Brasil

ex-ministra da agricultura

Tereza Cristina culpa Lula pela alta no preço dos alimentos

Ela saiu em defesa do agronegócio depois que o Governo Lula falou em importar alimentos e reduzir alíquotas de importação

Continue lendo...

Em meio as intensas tratativas do Governo Federal para tentar reduzir o preço dos alimentos, a bancada ruralista em Brasília encontrou mais um motivo para confrontar o Governo Lula  e uma das vozes mais fortes é a da ex-ministra da Agricultura, a senadora Tereza Cristina (PP-MS), que não economizou nas críticas. 

“Não vejo motivos para importação de alimentos. O governo mais uma vez não faz o dever de casa de cortar gastos, cria desconfiança que gera aumento de inflação, de juros e do dólar. É isso que está aumentando os preços; não há nenhum desequilíbrio no agronegócio brasileiro. Será que o governo está procurando jogar a culpa para o setor? Não vai colar”, afirmou em entrevista ao Estadão. Ela é coordenadora política no Senado da FPA - Frente Parlamentar da Agropecuária.

A senadora Tereza Cristina complementa: “Mexer nas alíquotas de importação via Camex é algo racional, que se faz com parcimônia para regular o mercado, quando há pouca oferta ou alta excessiva de gêneros básicos. Mas é algo pontual. A expectativa para esse ano é de uma safra mais abundante do que a do ano passado, quando os rigores climáticos atingiram as colheitas - mas mesmo assim obtivemos bons resultados no campo”.

Já sobre o anúncio feito pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, de que o presidente Lula determinou que o governo já comece a discutir um novo Plano Safra que estimule mais a produção de alimentos, a reação foi positiva.

“Plano Safra, para os produtores rurais, sobretudo pequenos e médios que dependem da subvenção, o anúncio de mais recursos é sempre bem-vindo, sobretudo numa conjuntura em que o crédito é inibido pelos juros altos - em decorrência da mencionada falta de um eficiente ajuste fiscal por parte do governo”, finalizou a ex-ministra da Agricultura.

MAIS REAÇÕES

Medida desnecessária, ineficiente, desvio de foco, decisão de aloprados. Essas são algumas das expressões usadas pela bancada do agronegócio no Congresso ao avaliar o anúncio nesta sexta-feira, 24, de que o governo Lula atuará na redução da alíquota de importação de alimentos para tentar diminuir o preço dos produtos no Brasil.

Apelar para ampliar as importações só faria sentido se houvesse problema de desabastecimento de algum produto, ressaltam parlamentares que representam o setor. “É uma decisão de irresponsáveis. Hoje não temos nenhum problema de oferta. Temos alimentos em abundância no Brasil e somos inclusive um dos maiores exportadores do mundo. A inflação existente está associada a outros fatores e não a baixa oferta de produtos”, concluiu o deputado Domingos Sávio (PL-MG).

democracia

STF inicia depoimentos de testemunhas da trama golpista

Depoimentos de acusação e defesa começam nesta segunda-feira (19) e se estendem até o próximo dia 2 de junho, por videoconferência

19/05/2025 07h53

 Os depoimentos vão ocorrer por videoconferência e serão tomados simultaneamente para evitar a combinação de versões

Os depoimentos vão ocorrer por videoconferência e serão tomados simultaneamente para evitar a combinação de versões

Continue Lendo...

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (19), às 15h, a fase dos depoimentos de testemunhas de acusação e defesa dos réus do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Entre os dias 19 de maio e 2 de junho serão ouvidas 82 testemunhas indicadas pela procuradoria, que faz a acusação, e pelas defesas dos acusados. Os depoimentos vão ocorrer por videoconferência e serão tomados simultaneamente para evitar a combinação de versões entre os depoentes. 

Ao longo dos dias previstos para as oitivas, serão colhidos os depoimentos do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas,  deputados e senadores aliados de Bolsonaro e do general de Exército Freire Gomes, que teria ameaçado prender o ex-presidente após ele sugerir, durante uma reunião, a adesão ao golpe. 

Os depoimentos serão comandados por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e não poderão ser gravados pela imprensa e pelos advogados que vão acompanhar as audiências. 

Após os depoimentos das testemunhas, Bolsonaro e os demais réus serão convocados para o interrogatório. A data ainda não foi definida. 

A expectativa é que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra neste ano. Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Em caso de condenação, as penas podem passar de 30 anos de prisão.

