Política

eleições 2024

André Puccinelli prepara plano B caso MDB resolva barrar sua candidatura

O ex-governador filiou seu filho André Puccinelli Júnior no Solidariedade para garantir uma alternativa caso precise

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Uma possível mobilização de lideranças do MDB para barrar a candidatura do ex-governador André Puccinelli à Prefeitura de Campo Grande pelo partido nas eleições municipais do próximo ano fez com que ele preparasse um plano B para garantir sua participação no pleito.

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, estaria em curso uma provável articulação por parte da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e de seu esposo, o secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha, para André Puccinelli não sair candidato pelo MDB a prefeito da Capital em 2024 e, dessa forma, fortalecer a aliança com o PSDB.

A ideia, conforme articulação, é que o partido não tenha candidatura própria na majoritária ou, no máximo, indique um nome para ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo deputado federal tucano Beto Pereira à Prefeitura de Campo Grande.

No entanto, o ex-governador teria sido informado da intenção do partido de minar sua eventual candidatura a prefeito no próximo ano e já teria dado início a seu plano B, que consistiu na determinação para que seu filho André Puccinelli Júnior assinasse a ficha de filiação ao Solidariedade, o que ocorreu no dia 11.

Sem perder tempo, André Jr., além de se filiar ao Solidariedade por ordem do pai, foi escolhido para ser o primeiro-vice-presidente da legenda em Mato Grosso do Sul, garantido, dessa forma, a presença da família Puccinelli na diretoria estadual da sigla.

Caso a articulação para barrar a candidatura do ex-governador a prefeito de Campo Grande pelo MDB seja confirmada, ele deve se desfiliar do partido, em que é o presidente de honra em Mato Grosso do Sul , e automaticamente migrar para o Solidariedade, onde o filho já é o primeiro-vice-presidente e se mantém na disputa, afinal, tem liderado as últimas pesquisas de intenções de votos divulgadas pela mídia.

A tacada de mestre de André Puccinelli teria sido construída a toque de caixa e poderia, caso se concretize seu provável impedimento de sair candidato a prefeito pelo atual partido, significar uma debandada histórica do MDB de Mato Grosso do Sul, que já vai mal das pernas por não ter conseguido eleger nenhum deputado federal em 2022 e corre sério risco de apelar para uma fusão ou federação em 2026 para continuar existindo.

SINAL DE ALERTA

O Correio do Estado apurou que a candidatura de André Puccinelli pelo MDB é encarada pelo PSDB como uma “pedra no sapato”, pois, mesmo tendo altos índices de rejeição nas pesquisas de intenções de votos, ainda tem uma grande gama de eleitores em Campo Grande, sendo um forte adversário do novato Beto Pereira, que não tem apresentado um bom desempenho nas pesquisas.

Além disso, o convite feito pelo ex-governador para que a ex-deputado federal Rose Modesto (União Brasil), atual titular da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), fosse sua vice teria provocando um verdadeiro terremoto nas demais legendas, pois aparecem em primeiro e segundo lugares, respectivamente, nos últimos levantamentos eleitorais.

Tanto André Puccinelli quanto Rose Modesto têm suas bases eleitorais em Campo Grande e, caso resolvessem unir forças para as eleições municipais de 2024, seriam praticamente imbatíveis.

Por isso, o sinal de alerta foi aceso e teria tido início a articulação para impedir que o ex-governador concretize o sonho de disputar novamente uma eleição para a prefeitura da Capital, cidade que administrou por dois mandatos e onde ainda é considerado um dos melhores prefeitos que o município já teve.

Política

Antecipação de medidas vai favorecer pequenas empresas e grande exportador, diz Haddad

O programa antecipa os benefícios da reforma tributária sobre o consumo, com a eliminação da cumulatividade que hoje encarece as exportações brasileiras

28/07/2025 20h00

Valter Campanato / Agência Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o programa Acredita Exportação, sancionado nesta segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai favorecer pequenas empresas e o grande exportador.

O programa antecipa os benefícios da reforma tributária sobre o consumo, com a eliminação da cumulatividade que hoje encarece as exportações brasileiras.

"Aqui é uma demonstração do vice-presidente Alckmin em relação às pequenas empresas. É uma medida que antecipa em um ano e meio algo que vai entrar em vigor em 2027 para todo o Brasil. Investimentos e exportações 100% desoneradas de tributos, para o Brasil continuar crescendo", elogiou Haddad.

"Vocês imaginem o efeito da antecipação dessas medidas para agora que podem ser acompanhadas, inclusive, pelos governadores para favorecer as pequenas empresas e para favorecer o grande exportador que não via reconhecido o seu crédito tributário no que diz respeito a serviços", completou o ministro.

