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Lula diz que governo não está entregando o que prometeu e é cedo para fazer pesquisa sobre 2026

Petista criticou, no entanto, a antecipação de cenários eleitorais para 2026

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse reconhecer que o governo "não está entregando aquilo que prometeu" até o momento. O petista criticou, no entanto, a antecipação de cenários eleitorais para 2026.

"No primeiro ano de governo, como (o governante) ganhou as eleições, há muita expectativa e o povo está muito tranquilo. No segundo ano, começa o povo a saber se a expectativa que tinha está sendo cumprida. Eu disse ao (Paulo) Pimenta (ex-ministro da Secom): 'Não se preocupe com pesquisa, porque o povo tem razão, a gente não está entregando aquilo que prometeu'", afirmou o presidente.

Lula disse que "é preciso ter muita paciência". "Não me preocupo com pesquisa. Não é feita para gostar ou não gostar. É feita para analisar, verificar se tem um fundo de verdade e começar a fazer as coisas que são necessárias", disse.

"É muito cedo para fazer pesquisa sobre 2026 e é muito cedo para avaliar governo com dois anos de governo. Deixei a Presidência em 2007 (foi em 2010) com 87% de bom e ótimo e tenho consciência do que estamos fazendo", afirmou.

O presidente disse que "cada coisa que eu falar, quero que anotem, porque vamos entregar, não é apenas um programa de governo, é uma profissão de fé".

Pesquisa Quaest divulgada nesta semana mostrou um crescimento nas avaliações negativas do governo. A gestão de Lula é aprovada por 47% dos entrevistados e reprovada por 49%, de acordo com o levantamento. Foi a primeira vez na série histórica do levantamento que a avaliação negativa supera a opinião positiva. As porcentagens estão dentro da margem de erro, de um ponto porcentual.

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Apaixonados por aviação comemoram 40 anos do Aeroporto de Guarulhos

Atualmente, 34 companhias oferecem voos para 52 destinos nacionais e outros 54 internacionais. São quase 800 pousos e decolagens por dia em média, um movimento a cada 90 segundos

23/02/2025 23h00

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Ainda faltava meia hora para o ônibus sair e levar o grupo para a cabeceira da pista, mas o instrutor de voo Felipe Oliveira Gonçalves, 21, não aguentou esperar e ainda, de dentro do terminal, tirou o equipamento fotográfico da bolsa e, atrás do vidro, começou a registrar um Airbus parado do lado de fora. Neste sábado (22), ele foi um dos 60 apaixonados por aviação, integrantes de um spotter day comemorativo dos 40 anos do aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

O evento, que reúne plane spotters –observadores de avião, na tradução literal, no caso, fotógrafos– ocorre anualmente, mas o de agora teve um gostinho especial pela data comemorativa. As vagas são obtidas a partir de uma concorrida inscrição prévia –a Folha foi convidada para acompanhar a edição de 2025.

"Participei do [spotter day] de 2023 e dei sorte, pois eles evitam repetir as mesmas pessoas no ano seguinte, para que mais gente tenha oportunidade", afirma Felipe, que diz ter pegado gosto por aviões quando subiu em um deles pela primeira vez aos 4 anos, para fazer uma viagem a Goiânia.

O grupo deste sábado reuniu fotógrafos amadores a profissionais. Muitos tinham pendurado no pescoço rádios comunicadores que captavam as conversas entre a torre de controle e pilotos para saber o momento certo de se posicionar –ou usavam aplicativos que monitoram voos.

Ao todo foram cerca de seis horas em um local reservado na beira da cabeceira 10 L do aeroporto. A proximidade era tanta que, do avião, a tripulação que esperava ordem para alinhar na pista e partir para a decolagem, acenava para a fila de aficionados quase ao lado da aeronave.

O paulistano da Lapa, na zona oeste, Heitor Giamono Júnior, 67, usou uma espécie de guarda-chuva com encaixe para a cabeça para tentar se proteger do sol escaldante. Ele faz parte de um grupo, brazilianspotters, que tinha vários representantes no encontro deste fim de semana.

"Comecei a fotografar aviões há 18 anos pelo desafio", afirma ele, que desde 1991 fotografa todos os Grandes Prêmios de Fórmula 1.

O engenheiro civil Jonathan Araújo, 32, pegou gosto pela aviação e por "congelar" as imagens de aviões nos oito anos que serviu na Aeronáutica. Ele viajou de Brasília a Guarulhos apenas pela oportunidade de registrar aeronaves que não costumam pousar no Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, na capital federal.

"Esse aqui dificilmente passaria lá", afirmou à reportagem, enquanto observava a decolagem de um jato da empresa canadense Air Canada.

O encontro reuniu fanáticos por aviões de vários estados. A vendedora Emanuelle Daniel, 34, fez uma espécie de bate e volta de Maringá, no interior do Paraná, para fotografar pela primeira vez de dentro do aeroporto. "Já vim outras vezes para um evento em um hotel próximo, de onde dá para registrar a pista", conta.

Durante o sábado houve um desfile de bandeiras de várias nações em meio aos Airbus e Boeings das empresas brasileiras. Pousaram e decolaram em Guarulhos, aviões de companhias dos EUA, africanas, europeias e canadense.

Mas o momento mais aguardado foi no último pouso antes de o evento acabar, de um Airbus A380, o maior avião comercial do mundo, da Emirates, dos Emirados Árabes Unidos.