Confira os principais depoimentos previstos: 

Dia 19/5 

Ibaneis Rocha - governador do Distrito Federal. Ele vai prestar depoimento como testemunha de defesa indicada pelo ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres. Ibaneis foi afastado do cargo após os atos golpistas de 8 de janeiro e i investigado em inquérito aberto pelo STF.  Em março deste ano, a investigação contra o governador foi arquivada porque a PGR entendeu que não houve omissão dele na contenção da manifestação golpista. 

General Marco Antônio Freire Gomes - comandante do Exército no governo de Jair Bolsonaro, o militar não aderiu à tentativa golpista e, de acordo com as investigações, teria ameaçado dar voz de prisão ao ex-presidente após receber a sugestão para que as tropas aderissem à trama golpista.

Eder Lindsay Magalhães Balbino - dono de uma empresa de tecnologia da informação que teria ajudado o PL, partido de Bolsonaro, na produção de um estudo para alegar fraudes nas urnas eletrônicas;

Clebson Ferreira de Paula Vieira - servidor que trabalhou no Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres e teria presenciado a solicitação de relatórios de inteligência para embasar as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) a fim de barrar o deslocamento de eleitores do Nordeste no segundo turno do pleito presidencial de 2022. 

Adiel Pereira Alcântara - ex-coordenador de inteligência da PRF.

Outros depoimentos que serão destaque: 

Dia 21/5

Tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior - Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2022, o militar também teria presenciado Bolsonaro sugerir a adesão das Forças Armadas ao golpe.

Dia 23/5

Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) -  o parlamentar foi indicado como testemunha de defesa de Bolsonaro, do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, do general Braga Netto e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

Almirante Marcos Sampaio Olsen - atual comandante da Marinha, o militar foi arrolado pela defesa do almirante Almir Garnier, que chefiou a força durante o governo Bolsonaro e teria aceitado aderir à tentativa de golpe.

Dia 26/5 - Marcelo Queiroga - O ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro foi indicado como testemunha de defesa de Braga Netto.

Dia 29/5 - Paulo Guedes e Adolfo Sachsida - O ex-ministro da Economia e o ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro vão depor na condição de testemunhas de Anderson Torres.

Dia 30/5 - Os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Espiridião Amim (PP-SC), Eduardo Girão (NOVO-CE), os deputados federais Sanderson (PL-RS) e Eduardo Pazuello, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, serão ouvidos como testemunhas de Bolsonaro.

No mesmo dia, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também será ouvido como testemunha de defesa do ex-presidente.

Dia 2/6 - O senador Rogério Marinho prestará depoimento como testemunha de Braga Netto. 

Núcleo 1

Os oito réus compõem o chamado “núcleo crucial” do golpe, o núcleo 1, e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. São eles:

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;

general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;

Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

FAZ O PIX

Ex-ministro pede Pix para pagar advogados e médicos de Bolsonaro e também ajudar Eduardo

Nas redes sociais, Machado afirmou que Bolsonaro precisa de ajuda para pagar advogados e médicos e ajudar o filho Eduardo Bolsonaro.

18/05/2025 20h00

Ex-ministro pede Pix para pagar advogados e médicos de Bolsonaro e também ajudar Eduardo

Ex-ministro pede Pix para pagar advogados e médicos de Bolsonaro e também ajudar Eduardo Divulgação

Continue Lendo...

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado lançou uma campanha via Pix para arrecadar dinheiro para o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

Nas redes sociais, Machado afirmou que Bolsonaro precisa de ajuda para pagar advogados e médicos e ajudar o filho Eduardo Bolsonaro, que se licenciou da Câmara e se mudou para os Estados Unidos.

Bolsonaro tem duas aposentadorias públicas, uma do Exército e outra da Câmara, e recebe dinheiro do PL, partido ao qual é filiado. Em 2023, ele arrecadou mais de R$ 17 milhões via Pix, segundo o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Agora, o ex-presidente responde a um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) e é réu pela acusação de planejar e tentar dar um golpe de Estado, além de estar inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro também passou por uma cirurgia recente após uma obstrução intestinal.

O ex-ministro informou o CPF de Bolsonaro, que é a chave do Pix do ex-presidente em uma conta no Banco do Brasil. Ele declarou que o ex-presidente não pediu a ele para fazer a campanha e que o apelo é uma iniciativa própria após perceber as necessidades do ex-chefe.

"Eu quero dizer que o presidente recebeu na outra campanha 17 milhões de reais, mas já gastou em um ano 8 milhões, já começou a desidratar. É por isso a nossa preocupação. A gente vai deixar o presidente desidratar para depois começar a correr atrás e ele começar a não pagar advogado, deixar de ser defendido? Não, a gente não vai deixar isso daí. Eu não vou deixar. Eu vou lutar por isso", disse Gilson Machado em vídeo compartilhado a seguidores.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).