Política

ELEIÇÕES 2024

Horário na TV começa amanhã e aposta dos candidatos será mostrar trajetórias

Rose Modesto, Beto Pereira e Camila Jara contarão suas histórias, enquanto Adriane Lopes apresentará balanço de gestão

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A partir de amanhã, tem início a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, o tradicional horário eleitoral, que neste ano vai até o dia 3 de outubro, ou seja, três dias antes do primeiro turno das eleições municipais.

 Para todos os candidatos, esse período é visto como a cartada decisiva na disputa pelos votos dos eleitores campo-grandenses ainda indecisos.

Sabendo disso, o Correio do Estado procurou as assessorias dos quatro candidatos que lideram as pesquisas eleitorais para saber o que eles vão levar ao ar no primeiro programa eleitoral.

No caso dos outros quatro candidatos – Luso Queiroz (Psol), Beto Figueiró (Novo), Ubirajara Martins (DC) e Jorge Batista (PCO) –, apenas o do Psol terá tempo no rádio e na televisão, porém, serão apenas 27 segundos, fazendo com que a reportagem não o incluísse.

O candidato Beto Pereira, da coligação “Juntos pela Mudança”, formada pela Federação PSDB-Cidadania, PSD, PSB, Podemos, MDB, Solidariedade, Republicanos e PL, terá o maior tempo diário de propaganda, com 4 minutos e 58 segundos.

Em conversa com o Correio do Estado, Beto disse que o primeiro programa será usado para se apresentar aos eleitores campo-grandenses, mostrando sua trajetória política desde o período em que foi prefeito de Terenos, passando pelo mandato de deputado estadual e terminando no segundo mandato como deputado federal.

Ele também pretende passar a mensagem de otimismo com relação ao futuro de Campo Grande e que, caso seja eleito prefeito, o município terá todas as condições para dar um salto de desenvolvimento. “Quero passar para os eleitores otimismo e que eu acredito em Campo Grande”, afirmou.

CANDIDATAS

Já a candidata Camila Jara, da Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV, é a dona do segundo maior tempo diário de propaganda, com 1 minuto e 41 segundos.

Ela disse ao Correio do Estado que as pesquisas internas feitas pelo PT apontaram que os eleitores campo-grandenses ainda não a conhecem muito bem. Por isso, os primeiros quatro programas de TV vão focar em contar a história dela para a população. 

 “Vamos falar desde a minha educação na infância, adolescência e fase adulta na faculdade, bem como a minha trajetória política, incluindo a militância no PT até a conquista do mandato de vereadora por Campo Grande e, depois, vencendo a eleição para deputada federal”, declarou.

Dona do terceiro maior tempo no rádio e na televisão, com 1 minuto e 35 segundos, a candidata Rose Modesto, da coligação “Unidos por Campo Grande”, formada pelos partidos União Brasil e PDT, também programou para o seu primeiro programa contar um pouco da sua trajetória política e da sua história de vida.

Ela deve ainda falar dos desafios que vai ter na gestão de Campo Grande, caso seja eleita, abordando que está preparada para o desafio de fazer do município a melhor capital para se viver no Brasil. 

Nesse sentido, Rose deve citar o período como vereadora, depois vice-governadora, secretária de Estado na área de assistência social, deputada federal e titular da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

A candidata reforça que o fato de ter passado por esses cargos lhe prepararam para o desafio da gestão pública, quando buscará melhorar a questão da saúde, captação de recursos para a educação e, principalmente, finalizar as obras inacabadas de Campo Grande.

A atual prefeita Adriane Lopes, que tentará a reeleição na coligação “Sem Medo de Fazer o Certo”, formada pelos partidos PP, PRD e Avante, terá 1 minuto e 17 segundos.

Diferentemente dos outros três candidatos, a assessoria de Adriane Lopes informou que a prefeita preparou para o primeiro programa um balanço da sua gestão. 

“Em seu programa de estreia no horário eleitoral, a prefeita vai apresentar um balanço sobre seus dois anos à frente da gestão, destacando as conquistas de sua trajetória administrativa e a importância da continuidade para implementar novos projetos que visam transformar a cidade e avançar ainda mais”, relatou.