"É um espetáculo", definiu uma fotógrafa, que praticamente se acotovelava com o colega ao lado para registrar a fumaça do toque das 22 rodas da gigantesca aeronave no solo.

CUMBICA SOB RECORDES

O aeroporto de Cumbica, como é chamado, completou 40 anos no último dia 20 de janeiro em meio a marcas históricas. No ano passado, por exemplo, o maior terminal aeroportuário do país recebeu 43,6 milhões de passageiros, o maior número dessas 40 décadas.

Atualmente, 34 companhias oferecem voos para 52 destinos nacionais e outros 54 internacionais. São quase 800 pousos e decolagens por dia –em média, um movimento a cada 90 segundos.

POR: FOLHAPRESS

POLÊMICO

Justiça eleitoral condena Pablo Marçal e o declara inelegível por oito anos

Pablo foi condenado em primeira instância por exigir pix de R$ 5 mil por vídeo de apoio a candidatos a vereador

22/02/2025 07h13

O influencer Pablo Marçal foi candidato a prefeito de São Paulo no ano passado, mas não conseguiu chegar ao segundo turno

O influencer Pablo Marçal foi candidato a prefeito de São Paulo no ano passado, mas não conseguiu chegar ao segundo turno

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A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o influenciador Pablo Marçal (PRTB) por abuso de poder político e econômico durante a campanha para a Prefeitura de São Paulo, no ano passado. A decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1.ª Zona Eleitoral, declarou Marçal inelegível por oito anos. O ex-candidato pode recorrer da decisão.

O Estadão entrou em contato com a defesa do influenciador, mas não havia obtido resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Marçal foi condenado em ação baseada em representações do PSB e do PSOL apresentadas após ele divulgar em suas redes sociais um vídeo no qual "vendia" seu apoio a candidatos a vereador de "perfil de direita" em troca de doações para sua campanha. No Instagram, o então candidato do PRTB pediu Pix de R$ 5 mil em troca dos vídeos.

Decisão

"Entendo que o discurso do requerido Pablo Marçal de oferta de gravação de vídeo de apoio para impulsionar campanha eleitoral de candidato a vereador de partido que '(…) não seja de esquerda(...)' em troca de doação no valor de R$ 5.000 (cinco mil reais) divulgada em meio de comunicação social (Instagram) do próprio candidato encerra em si mesmo conduta ilícita que ostenta a potencialidade de lesar o bem jurídico protegido (legitimidade das eleições) para fins de manutenção do equilíbrio nas eleições ao divulgar referida publicação", disse o magistrado na decisão.

O juiz Patiño Zorz concluiu que "está configurado abuso de poder midiático pela relevância e aptidão para influenciar e distorcer a formação da vontade política dos eleitores em benefício do candidato ao efetuar publicação em sua página de rede social".

A eleição municipal de 2024 terminou, mas deixou processos na Justiça Eleitoral e na Justiça comum. Dos 14 principais casos consultados pelo Estadão, cinco ficaram com a PF, que já abriu ou abrirá inquéritos para investigações sobre crimes contra honra, divulgação de laudo falso e suposta omissão de bens declarados.

Laudo

Especialistas ouvidos pela reportagem, no ano passado, citaram uma possível inelegibilidade de até oito anos - principalmente sobre o caso de documento inverídico divulgado pelas redes sociais contra Guilherme Boulos (PSOL) -, o que deixaria Marçal fora de uma possível disputa pela Presidência da República em 2026, como ele já demonstrou interesse.

Divulgado na antevéspera do primeiro turno de 2024, o laudo falso sobre um suposto surto psicótico de Boulos por utilização de cocaína está em apuração na Polícia Federal. O documento forjado afirmava que, às 16h45 do dia 19 de janeiro de 2021, Boulos teria dado entrada na clínica Mais Consulta com um quadro de surto e exame apontava uso de cocaína. A Polícia Civil de São Paulo e a Polícia Federal atestaram a falsidade do documento.

Há ainda a tramitação de representação do caso na esfera cível por campanha irregular. Boulos desistiu de continuar com a ação contra um canal do YouTube em que Marçal concedeu entrevista e citou o laudo naquele dia 4 de outubro. Há, ainda, para o prosseguimento da ação eleitoral, necessidade de identificação de usuários que comandam dois perfis que também divulgaram o documento falso.

'Desinformação'

Os advogados de Boulos sustentaram na inicial que os perfis "são integrantes da estrutura montada pelo representado (Marçal) para disseminar a desinformação e também devem ser suspensos para preservação da legalidade e normalidade do pleito", cita a inicial apresentada no dia 5 de outubro. A multa pedida pelo ex-candidato do PSOL contra Marçal na esfera cível é de R$ 30 mil.

Carla Maria de Oliveira e Souza, filha do médico José Roberto de Souza, que teve assinatura falsificada no laudo fabricado contra Boulos, foi à Justiça comum pedir indenização no valor de R$ 150 mil do influenciador e também da clínica Mais Consulta.

Falsificação

O escritório que defende o antigo dono da clínica Mais Consulta, Luiz Teixeira, afirmou que ele "jamais esteve envolvido em qualquer ação de falsificação de documentos, tampouco cometeu qualquer ato que pudesse manchar a memória ou o legado do doutor José Roberto de Souza".

"Alegações desta natureza carecem de embasamento legal ou factual, sendo completamente inverídicas".

(As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.)

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