Cidades

teto do funcionalismo

Acordo pode pôr fim à polêmica sobre o salário de Adriane

Prefeita está disposta a "desistir" da ação judicial se a Câmara concordar em reduzir o valor do seu salário de R$ 41,8 mil para cerca de R$ 35 mil

Continue lendo...

Horas depois de declarar que não quer ter o maior salário entre os prefeitos brasileiros, de R$ 41,8 mil, e ao mesmo tempo afirmar que é favorável à correção salarial de servidores que estão há até 14 anos sem reajuste, a prefeita Adriane Lopes enviou representantes à Câmara de Vereadores para negociar um acordo para reduzir este valor para cerca de R$ 35 mil. 

A lei que fixou o salário em R$ 41,8 mil foi aprovada em fevereiro de 2023 e entrou em vigor em fevereiro de 2025. No dia 15 de janeiro, porém, a prefeita entrou na Justiça com pedido de liminar pedindo a revogação da medida alegando que a lei é inconstitucional porque não continha um estudo de impacto financeiro que ela causaria nos cofres públicos. 

Esta ação ainda está em tramitação, faltando manifestação do Ministério Público para que o Tribunal de Justiça conceda ou não a liminar pedida pela prefeita. Somente depois disso é que seria julgado o mérito da lei, o que poderia se arrastar durante anos. 

Com a redução da ordem de R$ 7 mil, a prefeita se livraria do título de ter o maior salário do país e ao mesmo tempo conseguiria oferecer um salário mais compatível ao secretariado e à chamada equipe técnica.

Além disso, atenderia, em parte, os cerca de 500 servidores de carreira que hoje estão impedidos de receberem mais de R$ 21,2 mil, que é o valor que a prefeita recebia até janeiro. 

Depois dos descontos de imposto de renda e da previdência, o salário líquido da chamada elite do funcionalismo municipal é da ordem de R$ 13,5 mil.  

Por este valor, porém, a prefeitura não consegue montar equipe técnica para preencher parte dos cargos de primeiro e segundo escalão. Por conta disso foram proliferados os chamados jetons, que acabaram sendo classificados como folha secreta. 

Um possível acordo judicial, conforme a proposta da prefeitura, seria firmado entre a Câmara de Vereadores e a prefeita. O primeiro passo para este acordo foi dado na tarde desta quarta-feira, em uma reunião na Câmara, entre procuradores da prefeitura, da Câmara e representantes de alguns dos sindicatos de servidores. 

Antes de fechar este acordo, porém, o presidente da Câmara, o vereador Papy, decidiu ouvir representantes das categorias que seriam atingidas por este acordo. São em torno de 500 servidores, entre médicos, dentistas, diretores de escolas, procuradores jurídicos e auditores fiscais. 

Se concordarem, parte destes teria de abrir mão de cerca de R$ 7 mil. Porém, se não aceitarem o acordo, correm o risco de continuarem limitados ao teto salarial de R$ 21,2 mil. Boa parte destes servidores de carreira terá direito somente a uma parcela do aumento que incidirá sobre o salário da prefeita, uma vez que estão longe de terem direito aos R$ 41,8 mil mensais.

POLÊMICA ANTIGA

Na última segunda-feira veio a público a informação de que o Tribunal de Justiça desengavetou uma ação judicial relativa à lei municipal 7005, que havia elevado o salário da prefeita para R$ 35,4 mil, valor que deveria ter entrado em vigor em março de 2023, mas que foi barrado por decisão judicial. 

Porém, como a decisão judicial foi tomada sem a presença do número mínimo de desembargadores, ela foi contestada por servidores e agora está voltando à pauta. E, o valor que está sendo proposto agora pelo Executivo municipal coincide com aquele que havia sido definido para entrar em vigor ainda em 2023.  

Além disso, o acordo seria benéfico para os próprios vereadores, cujos salários também tiveram um aumento após quatro anos de congelamento, passando de R$ 18,9 mil, para R$ 26,08 mil. 

Ou seja, se a Justiça barrar o aumento da prefeita, quase R$ 4 mil do salário dos vereadores terão de ser retidos todos os meses, já que o teto do funcionalismo municipal continuaria em R$ 21,2 mil. 

