Na noite desta quarta-feira (05), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrou a Operação Carnaval 2025, que começou no dia 28 de fevereiro.

Nesses seis dias de ação intensificada por conta das festividades, foram registrados 29 acidentes, sendo 11 considerados graves, resultando em 38 pessoas feridas e uma morte.

Essa morte aconteceu na noite do último domingo (02), na BR-163, entre Dourados e Caarapó, quando três veículos se chocaram e um menino de nove anos, identificado como Carlos Rikelme Gomes de Freitas, veio a óbito. Ainda, como consequência desta batida, outras cinco pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas.

Como comparação, na mesma operação realizada no ano passado, foram registrados 26 acidentes, sendo sete graves, mas com quatro mortes e 31 pessoas feridas.

Além disso, a PRF aplicou 2.983 multas nesses seis dias de operação - média de quase 500 por dia -, com volume expressivo de casos de falta do uso de cinto de segurança, transporte de crianças fora do dispositivo de segurança, ultrapassagens proibidas e excesso de velocidade, do qual os radares identificaram mais de 1.500 flagrantes do abuso de velocidade nas rodovias.

Ao todo, 6.040 motoristas foram submetidos ao teste de alcoolemia, conhecido como bafômetro, do qual nove terminaram presos por exceder o nível de álcool no sangue (resultado máximo aceito é de 0,04 mg de álcool por litro de ar expelido).

Menino de 9 anos - caso

Carlos Riklme Gomes de Freitas, de 9 anos, morreu em acidente entre três veículos, na noite deste domingo (2), na BR-163, entre Dourados e Caarapó, a 230 quilômetros de Campo Grande.

O menino foi reanimado com massagem cardíaca por 40 minutos, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

Outras cinco pessoas também ficaram feridas e estão hospitalizadas. Volkswagen Kombi, Chevrolet Corsa e Toyota Hilux são os veículos envolvidos no acidente.

Conforme apurado pelo Correio do Estado, a Hilux e a Kombi seguiam no sentido Dourados-Caarapó, quando, por motivos desconhecidos, a caminhonete bateu na traseira da Kombi, momento em que ambos perderam a direção, capotaram diversas vezes e saíram da pista.

Os veículos foram parar a mais de 100 metros do local da colisão, na vegetação às margens da rodovia.

O Corsa, que vinha no sentido contrário, Caarapó-Dourados, também saiu da pista para não colidir frontalmente.

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e equipe da CCRMSVia foram acionados e compareceram no local para socorrer as vítimas.

Rodovias Estaduais

Se somado com as rodovias estaduais, o número de acidentes aumenta para 34. Isso porque a Polícia Militar Rodoviária (PMR) confirmou cinco ocorrências desse tipo.

Além disso, uma morte foi registrada no município de Aral Moreira, a 371 quilômetros de Campo Grande. A ocorrência vitimou um motociclista de 38 anos, após ele sair da pista.

Em relação ao combate ao crime, as equipes da PMR recuperaram dois veículos roubados, apreenderam três quilos de haxixe marroquino e 1.630 pacotes de cigarros contrabandeados.

A operação segue até quarta-feira, dia 5 de março, às 23h59 (horário de Mato Grosso do Sul).

*Colaboraram Naiara Camargo e Lucas Caxito

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Dados da Carta da Conjuntura da Energia Elétrica relativos a 2024 revelam que Mato Grosso do Sul fechou o ano passado com 132.458 residências ou empresas gerando energia a partir da luz solar. Isso equivale a 12% dos 1,1 milhão de clientes que a Energisa atende em 74 municípios de Mato Grosso do Sul.

Juntas, as placas de energia solar destes 132 mil investidores já são responsáveis  pela geração de 1.501 megawats de energia, o que equivale à produção da usina de Jupiá, instalada no Rio Paraná, em Três Lagoas.

Representa, também, 15,3% de toda a energia elétrica  produzida em Mato Grosso do Sul, que chega a 9.843 megawats. Em 13 anos, a produção total de energia no Estado aumentou em 54%. 

Ao final de 2023 eram em torno de 120 mil imóveis que produziam sua própria energia e ainda injetavam parte da produção na rede. Assim, os números atuais mostram que, em média, a energia solar conquista em torno de mil novos adeptos por mês no Estado. 

Dos 1.501 MW de potência instalada, 45% pertence à categoria residencial, representando o maior grupo tanto em termos de empreendimentos (81%) quanto em unidades consumidoras (71,5%). O restante é produzido por empresas ou cooperativas que revendem sua produção.

BIOMASSA

Mas não é só a energia solar que cresce a passos largos em Mato Grosso do Sul. A eletricidade gerada pelas 36 usinas de cana e fábricas de celulose a partir de biomassa já é responsável pela geração de  2.386 megawats. 

Juntas, estas fábricas e usinas de açúcar e etanol produzem 28,6% da eletricidade gerada em Mato Grosso do Sul. E, para efeito de comparação, a usina de Jupiá, em Três Lagoas, tem capacidade para 1,5 mil wegawats.

E este setor tem ainda grande potencial. Conforme a Carta da Conjuntura, a fábrica  da Eldorado Brasil Celulose anunciou ampliação da produção para 4,5 milhões de toneladas por ano até 2026, o que eleva seu potencial de geração pra 1.043 MW de bioeletricidade, a partir do uso de licor negro (resíduo do processo). 

Além disso, existem mais 360 MW outorgados pela ANEEL, em construção ou construção não iniciada, toda capacidade gerada de fonte de biomassa, florestal ou bagaço de cana. 

Ao longo do ano passado, quando entraram em operação a fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo e uma indústria de esmagamento de milho em Maracarju, a produção total de energia teve aumento de 11% em relação ao ano anterior. 

O dados são da Coordenadoria de Transição Energética, da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciencia, Tecnologia e Inovação), que traz um panorama atualizado da geração de energia elétrica no Estado, compilado com base nas informações do Siga (Sistema de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica).

O levantamento, segundo o titular da Semadesc, Jaime Verruck, revela um cenário promissor e em constante evolução, marcado pela diversificação da matriz energética e pelo crescimento das fontes renováveis em mato Grosso do Sul, seguindo as principais tendências da transição energética global.

Atualmente, há 73 empreendimentos em fase de construção ou construção ou já liberados para serem construídos. Destes, 63 são usinas fotovoltaicas, oito são usinas de biomassa e dois são provenientes de fonte hídrica.