Cidades

'GUERRA'

Governo intensifica ações contra a dengue em MS

Governo intensifica ações contra a dengue em MS

DA REDAÇÃO

11/02/2011 - 11h02
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A Secretaria Estadual de Saúde (SES) está intensificando as medidas adotadas para o controle da dengue em Mato Grosso do Sul e para garantir assistência aos doentes nos 78 municípios do Estado. Entre as medidas adotadas pela SES está a notificação imediata dos casos graves no Sistema Dengue Online do Ministério da Saúde, exclusivo para o apontamento dos casos da doença. Na segunda-feira (14), às 8 horas, técnicos das secretarias de saúde de todos os municípios participam de uma capacitação para utilização do novo sistema que será alimentado diariamente. O curso será realizado na Escola de Saúde Pública.

A agilidade na notificação dos casos de dengue vai proporcionar um atendimento mais rápido e eficaz aos doentes. Atualmente a ocorrência da enfermidade é feita, semanalmente, no Sistema de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, que agrega o diagnóstico de notificação compulsória de 46 doenças, incluindo Aids, hanseníase, tuberculose, meningite e hepatite.

Como a incidência de casos é muito dinâmica, o período de tempo de sete dias é espaçado para o apontamento dos dados. “O quadro da dengue muda de um dia para o outro”, diz o diretor-geral da SES, Eugênio Barros, o que segundo ele, exige maior rapidez na comunicação dos casos para melhorar a assistência ao doente. Além do tempo, nem todos os municípios são rigorosos na inclusão dos dados no sistema. A informação é importante para a SES quantificar os recursos necessários para o município.

O governo do Estado está investindo mais de R$ 1,3 milhão para o controle da proliferação do mosquito da dengue (aedes aegypti) e assistência às pessoas que contraíram a doença. Entre as ações estão a campanha educativa nos veículos de comunicação para alertar a população sobre os cuidados necessários para prevenir a procriação da larva do mosquito; fixação de cartazes, faixas e a distribuição de um milhão de folhetos explicativos para os 78 municípios do Estado.

A Secretaria de Saúde do Estado também realizou a compra do medicamento paracetamol em comprimidos e gotas, soro fisiológico e materiais necessários para o tratamento e acompanhamento do paciente. Entre os materiais adquiridos, o cartão de acompanhamento do paciente com suspeita de dengue vai agilizar o atendimento nos postos de saúde, segundo a diretora de Vigilância e Saúde da SES, Bernadete Lewandowski.

“O cartão vai corrigir muitos erros. Vai servir para anotar os sinais vitais, anotar o dia da coleta dos exames e todos os procedimentos realizados pelo paciente”, explica a diretora. “Quando o doente for a um posto de saúde diferente do qual recebeu o primeiro atendimento, o profissional que atende-lo saberá tudo o que já foi feito”, resume.    

Além do envio de medicamentos e materiais para os 78 municípios do Estado, o governo também vai repassar cerca de R$ 400 mil para a compra de poltronas para reidratação, suporte para soro e o aparelho micro-hematócrito para realização do exame de sangue necessário ao acompanhamento da evolução da doença.

Casos

De acordo com o último levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, este ano foram notificados 1.959 casos de dengue em 55 municípios do Estado com 76 confirmações. Em 2010 foram  notificados 82.597 e 56.076 tiveram confirmação. Em Mato Grosso do Sul foram detectados os tipos 1, 2 e 3 da doença, mas de acordo com o diretor-geral da SES, Eugênio Barros, o poder público já se antecipou, com as ações tomadas, para a possibilidade da incidência do tipo 4 no Estado.

O DENV 4 já se manifestou no Amazonas, Roraima e Pará e,segundo Barros, com a movimentação de carros e mercadorias, não se pode descartar a possibilidade de que o vírus chegue ao Estado. “Sabendo disso estamos ampliando as ações e intensificando a assistência aos doentes”.