Ele também indicou que, junto com a medida sancionada hoje, há outras ações no pipeline, com a antecipação da reforma tributária para outros setores da economia, "para que nós já possamos colher os frutos dessa grande reforma".
 

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Campo Grande

"Mulher que vira onça", Soraya será tema de escola de samba em 2026

Para a advogada Andressa Nayara, especialista em direito eleitoral, há riscos de que a homenagem possa ser interpretada como propaganda eleitoral antecipada

28/07/2025 16h45

Foto: Divulgação / Igrejinha

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"Mulher que vira onça", a senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke (Podemos) será homenageada como enredo da escola de samba Igrejinha no carnaval da Capital em 2026, fato que para especialistas, pode acarretar em crime eleitoral.

O anúncio foi feito neste domingo (27) pela agremiação, maior campeã da folia campo-grandense com 24 títulos, que exaltou a trajetória da parlamentar como símbolo de força feminina, justiça social e valorização da cultura brasileira.

A escolha vem na esteira da projeção nacional que Soraya conquistou após declarações no debate presidencial de 2022, quando disse “virar onça” ao reagir a atitudes misóginas.

Para a advogada Andressa Nayara, especialista em direito eleitoral, há riscos de que a homenagem possa ser interpretada como propaganda eleitoral antecipada, sobretudo se coincidir com o período pré-eleitoral e com candidatura da parlamentar, que deve disputar a reeleição ao Senado.

“No meu entendimento, a utilização de pré-candidato como enredo de escola de samba em ano eleitoral pode configurar propaganda antecipada, principalmente se houver exaltação da imagem com conotação eleitoral, pedido implícito de voto ou participação direta no evento”, afirmou a especialista. 

Apesar do caráter cultural e artístico das escolas de samba, Andressa Nayara ressalta que é necessário cautela quando há envolvimento de figuras públicas em contextos eleitorais. “Pode fazer propaganda antecipada o que atrapalha o equilíbrio da eleição. E outras consequências, como abuso de poder econômico ou político, poderiam ser analisadas após o registro de candidatura”, pontuou.

Para Andressa, a presença como tema de um desfile de grande visibilidade no mesmo ano das eleições pode ser alvo de questionamentos judiciais, caso haja interpretação de benefício indevido à imagem da parlamentar.

O enredo foi anunciado pela escola com frases de forte apelo simbólico, como “Chegou a hora da onça beber água”, “Soraya representa a mulher que não se cala” e “Agora, vira enredo na nossa avenida”, o que pode alimentar o debate sobre os limites entre homenagem cultural e promoção política.

A onça
 

No debate da Band/UOL, realizado em 28 de agosto de 2022, a então candidata à Presidência da República pelo União Brasil criticou duramente o ex-presidente Jair Bolsonaro por ofensas dirigidas à jornalista Vera Magalhães.

“Quando os homens são tchutchuca com outros homens, mas vêm para cima da gente sendo tigrão, eu fico extremamente incomodada. Eu fico brava sim. E digo mais para você: lá no meu estado, tem mulher que vira onça, e eu sou uma delas”, declarou Soraya, fazendo alusão à figura da mulher pantaneira, fortalecida ainda pela exibição, à época, do remake da novela Pantanal, que trazia a personagem Juma Marruá, conhecida por se transformar em onça para se defender.

O bordão viralizou nas redes sociais e foi resgatado novamente em 2023, quando Soraya desfilou pela diretoria da escola de samba Grande Rio, no Rio de Janeiro, cujo enredo daquele ano foi “Nosso destino é ser onça”.

A senadora compartilhou registros do desfile ao lado da atriz Paolla Oliveira, rainha de bateria da agremiação, e escreveu: “Que desfile maravilhoso da Grande Rio com a rainha Paolla Oliveira representando todas as onças desse país”.

Neste ano, Soraya será a protagonista do desfile da Igrejinha. O enredo, segundo comunicado oficial da escola, será dividido em três núcleos principais e pretende mostrar a trajetória de uma mulher do interior do Brasil que se tornou símbolo de resistência e representatividade. A proposta é celebrar a força do feminino, a luta por justiça e o amor à cultura nacional.

“Vai pulsar a história de uma menina do interior, que cresceu entre raízes sul-mato-grossenses e se transformou em símbolo de voz ativa, de luta por igualdade, e de amor à cultura brasileira”, diz trecho do comunicado da escola.

“Soraya representa a mulher que não se cala. Que se transforma. Que ruge quando precisa. E que samba com a nossa Igrejinha. Chegou a hora da onça beber água. É ela... A mulher que virou onça. E que agora, vira enredo na nossa avenida.”

A reportagem entrou em contato com a assessoria da senadora, contudo, não obteve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto. 

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