Distante de ser a líder de vendas no seu segmento, a Chevrolet Trailblazer tem vantagens que vão além do visual. Ela é a terceira mais vendida na sua categoria, com 1.812 unidades comercializadas neste ano, ficando atrás da Toyota SW4 (7.344) e do Caoa Chery Tiggo 8 (4.669).
Afinal, a linha 2022 não mudou quase nada, com exceção da grade dianteira. Já no interior, bem conservador, diga-se de passagem, a atração é a nova multimídia, com funções de rede Wi-Fi integrada e espelhamento de smartphone sem fio.
Rodamos quase 400 quilômetros com o SUV, que consideramos “raiz”, pois tem chassis e carroceria fixados por cima, aumentando a capacidade off-road.
Vale dizer que agora a Trailblazer só vem na versão Premier, com motor diesel já consagrado 2.8 turbo, que rende até 200 cv com 51 kgfm de torque. Ao todo, ela mede 4,88 metros de comprimento, 2,84 metros de entre-eixos e 1,84 metro de altura.
Espaço é o ponto forte da Trailblazer, por ter sete lugares. O porta-malas tem três tamanhos diferentes: 554 litros com a terceira fileira abaixada, 205 litros com os sete lugares “armados” e 878 litros com tudo rebatido, sobrando só os dois lugares na dianteira.
Na prática
Priorizamos o nosso teste na cidade, no centro, para ser mais preciso, mas também rodamos cerca de 60 quilômetros em rodovias pavimentas e, claro, também sem pavimento, onde o SUVzão pode mostrar toda a sua capacidade.
A camionete é muito silenciosa e fácil de guiar, a ponto até de se esquecer estar a bordo de um “camburão”. A direção elétrica faz parte do pacote e, por não ser tração integral – o 4x4 é acionado por meio de um botão –, deixa as rodas dianteiras livres. O raio de manobras é excelente, assim como o ângulo de ataque, que, por conta dos novos para-choques, agora é de 29 graus, e o de saída é de 19,6 graus. Mas como nem tudo são flores, hoje, o preço do modelo pelo site é de R$ 325.090.
Por mais que a multimídia esteja evoluída em conectividade e fácil de mexer, o painel é o mesmo da S10, que custa cerca de R$ 67 mil a menos na sua versão topo de linha.
Ainda falando do interior, os bancos são confortáveis, mas é possível ajustar apenas o do motorista. No banco traseiro, a regulagem pode ser feita apenas no encosto, e também não tem tomadas USB, que hoje são consideradas essenciais. Em contrapartida, tem ajuste do ar-condicionado para os passageiros e saídas de ar até no porta-malas. Porém, para o passageiro do banco dianteiro, o ar é digital de uma zona só.
O consumo na estrada é positivo, já na cidade ficou abaixo do esperado. Na teoria, era para fazer 8 km/l na cidade, mas não passou dos 7,3 km/l. Já na estrada, superou o esperado, fazendo 12 km/l, quando, teoricamente, era para fazer 10,5 km/l, segundo a montadora.
Vale ou não?
Claro que essa é uma questão pessoal. A “nave” tem muito espaço, anda por qualquer tipo de terreno e tem aptidão off-road, levando toda a família com segurança e com espaço.
Mas por que esse valor de R$ 325 mil? Acima da casa dos R$ 299 mil, o mercado oferece opções mais atraentes, com mais mimos e mais atualizadas, porém, menos robustas. Então, como sempre afirmamos: o melhor carro é aquele que te serve e que cabe no seu bolso.







