, a picape média da Fiat não mostra flutuação em velocidades altas ou rolamento excessivo nas curvas. 

 

MOTOMAIS

Confira as dicas e novidades sobre motos e veículos especiais

20/09/2024 08h00

Quadriciclo CFMoto CForce 1000

Quadriciclo CFMoto CForce 1000 Divulgação

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Um quadriciclo entre os iates 

A edição 2024 do São Paulo Boat Show, o maior salão náutico da América Latina, realizado de 19 a 24 de setembro, é uma vitrine para as inovações.

A CFMoto, marca de veículos off-road chinesa com fábrica em Manaus, no Amazonas, apresenta na ocasião o seu quadriciclo mais potente: o novo CForce 1000, disponível em duas versões: CForce 1000 e CForce 1000 LX.

Com um motor de 963 cc, refrigeração líquida, comando SOHC de oito válvulas e injeção eletrônica Bosch, o CForce 1000 oferece estabilidade e desempenho consistentes, independentemente das condições. Já a variante CForce 1000 LX traz diferenciais exclusivos que elevam a experiência off-road.

Uma das principais novidades é a pintura exclusiva Zircon Black, que confere um visual sofisticado e imponente.

O modelo vem equipado com um novo painel MMI de 8 polegadas, “touchscreen”, proporcionando maior controle e interatividade.

Para aprimorar a conectividade, o CForce 1000 LX também oferece integração com Apple CarPlay, permitindo acesso às funções do smartphone enquanto explora novos terrenos.

Vice com ajustes

Superada apenas pela CG 160, a Honda Biz 125 é a segunda motocicleta mais vendida do Brasil. Para a linha 2025, ganhou novo motor, mudanças no design e no sistema de freios.

O motor atualizado, com 123,9 cc, é ligeiramente menor do que o da versão anterior, de 124,9 cc.

A potência aumentou para 9,53 cavalos a 7.500 rpm, enquanto o torque teve uma leve redução, agora entregando 1,03 kgfm.

O pedal de freio foi substituído por um manete no lado esquerdo do guidão para a frenagem traseira, uma alteração que aproxima o modelo do funcionamento das scooters.

O sistema de freios CBS (combinado) permanece, distribuindo a frenagem entre os dois eixos. A Biz 125 ES mantém os freios a tambor, com 130 milímetros nas duas rodas.

Já a Biz 125 EX mantém o disco de 220 milímetros na dianteira e um a tambor traseiro de 131 milímetros.

A Biz 125 ES 2025 está disponível nas cores branco, preto e vermelho, enquanto a Biz 125 EX traz opções em vermelho, branco e azul, todas com acabamento perolizado. A partida elétrica é de série. A Biz 125 ES (Essential) é oferecida por R$ 12 mil e a Biz 125 EX (Exclusive) sai por R$ 14.970.

Da Rússia, com vigor

A cruiser Izh Kortezh é fruto de uma parceria entre duas das principais indústrias da Rússia: a Izhevsk Mechanical Works e a fábrica de armamentos Kalashnikov, conhecida pela criação do AK-47, um fuzil de assalto de calibre 7,62 criado em 1947 por Mikhail Kalashnikov e produzido na União Soviética.

Em 2013, as duas empresas formaram a Corporação Kalashnikov, expandindo a sua produção para novos horizontes, como veículos blindados, automóveis e motos.

Projetada para formar a escolta presidencial russa, a moto apresenta um motor boxer de quatro cilindros e 2 mil cc, capaz de gerar 150 cavalos de potência. Atinge velocidade máxima de aproximadamente 250 km/h e acelera do zero aos 100 km/h próximo de 3,5 segundos.

Com 2,90 metros de comprimento, 94 centímetros de largura e 1,25 metro de altura, a Izh Kortezh vem com uma blindagem que a transforma em uma verdadeira fortaleza móvel. A Izh Kortezh está disponível ao público do mercado russo. 

Ofertas para setembro

A Suzuki Motos do Brasil lança sua campanha promocional para setembro com bônus a partir de R$ 5 mil para alguns modelos de seu line-up. A naked GSX-S1000 tem a oferta para os modelos 2024/2025.

A moto pode ser encomendada nas pinturas Metallic Triton Blue (azul metálico com detalhes em branco), Metallic Mat Sword Silver (cinza fosco com vermelho) e Glass Sparkle Black (preta).

Já a V-Strom 1050XT é disponível com bônus de R$ 5.300. A big trail vem nas cores amarela com detalhes em cinza, azul com branco e preto.

E a GSX-S1000GT, a grand tourer da Suzuki, pode ser adquirida com bônus de R$ 5.600, nas cores azul ou preto.

 

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