 

(atualizada para acréscimo de informações)

Cachoeiras do Rio do Peixe

Fiscalizado por prática de ceva, ponto turístico foi multado por "domesticação" de araras em MS

Investigação ocorreu há dois anos após animais serem expostos em um programa de rede nacional

26/04/2025 18h15

Ibama fiscalizou e multou empreendimento

Ibama fiscalizou e multou empreendimento Imagem: relatório Ibama

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Fiscalizado por prática de ceva, o atrativo turístico Cachoeiras do Rio do Peixe, em Bonito, foi multado há cerca de dois anos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por explorar comercialmente e “domesticar” araras-azuis e macacos para atrair turistas ao empreendimento localizado na Fazenda Água Viva, no interior do estado.

Proibida há 10 anos em Mato Grosso do Sul, a prática de alimentar animais silvestres ganhou repercussão recentemente após a morte do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, vítima de um ataque de Onça-Pintada no último final de semana.

À época, a alimentação dos animais foi amplamente repercutida nas redes sociais e em rede nacional após macacos e araras serem expostos no Programa da Eliana, então transmitido pelo (SBT) e o Domingo Espetacular (Record), que gravaram reportagens exaltando a proximidade dos animais com os visitantes.

Conforme o relatório de fiscalização do Ibama, ao ser questionado pela apresentadora Eliana, o proprietário do atrativo turístico, Moacir Barbosa de Deus, conhecido também como "encantador e vovô das araras", disse que iniciou sua amizade com os animais quando ainda morava no Pantanal, período em que, segundo ele, “cuidava de muitos bichos, e aprendeu a domesticar, dar comida e tratar”. 

À apresentadora, ele confessou que, ao ver sua relação com os animais, os turistas passaram a pedir para que o empresário os aproximasse dos bichos.

No programa que foi ao ar no dia 6 de novembro de 2022,  ele utiliza sementes, milho e quirera para se aproximar de araras vermelhas e “da mesma forma alimenta os macacos, para terem o contato direto com a apresentadora, maquiador e outra artista”, destaca o relatório. Ao final do vídeo Moacir é visto com três araras nos braços e ombros, animais que repassa para a apresentadora. 

Ibama fiscalizou e multou empreendimentoApresentadora Eliana junto dos animais durante programa exibido no SBT / Relatório Ibama

Realizada em dezembro do mesmo ano, a fiscalização constatou que as atividades de alimentação e interação com os animais ocorriam diariamente e eram exploradas comercialmente  “tanto pelo empreendimento quanto por agências da cidade.” No local, duas araras-azuis estavam confinadas, com sinais de estresse e comportamento agressivo, destacou o Ibama.

Ibama fiscalizou e multou empreendimento

“Embora o empreendimento possua uma Licença de Operação (...) os fiscais constataram que as condicionantes ambientais não estavam sendo respeitadas. Questionado, o Sr. Moacir alegou desconhecimento da legislação e se comprometeu a cessar imediatamente as práticas ilegais.”, diz trecho do relatório. 

Como consequência, o empreendimento foi autuado com base no Art. 33 do Decreto 6.514/08, que proíbe o uso comercial de animais silvestres em situação de abuso. Também foi lavrada a Notificação nº 189VTDB4, exigindo a interrupção imediata da alimentação e manuseio dos animais. O caso foi encaminhado ao Imasul e o empreendimento multado em até  R$ 72 mil.

A operação revelou a decepção de turistas no dia da fiscalização, quando, pela primeira vez, o passeio transcorreu sem a presença física dos animais. Conforme o Ibama, a ausência de selfies, toques e fotos com araras e macacos causou frustração em visitantes, evidenciando o quanto o modelo de ecoturismo praticado no local se apoia em práticas nocivas à biodiversidade.

Ibama fiscalizou e multou empreendimentoMacaco se alimenta junto de turista

Cabe destacar que a espécie Anodorhynchus hyacinthinus está listada no Anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), o que indica alto risco de extinção.

Conforme os fiscais, a presença constante de alimento e o condicionamento ao contato humano são fatores que não apenas descaracterizam o comportamento natural desses animais, como também os tornam vulneráveis a ataques de predadores e ao tráfico de fauna.

Além disso, o contato físico com animais silvestres representa risco à saúde pública, por possibilitar a transmissão de zoonoses, além de colocar os turistas em situação de potencial perigo, já que o comportamento de animais selvagens é imprevisível.