 

CAMPO GRANDE

Trabalhadores engrossam paralisação na Santa Casa

Se no primeiro dia manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, ato é engrossado e pelo menos dois mil  trabalhadores aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário

23/12/2025 11h00

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: 

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua". Marcelo Victor/Correio do Estado

Continue Lendo...

Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos/serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Consultada, na manhã de hoje (23) a unidade Santa Casa de Campo Grande detalhou que: "a paralisação de trabalhadores continua".

"Com efetivo de 50% na paralisação e 50% trabalhando nos setores", complementa a Santa Casa de Campo Grande em retorno. 

Em outras palavras, se no primeiro dia a manifestação envolveu 1.200 funcionários celetistas, agora, a paralisação é engrossada e pelo menos dois mil  trabalhadores da Santa Casa (dos quatro mil totais) aderiram às reivindicações pelo décimo terceiro salário. 

Sem acordo

    

Enquanto a Santa Casa de Campo Grande aponta que, até o momento, não há nenhuma novidade em relação ao pagamento do décimo terceiro, que afeta todos os funcionários celetistas da unidade, a paralisação acaba impactando na vida não somente dos trabalhadores mas também de pacientes e visitantes. 

Ainda ontem no fim da tarde, através das redes sociais, a Santa Casa de Campo Grande emitiu comunicado anunciando ajustes temporários nas rotinas de vista aos pacientes, diante da paralisação. 

Essas visitas estão autorizadas tanto para pacientes internados na Unidades de Terapia Intensiva (UTI) quanto nas enfermarias. 

Esses ajustes na rotina seguem as seguintes diretrizes: 

  • - Apenas um familiar será liberado e permitido vistar o paciente;
  • - Cada paciente tem direito a uma visita por dia, feita pelas manhãs, às 11h. 
  • - Acesso das visitas deve ser feito exclusivamente pela porta de vidro do térreo.  

Há o detalhe de que, para os pacientes da área de trauma, onde ficam os acidentados, os visitantes devem dirigir-se pela entrada específica do setor. 

É o caso de Vitória Lorrayne, que está com o irmão acidentado na Santa Casa, que deu entrada na unidade desde o domingo e seria submetido a cirurgia durante o primeiro dia de paralisação, e sequer conseguiu contatar o parente que foi vítima de acidente de moto. 

"Não facilitaram em nada. Até disse que minha mãe sairia de viagem e precisava de notícias, está preocupada, mas falaram ontem (22) infelizmente que eu não poderia entrar", comenta ela. 

Como se não bastasse, até mesmo as informações sobre quando teria novamente contato com o irmão foram desencontradas, já que num primeiro momento mandaram a jovem voltar à Santa Casa por volta de 16h, quando novamente foi impedida de fazer a visita. 

"Voltei lá e disseram que haviam suspendido as visitas da tarde e da noite. Que seria apenas hoje às 11h, e não facilitaram em nada, sendo que gastei 70 reais ao todo entre idas e vindas", conclui. 

Os serviços afetados são atendimentos (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc) , lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).
**(Colaborou Naiara Camargo)

Assine o Correio do Estado

saúde

MS registra mais 9 casos da gripe K e número chega a 12

9 novos casos encontram-se em investigação epidemiológica, afirmou a SES-MS

23/12/2025 10h40

Átomo H3N2

Átomo H3N2

Continue Lendo...

Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) apontam que 9 novos casos da Gripe K foram registrados em Mato Grosso do Sul.

Na semana passada, 3 casos foram confirmados. Com isso, o número chega a 12.

Os casos foram confirmados em Campo Grande, Costa Rica, Nioaque, Ponta Porã e Três Lagoas. Os infectados possuem 3 meses, 5 meses, 1 ano, 3 anos, 5 anos, 6 anos, 11 anos, 20 anos, 73 anos, 77 anos, 82 anos e 87 anos.

De acordo com a SES-MS, todos os nove novos casos confirmados do subclado K da Influenza A (H3N2) encontram-se em investigação epidemiológica. Para subsidiar a análise, foram solicitadas informações complementares aos respectivos municípios de residência dos pacientes.

Após a confirmação dos casos, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo para a doença.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).