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Ação no Centro Pop reprime tráfico "formiguinha" em Campo Grande

Com intenso aparato, em parceria, agentes das forças de segurança, apreenderam pequenas porções de entorpecentes e duas pessoas foram conduzidas à delegacia

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A operação realizada nas imediações do Centro Pop, com um efetivo fortemente armado, ocorreu na manhã desta quinta-feira (30) e teve como objetivo combater o chamado tráfico “formiguinha”. A mobilização contou com agentes da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (Denar), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Durante coletiva, o delegado da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), Hoffman D'Ávila, explicou que a ação foi deflagrada após diversas denúncias de moradores do entorno sobre o tráfico de drogas.

Ao apresentar a operação conjunta entre a Denar, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM), o delegado destacou que, embora a ação tenha resultado na apreensão de pequena quantidade de drogas, novas intervenções devem ocorrer.

Segundo ele, há denúncias de assédio, tráfico doméstico e insegurança dos munícipes em transitar pela região. Diante disso, foi realizada uma campana policial, durante a qual foi verificada a presença de “infiltrados” entre pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“Existem pessoas infiltradas que promovem o tráfico doméstico e o tráfico formiguinha, inclusive desvirtuando a finalidade do Centro Pop, que é acolher a pessoa e dar um norte à vida dela”, explicou o delegado.

Crédito: Paulo Ribas / Correio do Estado

Resultado da operação

Após identificarem indivíduos realizando o tráfico formiguinha, que consiste, segundo D'Ávila, em repassar pequenas quantidades de substâncias ilícitas, os agentes realizaram um “pente-fino”.

A apreensão, conforme registrado em imagens, inclui pequenos papelotes, cuja quantidade não foi precisada, além de armas brancas, duas facas, um canivete, uma chave de fenda, e duas latas de spray de tinta.

“São pequenas porções que eles escondem em árvores, nas calçadas, nos bueiros, e isso acaba alimentando o ócio e fomentando delitos contra o patrimônio”, pontuou o delegado.

Outro ponto levantado é que os usuários estendem lonas, fazem churrascos, ingerem bebidas alcoólicas e entorpecentes, causando algazarra. Hoffman frisou que se trata de uma questão de segurança pública.

No momento da abordagem, havia cerca de 30 pessoas na rua, que, segundo o delegado, tiveram seus direitos constitucionais respeitados.

“Foi feita uma checagem para verificar se alguma daquelas pessoas possuía mandado de prisão em aberto. Com um imigrante venezuelano, que disse ser usuário, foi encontrada uma porção de maconha. Outra pessoa, com tornozeleira eletrônica e passagem por tráfico, roubo e outros delitos, não conseguiu comprovar a origem do dinheiro e foi encaminhada à delegacia, mas não presa.”

Com a anuência da coordenadora do Centro Pop, que autorizou a entrada dos agentes, a equipe ingressou na unidade.

“Ela franqueou nossa entrada, nos acompanhou, conversei com as pessoas que estão se submetendo a atendimento. Fizemos a checagem e não verificamos ninguém com mandado de prisão em aberto.”

Crédito: Marcelo Victor / Correio do Estado

Legitimidade da ação

Sobre o questionamento da Defensoria Pública quanto à legitimidade da ação, o delegado afirmou que, ainda que a porção de droga seja pequena, o policial pode realizar a prisão.

“Se a pessoa está na rua portando qualquer quantidade de entorpecente, mesmo que essa conduta se amolde à decisão do Supremo Tribunal Federal, que considera até 60 gramas, essa presunção de que ela é usuária é relativa. O agente de segurança tem o dever de efetuar o flagrante e conduzir essa pessoa até a autoridade policial.”

Segundo ele, cabe ao delegado, com base em fundamentação jurídica, determinar se a conduta configura tráfico de drogas.
 

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PREVISÃO

Calor extremo e chuva marcam a virada do ano em Campo Grande

No interior, temperaturas devem chegar a 41°C em Corumbá no primeiro dia do ano e se misturam com pancadas de chuva e possível queda de granizo

28/12/2025 17h30

última semana do ano em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas deve ser de calor extremo e chuva

última semana do ano em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas deve ser de calor extremo e chuva Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

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Semana da virada do ano em Campo Grande deve ser marcada por temperaturas de até 37°C, pancadas de chuvas e até possibilidade de granizo, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Na segunda-feira (29) são esperadas muitas nuvens com pancadas de chuva, com possibilidade de granizo durante o dia inteiro. As temperaturas devem variar entre 23°C e 36°C.

No dia seguinte, na terça-feira (30), as temperaturas devem cair um pouco, com variação de 24°C e 32°C, enquanto o dia deve ser com muitas nuvens com chuva isolada.

