Cidades

MÁXIMO DE 60 DIAS

Agora em regime emergencial, Jamil Name continua em presídio de Mossoró (RN)

Caso Justiça de MS não apresente pedido de inclusão definitiva, réu volta para Campo Grande

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Juiz federal Walter Nunes da Silva Júnior deferiu pedido da Justiça de Mato Grosso do Sul para que Jamil Name, de 81 anos, continue no presídio federal de Mossoró (RN), onde está preso desde outubro do ano passado. A inclusão de caráter emergencial dá um prazo de 60 dias para a permanência do preso no estabelecimento. 

Para que Name continue definitivamente no sistema federal, a Justiça de MS terá que juntar aos autos do processo o pedido de inclusão definitiva, após manifestação do Ministério Público Estadual (MPMS) e da defesa do réu. 

Caso isso não aconteça, Name deve voltar para o sistema prisional de Mato Grosso do Sul, por conta de Habeas Corpus concedido pelo Ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal. O pedido de inclusão emergencial deve-se ao fato que foram encontradas novas evidências de que a organização criminosa investigada na Operação Omertà ainda estava agindo, mesmo com seus chefes presos. 

Um plano do grupo de extermínio foi descoberto em um pedaço de papel higiênico na cela de Kauê Vitor Santos Silva, que ficava no meio das celas de Jamil Name e Jamil Name Filho. 

O objeto tinha tinha detalhes das investigações feitas pela Operação Omertà e as ordens para matar o delegado Fábio Peró, da Delegacia Especializada em Repressão à Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), do promotor Tiago Di Giulio Freire, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), e do defensor público Rodrigo Stochiero - que tratou com Marcelo Rios uma possível delação premiada. 

Este plano motivou a Justiça a pedir que o réu continue no sistema prisional federal devido a sua alta periculosidade. Porém, desde que o estado de calamidade pública por causa da pandemia do coronavírus foi decretado pelo governo federal, em março, o Depen está impedido de receber novos ingressos no sistema penitenciário federal. Se Name chegar a deixar as prisões federais, pode não voltar tão cedo às instalações do Departamento Penitenciário Nacional.

Lá, em regime disciplinar diferenciado, Jamil Name está incomunicável. Se voltar a Campo Grande, o réu pode não ter a mesma restrição que lhe é imposta em uma penitenciária federal.

Fatalidade

Fisiculturista morre após moto colidir com caminhão no interior de MS

O empresário morreu na tarde desta terça-feira (15), após a moto em que estava atingir um caminhão que cruzou a via

15/07/2025 18h13

Reprodução Redes Sociais

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O nutricionista e fisiculturista Manoel Mello, de 33 anos, morreu após a motocicleta que pilotava colidir contra um caminhão, na tarde desta terça-feira (15), em Amambai, município localizado a 351 km de Campo Grande.

Informações da Polícia Civil indicam que o caminhão-caçamba cruzou a Avenida Pedro Manvailer. O empresário, que pilotava uma motocicleta Honda CBR 1000RR, tentou desviar, mas acabou atingindo a roda traseira do caminhão, conforme informações do Portal Crepúsculo.

Reprodução Redes Sociais

A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Regional do município; entretanto, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Agentes da Polícia Científica também estiveram no local para verificar as circunstâncias do acidente.

Manoel era proprietário de uma academia e no Instagram com mais de 13 mil seguidores, ele divulgava treinos e incentivava pessoas de todas as idades a praticar exercícios físicos em prol da saúde.

Entusiasta da modalidade, apoiava o fisiculturismo junto à população amambaiense e chegou a realizar rifas para custear as despesas com o campeonato estadual, que ocorreu entre os dias 5 e 7 de junho.

No Facebook, Manoel fazia publicações sobre participações em competições, como o Campeonato Estadual em Dourados, promovido pela Federação de Culturismo e Fitness de Mato Grosso do Sul.

No Instagram, o empresário compartilhou que a moto era "Sonho de todo homem apaixonado por superbike". Manoel deixa esposa.

 

 

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Cidades

Presídio federal de Campo Grande é o que abriga mais criminosos no País

No total, são cinco presídios federais no Brasil e o de Campo Grande empata com o de Rondônia, com 130 custodiados cada

15/07/2025 18h01

Penitenciária Federal de Campo Grande lidera, junto com Porto Velho, em número de presos

Penitenciária Federal de Campo Grande lidera, junto com Porto Velho, em número de presos Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A Penitenciária Federal de Campo Grande, junto com a de Porto Velho (RO), são as que abrigam mais presos entre os cinco presídios federais do País, com 130 custodiados cada. No total, são 549 presos no sistema federal, que alojam nomes considerados da alta hierarquia das facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV).

As estatísticas fazem parte de um levantamento obtido via Lei de Acesso à Informação (LAI) junto ao Ministério da Justiça pela organização sem fins lucrativos Fiquem Sabendo, especializada em transparência pública.

Além dos custodiados em Campo Grande e Porto Velho, também há 125 presos em Catanduvas (PR), 88 em Mossoró (RN) e 76 em Brasília (DF). Cada uma tem capacidade para receber 208 detentos, ou seja, todas estão abaixo da capacidade e não há superlotação, como acontece nos presídios estaduais.

O Sistema Penitenciário Federal, coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), é um regime de execução penal concebido com a finalidade de combater o crime organizado, isolando as lideranças criminosas e os presos de alta periculosidade.

O principal nome preso atualmente em Campo Grande é Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, pai do rapper Oruam e uma das lideranças do Comando Vermelho.

Também está custodiado na Capital de Mato Grosso do Sul o autor da facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, Adélio Bispo, que está no local por não haver vagas em hospitais de tratamento psiquiátrico.

Os dados apontam também que Mato Grosso do Sul é o quinto estado que mais envia presos ao sistema federal, com 40 presos em todo o Brasil naturais do Estado.

Entre eles está Jamil Name Filho, o Jamilzinho, que está preso na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), com cinco condenações, que juntas somam 69 anos.

 

Estatísticas

Do total de presos na Penitenciária Federal de Campo Grande, há sete provisórios sem condenação, enquanto os demais já foram sentenciados por diversos crimes.

Dentre os condenados, são 103 pela Justiça Estadual e 18 pela Justiça Federal.

Atualmente, não há nenhum preso em regime disciplinar diferenciado e um em tratamento ambulatorial.

Com relação à idade dos presos, são:

  • 18 a 24 anos - 1
  • 25 a 29 anos - 4 
  • 30 a 34 - 22
  • 35 a 45 - 60
  • 46 a 60 - 33
  • 61 a 70 - 2
  • não informado - 7

Já com relação às penas, há 12 pessoas que foram condenadas a mais de 100 de prisão. Além disso, são 12 que cumprem penas entre 8 e 15 anos; seis condenadas entre 15 a 20 anos; 11 com penas de 20 a 30 anos; 42 com sentenças entre 30 a 50 anos e 29 que cumprem penas entre 20 a 100 anos, além de dezessete que não foram informados.

Sobre os crimes, o levantamento aponta que a maioria das condenações é por tráfico de drogas, com 195 tipificações. O número de crimes é maior do que o de presos porque há pessoas que são condenadas por mais de um crime, além de alguns casos em que são condenadas pelo mesmo tipo de crime mais de uma vez.

Em segundo lugar, os crimes mais cometidos pelos presos no presídio federal de Campo Grande são homicídio qualificado e roubo qualificado, com 108 casos cada.

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