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ELEIÇÕES 2026

Mesmo inelegível, Caiado lança pré-candidatura à Presidência em evento em Salvador

Anúncio aconteceu m discurso no Centro de Convenções de Salvador, na Bahia, do qual ele definiu o momento como "um dos mais importantes de sua vida"

04/04/2025 20h00

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já é pré-candidato a presidente da República

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já é pré-candidato a presidente da República Foto: Arquivo

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou nesta sexta-feira (4) sua pré-candidatura para a presidência da República nas eleições de 2026. Em discurso no Centro de Convenções de Salvador, na Bahia, ele definiu o momento como "um dos mais importantes de sua vida".

Sua chegada no palco ocorreu ao som do jingle "Coragem para mudar, coragem para fazer, um grande coração, Caiado por você", e o pré-candidato foi anunciado como "o governador da ética, da moral e da transparência". Ao se pronunciar aos presentes, ele falou sobre sua experiência no Congresso Nacional e disse que o País vive uma "verdadeira desordem institucional".

"Nós aprendemos no Parlamento que precisamos ter maioria construída, ninguém é dono, ninguém ali impõe o seu projeto se não tiver maioria, se não tiver capacidade de diálogo", afirmou ele, que foi deputado por cinco legislaturas e senador por duas

Caiado também falou sobre as relações entre os Três Poderes, afirmando que não deve haver "enfrentamento de poderes" quando se quer construir a paz. Anteriormente, o governador já defendeu a anistia aos invasores de Brasília no dia 8 de janeiro de 2023

O governador destacou aspectos de seu tempo à frente do Executivo de Goiás. Sobre o tema da segurança pública, disse ter transformado Goiás de "Disneylândia dos bandidos" a um Estado que "tem segurança plena para o trabalhador e a dona de casa" e "a melhor educação do Brasil". Em 2023, o Estado teve a melhor nota do País no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), na etapa do Ensino Médio.

Não faltaram críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos âmbitos da segurança e econômico. Um dos alvos foi Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública "O Caiado (em referência a si mesmo) já desmascarou o presidente Lula na frente dele dizendo 'você quer tirar prerrogativa de Estado. Isso aí é presente para a bandidagem", afirmou, completando que "O governo Lula não tem plano de governo e não sabe para o que veio".

A PEC da Segurança é uma proposta do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que pretende criar um "Sistema Único de Saúde (SUS)" da segurança. O objetivo é reestruturar e fortalecer o sistema de segurança por meio da integração entre os entes federados. Caiado se coloca como contrário à iniciativa e afirmou no evento que não existe "Estado Democrático de Direito onde governo é complacente com o crime".

Na última quarta-feira, 2, foi divulgada uma pesquisa Genial/Quaest que mostra que a violência é apontada como o maior problema no Brasil atual para 29% dos entrevistados. O levantamento também mostrou que Lula tem 56% de desaprovação, a maior desde o início do terceiro mandato. Apesar disso, o mesmo instituto mostrou que Lula lidera cenários de segundo turno contra todos os potenciais candidatos da direita para a eleição de 2026.

Estiveram presentes no lançamento da pré-candidatura nomes como o senador Sergio Moro (União-PR), o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), o atual prefeito Bruno Reis (União) e o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ).

A direção nacional do União Brasil foi representada por ACM Neto, vice-presidente. O presidente da sigla, Antonio Rueda, e o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (AP), não compareceram

ACM Neto minimizou a ausência de Rueda e disse que não há nenhum "trauma ou problema". "O partido tem internamente seus diferentes pensamentos, que serão convergentes quando for necessário", afirmou. O cantor Gusttavo Lima, amigo pessoal do governador, também não esteve presente.

A organização do evento ocorreu sob pressão de figuras do União Brasil mais ligadas ao governo federal, que defendiam que Caiado desistisse do lançamento.

No momento, Caiado está condenado pela Justiça Eleitoral goiana a oito anos de inelegibilidade.

sob nova direção

Novo presidente da União dos Vereadores credita vitória ao resgate da credibilidade

O vereador Daniel Jr., do PP de Dourados, derrotou o vereador Jeovane Vieira dos Santos, do PSDB de Jateí, por 198 a 166 votos

04/04/2025 08h30

Governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB) se reuniu com o presidente eleito da UCVMS, Daniel Jr.

Governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB) se reuniu com o presidente eleito da UCVMS, Daniel Jr. Reprodução

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Com o apoio do PP, do PSDB e do MDB, o vereador Daniel Júnior, do PP de Dourados, derrotou na noite de quarta-feira o vereador Jeovane Vieira dos Santos, do PSDB de Jateí, por 198 votos favoráveis e 166 contrários, tornando-se, assim, o novo presidente da União das Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul (UCVMS).

Em entrevista ao Correio do Estado, o parlamentar creditou a vitória contra o atual presidente – que está no cargo há 12 anos e tentava a reeleição para o quarto mandato consecutivo – ao resgate da credibilidade da UCVMS, que ao longo de uma década viu diminuir o número de Câmaras filiadas até chegar a 31 das 79 possíveis.

“A retomada da credibilidade vai dar a injeção de ânimo necessária para que possamos chegar a 100% das Câmaras Municipais de Mato Grosso do Sul filiadas na UCVMS. 

Se não for possível chegar a 79 filiadas, pelo menos 90% delas a gente consegue”, projetou.

Daniel Jr. lamentou o fato de a entidade ter perdido mais de 60 Câmaras somente no ano passado, mas destacou que, com a nova diretoria – a qual tomará posse no mês que vem e ficará à frente da UCVMS até maio de 2029 –, será possível mudar para melhor a imagem negativa que os vereadores têm atualmente.

Sem medo de errar, acredito que nós tivemos um apoio de 90% da classe política de Mato Grosso do Sul, incluindo nomes de grandes lideranças do Estado, como a senadora Tereza Cristina [PP], o governador Eduardo Riedel [PSDB], o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Gerson Claro [PP], e os ex-governadores Reinaldo Azambuja [PSDB] e André Puccinelli [MDB]”, opinou, reforçando a contribuição do seu vice-presidente, o vereador Junior Coringa, do MDB de Campo Grande.

PRÓXIMOS PASSOS

Questionado pelo Correio do Estado quais serão os próximos passos à frente da UCVMS, o vereador de Dourados informou que pretende regularizar a questão das certidões negativas.

“Nós batemos tanto nesse assunto durante a campanha que a atual diretoria conseguiu parcelar as dívidas e obteve uma certidão negativa com efeito positivo. Pelo menos, as nossas críticas tiveram êxito”, brincou.

Outra mudança que Daniel Jr. pretende reverter é a autorização para que ex-vereadores tenham direito a voto nas eleições da UCVMS. “Pessoalmente, não concordo com ex-vereador votando, mas sou um político que acompanha a maioria e pretendo convocar uma assembleia geral para votar esse assunto”, anunciou.

Na eleição de 2021, conforme o presidente eleito da UCVMS, muitos ex-vereadores participaram do pleito e isso contribuiu para que o atual presidente fosse reeleito ao terceiro mandato. “Quero trazer esse tema para a discussão, pois não penso que seja legal esse tipo de situação”, disse.

A respeito dos problemas judiciais do vereador Jeovane Vieira dos Santos, que virou réu na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos por possíveis irregularidades na prestação de contas da entidade relativa a 2021, o presidente eleito disse que não compete a ele comentar. “Penso que a Justiça vai dar o veredito sobre essa questão”, pontuou.

Para Daniel Jr., outra missão é trazer de volta para a UCVMS o maior número de Câmaras possíveis. “Com o retorno da credibilidade, acredito que a entidade vai viver um novo momento. Sangue novo sempre ajuda a oxigenar o ambiente, e vamos reverter o atual quadro para sermos novamente uma entidade de respeito junto à classe política estadual”, finalizou.

Já o vereador Junior Coringa, vice-presidente eleito, ressaltou que foi uma eleição muito dura, até porque o atual gestor está há 12 anos no poder. 

“A gente teve que fazer uma força-tarefa com diversos partidos, com muitas lideranças, e trabalhar muito essa questão da renovação com os novos vereadores”, afirmou.

Ele revelou que Jeovane colocou mais de 80 ex-vereadores para votar nele como uma manobra a fim de ser reeleito. “Visitamos vários municípios e conversamos com muitos vereadores para mostrar os nossos projetos. Graças a Deus, a maioria aceitou as nossas propostas e conseguimos depois de 12 anos que a UCVMS tenha uma nova diretoria”, assegurou.

O vice-presidente eleito complementou que o primeiro ato da nova diretoria é fazer uma reformulação do estatuto, tirando essa questão de perpetuação no poder e colocar mandatos de até quatro anos para provocar o revezamento no comando da UCVMS.

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