Política

ORÇAMENTO DA UNIÃO

Bancada quer R$ 1,6 bilhão em investimento para MS

Bancada quer R$ 1,6 bilhão em investimento para MS

Clodoaldo Silva, DE Brasília

26/11/2010 - 00h30
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A bancada sul-mato-grossense quer R$ 1,601 bilhão em investimentos para Mato Grosso do Sul no Orçamento-Geral da União de 2011. São R$ 1,458 bilhão em 15 emendas de bancada e R$ 143 milhões em emendas individuais para atender as bases dos parlamentares. O valor corresponde a 94,36% do montante solicitado na peça orçamentária de 2010, quando o grupo reivindicou R$ 1,68 bilhão, sendo R$ 137,5 milhões em emendas individuais e R$ 1,545 bilhão em coletivas.

Nesta semana, o grupo esteve reunido e definiu as 15 emendas de bancada. O total solicitado pelo grupo – cada parlamentar é autor de uma emenda e meia – chegou a R$ 1,638 bilhão, porém, após encontro dos parlamentares, o colegiado fechou nos R$ 1,458 bilhão em emendas de bancada. “Trabalhamos em sintonia para contemplar as maiores necessidades do Estado”, afirmou o coordenador da bancada, senador Delcídio do Amaral (PT).

Ele enfatizou que: “agora é batalhar politicamente para que a Comissão de Orçamento acate as emendas e as inclua no Orçamento do ano que vem”. “Tendo a presidência da comissão, nós vamos ter uma oportunidade muito boa, como tivemos quando eu fui relator”, completou, referindo-se ao fato de o presidente da Comissão Mista de Orçamento ser o deputado sul-mato-grossense Waldemir Moka (PMDB).

O cargo de presidente é importante porque quem ocupa esta função pode interferir na distribuição dos recursos do orçamento, apontando prioridades. Normalmente, a peça orçamentária é aprovada pelos líderes em plenário por meio de acordo prévio entre parlamentares da base aliada e da oposição.

Com este ponto a favor, os deputados e senadores decidiram como as áreas de investimentos a BR-163, com emendas totais de R$ 600 milhões para a duplicação e restauração da BR 163; outros R$ 100 milhões para a construção de um novo trecho da BR-419; R$ 80 milhões para manutenção da BR-376, no trecho entre a saída de Dourados e o município de Nova Andradina.

Entre outras obras rodoviárias estão a manutenção da BR-262 e a construção da travessia urbana na altura do município de Terenos, para as quais os deputados e senadores pedem R$ 128 milhões, além da pavimentação da estrada Sul-Fronteira, entre Ponta Porã e Sete Quedas, contemplada com R$ 80 milhões.

Para o setor pesqueiro serão destinados R$ 120 milhões, emenda defendida pelos deputados Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT) e o senador Valter Pereira (PMDB). Estes parlamentares também pedem R$ 250 milhões para manutenção da BR-163; outros R$ 60 milhões para o Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Integrado das Bacias dos Rios Miranda e Apa (Cidema), que é composto por 14 cidades sul-mato-grossenses; e mais R$ 60 milhões para adequação urbana da BR-262, no município de Terenos.

Os parlamentares solicitam também R$ 60 milhões para a construção do contorno ferroviário de Três Lagoas, R$ 25 milhões para a instalação de campus universitário em Paranaíba, R$ 100 milhões para o Programa Promeso, de Dourados.

Para Campo Grande, segundo o prefeito Nelsinho Trad, “ficou assegurado R$ 30 milhões para infraestrutura urbana, outros R$ 50 milhões para o Complexo Olímpico no Parque Ayrton Senna e R$ 14 milhões para o Centro Cultural de Belas Artes”.