*Saiba

Diante das investigações, as imagens que então haviam sido divulgadas nas redes sociais do ponto turístico foram removidas.

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Campo Grande

Com apenas 15% do público-alvo imune contra gripe, força-tarefa começa neste domingo

Liberada para todos os públicos, meta é ampliar imunização e frear casos de síndrome respiratória na Capital

26/04/2025 15h45

Imunização será ampliada para todos os públicos a partir deste domingo (27)

Imunização será ampliada para todos os públicos a partir deste domingo (27) Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Na tentativa de frear os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em Campo Grande, a prefeitura Municipal decidiu ampliar a todos os públicos a vacinação contra a Influenza na Capital. Neste momento, apenas 15,9% do público-alvo foi imunizado, cerca de 56,7 mil pessoas.

A força-tarefa tem início neste domingo (27), e os interessados devem comparecer à Igreja Universal de Campo Grande, localizada na Avenida Mato Grosso, 921, Centro, entre as 9h e 14h. Cabe destacar que o imunizante pode ser buscado em qualquer  unidade básica de saúde a partir desta segunda (28). Fazem parte do grupo prioritário crianças de seis meses a cinco anos completos, gestantes e idosos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), deste percentual, 33.382 vacinas foram aplicadas em idosos e 3.708 em crianças, cobertura que deve atingir cerca de 356 mil pessoas entre o público prioritário.  

A medida foi tomada após o aumento de casos de síndromes respiratórias e a atual falta de leitos nos hospitais da Capital e oficializada em decreto publicado neste sábado (26) no Diário Oficial de Campo Grande, que instituiu situação de emergência na saúde municipal ao menos pelos próximos 90 dias.  

O anúncio ocorreu após uma reunião do Centro de Operações de Emergência (COE) para Doenças Respiratórias e Arboviroses, que contou com a presença da prefeita Adriane Lopes (PP), Rosana Leite, secretária municipal de saúde, além do chefe de imunização da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul,  Frederico de Moraes, e outras autoridades.

“Os casos de Influenza A e do Vírus Sincicial Respiratório estão aumentando significativamente e os leitos já estão lotados. A maioria dos casos são graves, o tempo de internação é grande, o que dificulta a rotatividade de leitos, correndo o risco de faltar leitos nas próximas 4 ou 6 semanas”, afirmou Rosana Leite. 

De acordo com a secretária, haverá obrigatoriedade da utilização de máscaras dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) já a partir da próxima semana, visto que, entre janeiro e abril, Campo Grande registrou 70 mortes por Srag. 

“Nós já temos mais de 70 óbitos de síndrome respiratória grave desde janeiro até agora, e nos últimos meses, nós tivemos óbitos de quatro crianças abaixo de quatro anos, sendo duas com idade abaixo de um mês e uma com um mês”, disse a secretária.

A secretaria, inclusive, cogitou a possibilidade de suspensão das aulas nos próximos dias. “Existe sim essa possibilidade, não agora, mas futuramente! No momento, nossa maior recomendação é evitar sair de casa, principalmente com bebês abaixo de seis meses, evitar visitas e aglomerações, tendo em vista que, o sistema imunológico desses bebês ainda é muito frágil”, alertou.

Vacinação 

Para a vacinação de 2025, o Ministério da Saúde adquiriu 73, 6 milhões de doses, destas 200 mil chegaram a Capital.

No primeiro semestre, está prevista a distribuição de 67,6 milhões de doses para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, serão distribuídas 5,9 milhões de doses para a Região Norte.

O valor total do investimento é de R$ 1,3 bilhões, e o público-alvo é de 81,6 milhões de pessoas. A meta é vacinar 90% dos grupos prioritários do Calendário Nacional de Vacinação, com estimativa de 50 milhões de pessoas. 

Proteção e segurança 

A vacina contra influenza de 2025 conterá as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. A administração pode ser feita junto a outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia grave após doses anteriores. 

A influenza e a covid-19 continuam sendo ameaças para a saúde pública, especialmente para as pessoas não vacinadas. Em 2024, a cobertura vacinal do público prioritário foi 48,89% na região Norte e 55,19% nas demais regiões.

*Colaborou Tamires Santana

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