No Réveillon, quarta-feira (31), o termômetro deve atingir 37ºC, com mínima de 24°C, calor que deverá ser acompanhado de pancadas de chuva e possível queda de granizo.

Para começar 2026, o primeiro dia do ano também será com muitas nuvens, pancadas de chuva e trovoadas, e temperatura máxima de 36°C e mínima de 23°C.

A umidade do ar deve ficar entre 40% e 100%, o que é considerado ideal pelos especialistas, enquanto os ventos não devem ser intensos, com nível fraco ou moderado durante a semana.

Interior

Na maior cidade do interior do Estado, Dourados deve ter registros semelhantes ao da Capital, com pancadas de chuva durante a semana e possibilidade de granizo. As temperaturas variam entre 23°C e 35°C, com umidade do ar de 40% a 100% e ventos fracos.

Em seguida, os corumbaenses devem viver o 'auge' do calor extremo no dia 1°, com 41° de máxima prevista. Enquanto isso, no decorrer da semana, Corumbá vai acompanhar Campo Grande e Dourados com pancadas de chuva e possibilidade de granizo, além de trovoadas.

Saiba

Neste sábado (27), Paranaíba, Três Lagoas e Água Clara ficaram entre as 20 cidades mais quentes do País, com registros que passaram dos 37°C. Essa onda de calor em todo o Estado estava prevista desde o dia 23 pelo Inmet e deve durar até a noite desta segunda-feira (29).

Mesmo que o avise termine amanhã, a instituição recomenda atenção redobrada durante a semana, sobretudo nos dias de maior instabilidade, além de cuidados com o calor intenso, como hidratação constante e proteção contra o sol.

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Cidades

OAB-MS diz que adotará medidas após prisão de advogado

A Ordem pontuou as prerrogativas da advocacia na profissão e afirmou que irá garantir que nenhum defensor tenha seus direitos violados

28/12/2025 17h00

Reprodução OAB-MS

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A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul (OAB-MS), informou, por meio de nota, que adotará as medidas cabíveis após a prisão de um advogado durante o exercício da função.

A prisão ocorreu na quinta-feira (25), enquanto o defensor acompanhava um cliente durante um interrogatório.

O episódio gerou uma nota de repúdio da Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul (Adepol-MS), que afirmou que a situação ocorreu porque o advogado teria "elevado o tom de voz".

"O referido advogado compareceu à unidade policial durante o plantão para atuar na 
para atuar na defesa de seu cliente, preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável, ocasião em que passou a destratar, elevar o tom de voz e gritar com a Autoridade Policial, em razão de discordância quanto ao entendimento jurídico adotado no caso".

"O advogado foi devidamente orientado pelo Delegado de Polícia acerca dos momentos processuais adequados e das formas legais de atuação, bem como advertido de que sua conduta configurava crime de desacato. Ainda assim, persistiu no comportamento ofensivo, razão pela qual foi dada voz de prisão em flagrante e lavrado o respectivo Termo Circunstanciado de Ocorrência.

Ressalte-se que tais atitudes extrapolam completamente os limites do exercício das prerrogativas da advocacia, configurando ofensa à honra funcional e pessoal da Autoridade Policial, além da prática de ilícito penal. Diante da gravidade dos fatos, além das medidas necessárias à devida responsabilização criminal, o caso será encaminhado ao Departamento Jurídico da ADEPOL-MS para a adoção das medidas cíveis cabíveis, inclusive análise de pertinência de propositura de ação indenizatória por danos morais, bem como à Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul, para apuração e aplicação das medidas disciplinares pertinentes.

A ADEPOL-MS reafirma que permanece vigilante e atuante na defesa intransigente das prerrogativas, da honra e da dignidade de seus associados, não admitindo, sob qualquer hipótese, ataques pessoais, institucionais ou tentativas de desmoralização da carreira de Delegado de Polícia. Nenhum de nós está sozinho", diz a nota da Adepol.

A OAB-MS por sua vez, reafirmou o direito dos advogados garantidos por lei, e que não irá admitir que o exercício da profissão seja criminalizado. Para tanto, irão tomar medidas cabíveis.

Leia a nota na íntegra:

"A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul vem a público se manifestar sobre "Nota de Repúdio" lançada pela Adepol MS em relação a situação ocorrida entre Advogado e Delegado plantonista da CEPOL. A OAB/MS reafirma que as prerrogativas da advocacia são garantias legais inegociáveis e que jamais admitirá a criminalização do exercício da Advocacia, como infelizmente ocorreu no caso, sendo inadmissível a violação das prerrogativas de advogado que estava exercendo o seu trabalho.

A OAB MS esteve presente no ato representada pela Comissão de Defesa de Prerrogativas e seguirá sempre defendendo, contra quem quer seja, o exercício pleno e legítimo da Advocacia, sendo certo que adotará as medidas cabíveis para tanto".
 

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