Mara Maria Fernandes Pereira, de 40 anos, procurou a delegacia para registrar ocorrência contra um pet shop, alegando maus-tratos contra o animal. Teddy, como era carinhosamente chamado, morreu atropelado após morder um funcionário e fugir para a rua.
Conforme a mulher, o estabelecimento, localizado na Avenida Presidente Vargas, foi escolhido para o procedimento de banho e tosa por não ter históricos negativos e ser próximo da residência da família.
“Minha filha pesquisou o pet shop e os chamamos para buscar o Teddy aqui em casa por volta das 13h. Poucas horas depois, me ligaram falando que ele havia morrido atropelado na Avenida Duque de Caxias”, disse ao Portal Correio do Estado.
A dona do animal disse ter sido maltratada pelo dono e funcionários. “Eles fizeram pouco caso do que aconteceu. O dono disse que iria me ressarcir, mas como vão repor uma vida? Ele era um membro da família. Minha filha mais nova, de 9 anos, ainda não sabe que ele morreu, como vou contar?”, relatou Mara.
OUTRO LADO
Em posicionamento à reportagem, o proprietário do local, Katian Cardoso, afirmou que ouviu da dona do cão que o animal era dócil, tendo então, um tratamento mais “leve” em relação a um cachorro feroz. “Se tivesse nos falado que o animal ficaria mais exaltado, teríamos com certeza usado um procedimento diferente, mas ela disse que ele era manso”, afirmou o empresário.
Teddy fugiu no momento em que era preparado para ser tosado e, por ser manso, funcionários não usaram focinheira ou "enforcador", objetos para conter os cachorros. A porta do local da tosa estava entreaberta e, por isso, ele conseguiu fugir.
Ainda segundo o proprietário do local, três funcionários, além do veterinário, correram em busca do animal na rua. “Um dos rapazes que trabalham aqui atravessou a avenida correndo, se arriscou para salvar o cachorro, mas não foi possível”, disse. Por fim, informou que está a disposição da dona de Teddy.
SEGUNDO CASO
Há uma semana, outro caso parecido aconteceu em um "spa" para cachorros. Dois cães, Toddy e Dudu, morreram enforcados ao ficarem sem supervisão, quando a dona do Pet Shop se ausentou do local.
Soraia Amado, dona dos animais contatou um advogado e entrou na Justiça contra o estabelecimento "Bicho de Colo", onde espera ser indenizada. Uma ex-funcionária testemunhará contra a proprietária do local.