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Acusado de planejar explodir bomba em Brasília se entrega à polícia

Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32 anos, está detido em caráter preventivo em uma delegacia no estado do Mato Grosso

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Um dos três acusados de participar da tentativa de explodir uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal se entregou à Polícia Civil de Mato Grosso, na tarde de hoje (17).

Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32 anos de idade, está detido em caráter preventivo em uma delegacia da cidade de Comodoro, no oeste mato-grossense, a cerca de 640 quilômetros da capital, Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, ele será encaminhado ainda hoje a uma unidade prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça. A expectativa é que ele seja transferido para o Distrito Federal.

Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios apresentou contra Rodrigues e outros dois investigados, o empresário George Washington de Oliveira Sousa e o jornalista Wellington Macedo de Souza, transformando-os em réus no processo que apura a tentativa de atentado terrorista no aeroporto da capital federal, um dos mais movimentados do país.

Os três réus foram denunciados por colocar em risco a vida, a integridade física ou o patrimônio de outras pessoas por meio de explosão. Além disso, George Washington também responderá por porte ilegal de armas e munições. Primeiro dos três a ser identificado, o empresário foi preso na noite do próprio dia 24, em Brasília, após um funcionário da empresa administradora do aeroporto alertar às autoridades para a presença de um objeto estranho abandonado próximo a um caminhão-tanque.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, ao ser detido, George Washington admitiu ter colocado a bomba junto ao caminhão-tanque cheio de combustível que estava parado em uma via de acesso ao aeroporto.

“Ele [George Washington] confessou que realmente tinha a intenção de fazer um crime no aeroporto, que seria destruir algo para causar o caos. O objetivo dele era justamente chamar atenção para o movimento que eles estão empenhados", disse o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido.

De acordo com o delegado, o empresário, de 54 anos de idade, viajou do Pará para Brasília a fim de participar dos atos promovidos por centenas de pessoas que passaram mais de 2 meses acampadas em frente ao Quartel General do Exército protestando contra o resultado das últimas eleições presidenciais e promovendo uma série de atos golpistas e antidemocráticos que culminaram com o ataque ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 8. O empresário, contudo, ficou hospedado em um apartamento de um bairro de classe média da capital federal, onde a polícia encontrou várias armas e muita munição.

Em depoimento à polícia, George Washington admitiu ter preparado o material explosivo encontrado junto ao caminhão-tanque, mas disse que o entregou a Alan e a outra pessoa que, mais tarde, os investigadores identificaram como sendo Wellington Macedo de Souza, que ainda não foi localizado.

Um dia após a prisão de George Washington, uma denúncia anônima levou as forças de segurança do Distrito Federal a localizar e destruir mais artefatos explosivos. O material estava abandonado, sem nenhum cuidado, em um matagal do Gama, região administrativa a cerca de 35 quilômetros da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. No local também foram encontrados coletes balísticos e capas para os coletes.

A Agência Brasil não conseguiu contato com a defesa de Alan Diego dos Santos Rodrigues até a publicação da reportagem.

Confusão

Justiça concede medida protetiva contra policial federal que agrediu criança em condomínio

Agressão ocorreu após briga entre criança e filho do servidor público em partida de futebol

07/02/2025 17h20

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família Foto: Reprodução

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Um mês após a justiça conceder uma medida protetiva contra o policial federal que agrediu uma criança de 12 anos em um condomínio localizado no Jardim São Lourenço, o pai do garoto agredido, policial rodoviário federal, foi à Delegacia de Proteção à Criança e o Adolescente (DPCA) nesta quarta-feira (5), desta vez contra a esposa do agressor, que segundo o boletim de ocorrência, estaria difamando ele e seu filho entre os moradores do condomínio em que vivem. 

Iniciada no dia 10 de janeiro deste ano, a discussão começou após uma briga em uma partida de futebol entre a criança agredida e o filho do policial federal, de 11 anos, que vive no mesmo condomínio. 

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Nas imagens cedidas ao Correio do Estado, é possível identificar que os garotos se desentendem durante a partida de futebol, contudo, a confusão foi levada até o policial federal, que saiu de sua casa e, segundo o boletim de ocorrência, apertou o braço esquerdo do menor, que estava acompanhado de uma funcionária da família, que assistia a partida entre os jovens.