Segundo Moka, os relatórios setoriais da comissão de Orçamento deverão ser entregues até 3 de dezembro e a votação está prevista para acontecer entre 8 e 15 de dezembro. “Até 20 de dezembro queremos estar com o relatório geral aprovado pelo Congresso Nacional”, concluiu.

resistência

Com saída de Leite, Riedel passa a ser o único governador do PSDB no Brasil

O chefe do Executivo do Rio Grande do Sul deixou aliados de sobreaviso sobre deixar o ninho tucano para se filiar ao PSD, de Kassab

18/04/2025 08h00

Eduardo Riedel tinha a companhia de Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco)

Eduardo Riedel tinha a companhia de Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco) Bruno Rezende/Comunicação do Governo de MS

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O PSDB sofreu nas últimas horas mais um duro baque nacionalmente, ficando ainda mais enfraquecido com o sobreaviso dado pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao seu grupo político sobre deixar o ninho tucano para se filiar ao PSD, de Gilberto Kassab.

Caso a decisão seja confirmada nos próximos dias, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, será o único chefe de Executivo estadual do PSDB, pois a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, filiou-se, no dia 10 de março deste ano, ao PSD. 
 

Riedel também foi assediado pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que chegou a vir a Campo Grande, no dia 8 de fevereiro deste ano, para se encontrar com o governador e com o presidente do PSDB no Estado, o ex-governador Reinaldo Azambuja. 

Na época, a pauta da reunião foi a incorporação do partido tucano pelo PSD, já de olho nas eleições gerais do próximo ano, porém, como a articulação não avançou, Gilberto Kassab avisou que ainda não desistiu de tirar do PSDB o último governador da legenda, assim como fez com os governadores Raquel Lyra e Eduardo Leite.

Em março do ano passado, durante reunião no apartamento do presidente nacional do PSD em São Paulo (SP), quando o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, assinou a ficha de filiação, Riedel foi convidado pela primeira vez para fazer o mesmo.

Procurado pelo Correio do Estado para comentar a iminente saída de Eduardo Leite, o governador Eduardo Riedel disse que ainda está de licença e não quis comentar. Em tempo, ele está na Europa, mais precisamente na Alemanha, com a primeira-dama Mônica Riedel, para conhecer de perto a rotina do filho, que está morando no país.

Entretanto, recentemente, Riedel disse à reportagem que só decide seu futuro político depois que o PSDB nacional resolver qual caminho tomar e que o assédio das demais legendas para que deixe o ninho tucano é legítimo – além do PSD, também está de olho na filiação do governador o PP, da senadora Tereza Cristina.
“O presidente Marconi Perillo deu prazo até o fim deste mês para definir essa questão.

No momento, estamos em franco processo de conversa, e é natural que diferentes partidos demonstrem interesse em uma aliança. Internamente, no PSDB não tem absolutamente nada definido, mas acredito que é um processo que deve ir amadurecendo nos próximos dias”, declarou na época.

O Correio do Estado ainda procurou o ex-governador Reinaldo Azambuja para que comentasse a decisão de Leite de deixar o PSDB para se filiar ao PSD. “Eu já sabia disso, que ele ia para o PSD. Na reunião que tivemos com o Marconi Perillo em Brasília [DF], o Leite fez uma defesa calorosa para que o PSDB aceitasse a incorporação pelo PSD”, recordou.

Azambuja ainda completou que, naquele momento, pressentiu que o governador do Rio Grande do Sul sairia do ninho tucano. “Eu percebi que ele já estava fora. Quando terminou a reunião, eu disse para o Riedel: ‘O Leite está com as malas prontas para ir para PSD’”, revelou o ex-governador, que também é presidente estadual e tesoureiro nacional do PSDB.

Na avaliação dele, a decisão de Eduardo Leite não muda em nada o futuro da legenda em Mato Grosso do Sul. “Para nós, fica tudo como antes. Não muda nada, ou seja, até o fim de abril, o PSDB vai tomar uma decisão se faz uma fusão, federação ou incorporação com Podemos e Republicanos ou com Podemos e Solidariedade”, argumentou.

