Cidades

CONTRA ELIZA SAMUDIO

Justiça condena Bruno e Macarrão por crime no Rio

Justiça condena Bruno e Macarrão por crime no Rio

RIO DE JANEIRO

08/12/2010 - 02h50
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A Justiça do Rio de Janeiro condenou na madrugada de ontem Bruno Fernandes das Dores de Souza, ex-goleiro do Flamengo, a quatro anos e meio de prisão pelos crimes de lesão corporal, cárcere privado e constrangimento ilegal cometidos contra Eliza Samudio, ex-amante do atleta. Responsável pela decisão, o juiz Marco Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, também condenou Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, a três anos de prisão pelo crime de cárcere privado.

Nos últimos meses, houve várias audiências com testemunhas de defesa e acusação e coube ao juiz reunir todas as informações e depoimentos colhidos para chegar a este veredito. Não houve júri popular. “A culpabilidade é exorbitante na medida em que se percebe que é absolutamente reprovável a conduta do réu, já que praticou os crimes que ensejaram a sua condenação com o propósito de se ver livre do status de pai que não desejava desempenhar”, escreve o juiz na sentença.

“Ao conhecer a vítima em determinado evento (uma orgia na versão do réu ou um churrasco na versão da vítima) e optar pelo sexo irresponsável, não lhe cabia fazer o papel que fez ao saber da gravidez da vítima. A sua covardia, pois, impõe resposta penal adequada”, justifica o magistrado.

Em outubro de 2009, Eliza denunciou Bruno e Macarrão por terem-na agredido e forçado a ingerir substâncias abortivas. A amante tentava provar que o goleiro era o pai do bebê que ela esperava. O juiz Marco Couto negou aos réus o direito de recorrer da decisão em liberdade. Bruno e Macarrão foram denunciados em julho deste ano pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de sequestro, cárcere privado e de lesão corporal contra a ex-amante.

Comportamento
Na sentença, o juiz da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá também faz uma ressalva a respeito de Eliza Samudio. “Seria hipocrisia fingir que os autos não revelam que a vítima também tinha comportamento desajustado. Há registro nos autos de que a vítima procurava envolvimento com muitos jogadores de futebol. Neste ponto, não se define bem quem é vítima de quem. Se os jogadores de futebol, embriagados pelo dinheiro e pela fama, são vítimas de mulheres que os procuram com toda a sorte de interesses. Se as mulheres que procuram os jogadores de futebol, embriagados pelo dinheiro e pela fama, são vítimas deles. Nessa relação, ninguém é muito inocente. Todos têm culpa”, escreve.

Considerando a relevância do ex-goleiro como figura pública, o juiz Marco Couto acrescenta que “diante da personalidade do réu, lamenta-se que crianças e amantes do futebol já tenham admirado o acusado. Isso porque o réu não é digno de qualquer admiração, consideradas as circunstâncias reveladas nestes autos”.

Desaparecimento
Além do processo no Rio, Bruno também é julgado em Minas Gerais, suspeito pelo desaparecimento e suposta morte de Eliza. Em agosto, a Justiça mineira aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Bruno e outros sete envolvidos no desaparecimento e suposta morte de Eliza.

Além do goleiro, os demais acusados são: Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno; Sérgio Rosa Sales, primo do atleta; Dayanne Souza, ex-mulher dele; Elenilson Vítor da Silva, ex-administrador do sítio de Bruno em Esmeraldas (MG); Fernanda Gomes de Castro, ex-amante do goleiro; Wemerson Marques, ex-funcionário de Bruno; e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, ex-policial civil.

Flávio Caetano de Araújo, ex-motorista de Bruno, teve o pedido de habeas corpus aceito pela Justiça mineira e foi liberado da prisão no último dia 27 de novembro.

O último adeus

Enterro do papa Francisco: como serão as últimas homenagens no Vaticano

O funeral será realizado neste sábado, 26, às 10h (5h no horário de Brasília).

25/04/2025 20h00

Enterro do Papa Francisco será neste sábado, 26

Enterro do Papa Francisco será neste sábado, 26 Divulgação

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O funeral do papa Francisco será realizado neste sábado, 26, às 10h (5h no horário de Brasília) na Praça de São Pedro. A cerimônia é repleta de ritos, dentre eles, a Missa das Exéquias, que marca o início do período de nove dias de luto e orações em homenagem ao pontífice. É esperada a presença de fiéis e autoridades do mundo todo.