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Ao ver o policial puxar o braço do garoto, a mulher pede para que ele pare com a agressão, entretanto, é possível identificar que o agressor também puxa o braço da mulher, que reclamou do fato. Conforme apurado pela reportagem, tanto a mãe, quanto o pai do garoto agredido não estavam em casa durante o ocorrido. Seguranças do local acalmaram o caso. 

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Medida protetiva 

Cabe destacar que a medida protetiva contra o policial federal foi concedida um dia após a agressão, pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira.

Em sua justificativa, o juiz determinou que o policial federal fosse afastado de qualquer convívio com a criança, além de estar proibido de se aproximar do garoto, familiares e testemunhas, por qualquer meio de comunicação, por pelo menos 100 metros de distância.

Novo pedido

Mesmo com o cumprimento da medida por parte do policial federal, o pai do garoto agredido esteve na DPCA, e alegou que a esposa do funcionário público tem pedido para que as demais crianças parem de brincar com seu filho.

Na ocasião, segundo a ocorrência, ela teria dito que o seu filho é quem teria sido agredido e pediu para que a criança saísse “da influência desses marginais", diz o boletim de ocorrência. Segundo contou o pai do garoto agredido, ela teria dito que ele é usuário de drogas e o chamado de “maconheiro”, ocorrência atendida pelo delegado Pablo Gabriel da Silva. O caso segue em segredo de justiça. 

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Cidades

Irmãos que cometiam estupros em série são presos em Campo Grande

Um dos acusados já havia sido preso no ano passado, enquanto o outro foi capturado nesta sexta-feira

07/02/2025 17h00

Homem estava foragido e foi preso por equipes da Deam por série de estupros em Campo Grande

Homem estava foragido e foi preso por equipes da Deam por série de estupros em Campo Grande Foto: Divulgação

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A Polícia Civil prendeu, na noite dessa quinta-feira (7), Osnil Pereira Ramos, de 47 anos, suspeito de cometer uma série de estupros em Campo Grande. O irmão dele, Alessando dos Santos Ramos, 34, já está detido desde o ano passado, acusado dos mesmos crimes, cometidos em 2024.

Contra Osnil havia um mandado de prisão em aberto, que foi cumprido hoje por policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

De acordo com a Polícia Civil, em outubro do ano passado foi deflagrada operação para prender os dos dois irmãos apontados como suspeitos dos crimes sexuais, mas no dia 30 de outubro, apenas um deles foi preso, enquanto o outro foi considerado foragido.

Através de investigações, a Deam localizou Osnil em uma região de mata no bairro Nova Bahia.

Após ser ouvido em termo de interrogatório na delegacia, ele foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) para coleta de material genético para confronto com o material coletado em uma das vítimas no dia do crime.

Além das atitudes criminosas de Osnil Pereira e Alessandro dos Santos Ramos, um irmão mais velho dos dois também está preso por estupro. 

Os casos

Segundo informaram as delegadas Elaine Cristina Ishiki Benicasa e Analu Lacerda Ferraz, da Deam, em outubro passado, os crimes eram cometidas nas mais diversas regiões de Campo Grande, com relato de uma vítima também no estacionamento da loja Havan, na Avenida Ernesto Geisel. 

Pelo menos seis mulheres foram vítimas dos irmãos e fizeram o reconhecimento dos suspeitos.

A polícia afirmou que as principais vítimas eram mulheres idosas ou moradoras de rua, devido à vulnerabilidade dessas pessoas.

Com relação as mulheres que não viviam em situação de rua, o "modus operandi" dos suspeitos consistia em sondas a casa das vítimas, passando constantemente pelo local para levantar informações sobre quando as pessoas estariam em casa e se havia mais alguém no local.

Ao adentrar na residência, era usado de violência, tanto na abordagem quanto no crime sexual. Geralmente, o suspeito pegava uma faca, anunciava o roubo e cometia o estupro, fugindo em seguida.

A Polícia ressalta que o número de vítimas pode ser maior, pois os crimes sexuais são sub notificados, muitas vezes por falta de coragem ou mesmo excesso de vergonha em ir à delegacia em busca de ajuda.

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