 

SAIBA

A troca do PSDB pelo PSD por parte de Eduardo Leite vinha maturando nos bastidores desde o ano passado. Ele chegou a convocar uma reunião com deputados estaduais e federais do PSDB na quarta-feira, em Porto Alegre (RS), para tratar do assunto, mas acabou cancelando por dificuldades de agenda.

Ainda assim, integrantes da legenda no Rio Grande do Sul acreditam que a decisão dele deflagará um efeito cascata entre outras lideranças tucanas gaúchas. Apesar do adiamento da reunião, o movimento de saída do PSDB parece inevitável. 

Destaque internacional

Moraes se torna imagem da justiça brasileira e ganha destaque na imprensa internacional

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vem ocupando espaço em jornais e revistas de grande circulação pelo mundo.

17/04/2025 21h00

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes Divulgação

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Qualificado como "juiz estrela" pela inglesa The Economist nesta quarta-feira, 16, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vem ocupando espaço em jornais e revistas de grande circulação pelo mundo. O foco no magistrado remete principalmente aos processos de grande repercussão dos quais é relator, às quedas de braço internacionais e ao protagonismo assumido pelo juiz em ações visando a defesa da democracia.

O artigo mais recente, publicado pela The Economist, afirma que o Judiciário brasileiro é um sistema de "juízes com poder excessivo", e, segundo a revista, nenhuma figura personifica isso melhor do que Moraes. O artigo avalia que a Suprema Corte do País enfrenta "crescentes questionamentos" na medida em que tenta "administrar" assuntos políticos.

No início do mês, a revista The New Yorker publicou uma entrevista com o ministro, que incluiu também um ensaio fotográfico. As fotos foram feitas em 26 de março, mesmo dia que a Primeira Turma da Corte tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado.

O perfil, publicado em 7 de abril na versão digital, e que também ilustrou a versão impressa da revista, mostrou a forma de atuação de Moraes ao longo da carreira.

Enquanto secretário de Segurança Pública, por exemplo, ele foi descrito como mantendo a linha "tolerância zero contra o crime", o que lhe rendia críticas de setores progressistas. A imagem do ministro mudou quando passou a fazer a relatoria de inquéritos contra a família Bolsonaro, sendo aclamado pela esquerda e criticado na extrema direita, descreve o perfil.

Em setembro do ano passado, uma reportagem da Financial Times qualificou Moraes, já no título, como o "implacável juiz brasileiro que enfrenta Elon Musk". A publicação ocorreu em meio à sequência de atritos entre o X (antigo Twitter), do bilionário, e o Judiciário brasileiro, que resultou no bloqueio da plataforma no País por quase 40 dias.

"Para seus defensores, o magistrado de 55 anos é um herói que protegeu a democracia contra uma enxurrada de notícias falsas. Para os detratores, ele é culpado de censura e mira injustamente nos conservadores", diz trecho da reportagem.

Outro entrave envolvendo Moraes para além das fronteiras nacionais foi repercutido pelo jornal The New York Times no início de fevereiro. O magistrado brasileiro foi alvo de uma ação por suposta violação à soberania americana, movida pela Trump Media, ligada ao presidente Donald Trump, e pela plataforma de vídeos Rumble.

O jornal descreveu a ação como "um esforço surpreendente" de Trump em prol de um aliado com uma trajetória similar, "que, assim como ele, é um líder de direita indiciado por haver tentado reverter sua derrota eleitoral", disse o jornal se referindo a Bolsonaro, que considera Moraes seu maior rival político.

Em outubro do ano passado, o mesmo jornal publicou uma reportagem questionando se a expansão do Supremo "para poder proteger a democracia" agora o tornava uma espécie de "ameaça". Afirmando que a Corte nomeou Moraes como uma "espécie de xerife da internet brasileira", o artigo cita a relatoria de Moraes no inquérito das fake news e narra diversas ações tomadas pelo ministro no bojo dessa investigação.

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