Francisco buscou simplificar esses ritos e abriu mão da prática secular na qual o chefe da Igreja é enterrado em três caixões interligados feitos de cipreste, chumbo e carvalho. Em vez disso, o argentino será sepultado em um único caixão de madeira revestido de zinco.

O uso de uma plataforma elevada na Basílica de São Pedro para o velório, como aconteceu com os pontífices anteriores, também foi abolido. Os fiéis foram convidados a prestar suas homenagens enquanto o corpo de Francisco estava dentro do caixão, com a tampa aberta.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Janja, a ex-presidente Dilma Roussef, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, além de outros ministros de Estado prestaram homenagens ao papa neste último dia de velório e estarão presentes no funeral no sábado.

Francisco optou pelo enterro na Igreja de Santa Maria Maior em Roma, em vez da Basílica de São Pedro, que abriga mais de 90 papas. Ele frequentava o local para fazer suas orações em Roma. Antes dele, Leão XIII, em 1903, havia optado pelo enterro na igreja de São João de Latrão.

O papa declarou seu desejo de ser enterrado fora do Vaticano em 2023. "Quero ser sepultado em Santa Maria Maggiore por causa da minha grande devoção pela Virgem", confidenciou à jornalista mexicana Valentina Alakraki.

A devoção mariana é antiga: então cardeal, Bergoglio frequentava a basílica ao lado da estação Termini já quando era arcebispo de Buenos Aires: "Sempre ia lá no domingo de manhã, quando eu estava em Roma."

Após os nove dias de luto, o Vaticano começa o conclave para escolha do novo líder da Igreja Católica.
 

Cidades

Cruzamento conhecido por acidentes na BR-163 pode ganhar semáforo

A Defensoria Pública está cobrando do estado e município a instalação da sinalização em trecho do Jardim Veraneio, que é palco de sinistros

25/04/2025 18h26

Cruzamento da Rua Água Azul com Avenida Alexandre Herculano tem várias entradas, o que torna o local ainda mais perigoso

Cruzamento da Rua Água Azul com Avenida Alexandre Herculano tem várias entradas, o que torna o local ainda mais perigoso Reprodução Google Maps

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Alvo de protestos no dia 28 de janeiro deste ano, pela morte de um motociclista no cruzamento da BR-163, a Defensoria Pública exigiu a instalação da sinalização semafórica.

A região, que fica no cruzamento da Rua Água Azul com a Avenida Herculano, e faz perímetro com a rodovia BR-163, no Jardim Veraneio, tem sido palco de travessias perigosas e acidentes.

Devido à urgência, foi instaurado um procedimento para apuração preliminar (PAP) pela 40ª Defensoria Pública de Direitos Coletivos de Campo Grande.

“São bastante comuns os acidentes de trânsito no cruzamento, inclusive fatais. Diante disso, a implantação de semáforo resolveria de forma plena o problema de mobilidade”, argumenta o defensor público Amarildo Cabral.

O defensor, que está à frente do caso, iniciou investigações para entender a dinâmica do trecho, assim como enviou pedidos para o Governo do Estado, a Prefeitura Municipal e a empresa responsável (CCR MSVia) pela rodovia, solicitando providências.

No entendimento de Amarildo, a instalação semafórica seria a solução mais rápida e eficaz para a questão da segurança de motoristas e pedestres.

O trabalho teve início após o vereador André Salineiro registrar um alerta na Defensoria, indicando o problema.

Tanto a Câmara Municipal quanto a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) realizaram audiências públicas sobre a situação da BR-163, em que Amarildo Cabral participou a convite do vereador.

Obras

O promotor indicou que, enquanto não há previsão para a instalação de um viaduto no quilômetro 485 da BR-163 – obra que, segundo noticiado pela imprensa local, não alcançou nem 30% –, a solução mais célere seria a instalação do semáforo.

Pensando na segurança, Amarildo acredita que a sinalização semafórica pode ser instalada e colocada em funcionamento em um prazo menor do que a conclusão da obra do viaduto.

Saiba: O PAP tem prazo para ser concluído em 45 dias, contados a partir da instauração do procedimento, ocorrida ontem (24), e pode ser prorrogado até quando for necessário. Durante sua execução, buscam-se informações, encaminhamentos são feitos e as etapas ficam documentadas. Ao término, elabora-se um relatório formal e, se o caso não tiver que ser arquivado, a situação poderá ser resolvida sobretudo de duas maneiras: ou administrativamente, com celebração de um termo de ajustamento de conduta (TAC), ou com o ajuizamento de uma ação civil pública.

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