Cidades

PELUDOS

Melhor amigo do homem, animais são companhia no isolamento social da pandemia

Bichos de estimação liberam hormônios do bem-estar e relaxamento em seres humanos

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Animais são boas companhias dos donos durante a pandemia da Covid-19, presente há um ano e dois meses no Brasil, quando o isolamento social se tornou necessário.

Companheiros e melhores amigos do ser humano, bichos de estimação contribuem para a saúde mental, emocional e patológica do homem.

Últimas notícias

A pandemia obrigou o ser humano à afastar-se de suas obrigações presenciais. O objetivo é frear o contágio do vírus da Covid-19 e conter o avanço da doença.

Aulas passaram a ser ministradas remotamente; trabalhos se adaptaram ao modo homeoffice; cantores fizeram shows de casa, as chamadas lives e encontros e conversas são por chamada de vídeo. 

Com isso, o sentimento de solidão, ansiedade, crise do pânico, depressão, compulsão alimentar e estresse se tornou comum neste período de isolamento. 

De acordo com a médica veterinária Ariane Domingos Carvalho, bichos de estimação têm sido ótimas companhias durante o isolamento social, tornando-o menos estressante. 

“É importante ressaltar que os pets demandam uma série de cuidados. A atenção deve ser dada também após a pandemia, pois eles necessitam de carinho, uma boa alimentação e acompanhamento médico”.

A veterinária afirma que o convívio com animais estimula a produção de ocitocina e endorfina em humanos, hormônios do amor e bem-estar, respectivamente. 

Além disso, a convivência com bichos de estimação diminui o cortisol, que é o hormônio do estresse. 

“Os animais de estimação, principalmente cães e os gatos, fazem com que os seres humanos [tenham] bem estar e [menos] estresse, ansiedade e as reações inflamatórias auxiliando consequentemente no aumento da imunidade”, explica ao Correio do Estado.

Ariane ressalta que animais têm sentimentos, assim como seres humanos. “Os animais de estimação sentem emoções, como alegria, tristeza, raiva e medo, que são emoções mais simples”, finaliza.

O engenheiro eletricista, Anderson da Silva Volpato possui três cadelas, uma delas adotada durante a pandemia. Ele conta que com o isolamento social, ficou mais próximo das bichos. 

“Toda manhã acordo e já tenho eles na porta de casa esperando, todos animados com a nossa presença. Não tem como deixar brincar um pouco e dar carinho para eles. Ficar uns minutos com eles serve para tranquilizar o dia”, disse.

A psicóloga Thaísa lohanne Alves Ramires diz ao Correio do Estado que a interação diária com o bichinho de estimação reduz o estresse, ansiedade, sensação de solidão e ainda aumenta o senso de responsabilidade.

"Há aumento dos níveis de oxitocina no corpo, que estimulam, por sua vez, a produção de serotonina e dopamina, que são responsáveis pela melhora do humor", enfatiza. 

 

O fotógrafo, Pablo Lopes Pinto tem um Pastor Alemão macho de quatro anos, que se chama Thor. Ele revela que com a pandemia, a rotina não mudou muito pois a proximidade com o cão sempre foi intensa.

“Com a pandemia pudemos aproveitar mais os momentos em casa para poder brincar mais. Sempre tive ele mais como alguém da família do que como um animal de estimação. O vínculo que temos é gigantesco”, explica.

Jaime Rodrigues têm uma cadela Sem Raça Definida (SRD), de três anos e meio, que é sua companheira. Ele diz que gosta apenas de cachorros e não de gatos. 

“Prefiro cachorro pois o gato foge e some do nada e também ele não é carinhoso igual o cachorro. O gato é insensível”, expressa.

Respeito

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos animais possuem direitos:

  • Direito ao respeito
  • Direito à consideração, atenção, cura e proteção do homem
  • Direito de viver livre no seu próprio ambiente
  • Direito à alimentação reparadora e ao respeito
  • A morte de um animal deve ser por sua longevidade natural, sem dor ou angústia
  • É inaceitável que o homem mate, explore, maltrate ou tenha atos cruéis com animais

Punição

De acordo com o artigo 32 da Lei 9.605/98, quem agride animais pode pegar de dois a cinco anos de prisão e ainda pagar multa de R$ 500,00 a R$ 3.000,00 por animal. 

Caso o crime seja em flagrante, o agressor será levado para a delegacia. Quem maltratar animais terá a ficha suja, ou seja, antecedentes criminais.

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CONFLITOS AGRÁRIOS

Queda do marco temporal preocupa produtores de MS

Em julgamento no STF, os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino já votaram pela inconstitucionalidade da tese que limita as demarcações de terras indígenas

16/12/2025 08h40

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento

Indígenas bloquearam ontem parte da MS-156, em Dourados, em protesto contra o julgamento Dourados News/Clara Medeiros

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A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tese do marco temporal, ferramenta que determina que terras só podem ser demarcadas se indígenas as estivessem ocupando quando a Constituição Federal foi promulgada, em outubro de 1988, tem causado preocupação aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, estado com a terceira maior população indígena do País.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a conciliação realizada ao longo de 10 meses no STF entre produtores rurais e representantes dos indígenas foi produtiva e rendeu alguns apontamentos, entretanto, a possibilidade de derrubar a tese do marco temporal, que foi aprovado pelo Congresso Nacional mesmo após a Corte o ter entendido como inconstitucional, preocupa o setor.

Ao Correio do Estado, Bertoni afirmou que a discussão no STF rendeu “pontos positivos”, como a indenização aos donos das propriedades demarcadas, a possibilidade de o produtor ficar com a posse da área até ela ser paga, o acompanhamento de todo o processo de levantamento de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a reintegração de posse.

“O que nos deixa preocupado é a queda do marco temporal. Discutimos muito isso, dizendo que o marco temporal não limita os direitos dos povos originários, ele simplesmente mostra a trava que tem naquele período em que os indígenas ocupam as suas terras e as próximas áreas eles teriam que comprar e desapropriar. Isso está no Estatuto do Índio, onde diz que a qualquer tempo eu posso criar novas reservas, então, a preocupação nossa é só com o marco, para fazer com que isso seja travado e dali para a frente começar a fazer indenização justa e prévia, e que a União não quer indenizar. Então, não adianta eu resolver uma injustiça com os indígenas criando outra com os produtores rurais”, declarou o presidente da Famasul.

Até este momento, dois ministros já votaram no julgamento, Gilmar Mendes, que foi o relator da matéria no STF, e Flávio Dino. Ambos votaram pela inconstitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os votos foram proferidos ontem, durante sessão do plenário virtual da Corte, que julga quatro processos sobre a questão.

Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes considerou o marco temporal inconstitucional. No entendimento dele, o Legislativo não pode reduzir direitos assegurados aos povos indígenas.

“A imposição do marco temporal implicaria restrição indevida ao princípio da vedação ao retrocesso e à proteção insuficiente dos direitos fundamentais”, afirmou.

O ministro também determinou que todas as demarcações de terras indígenas devem ser concluídas no prazo de 10 anos.

Flávio Dino acompanhou o relator e disse que a proteção constitucional aos indígenas independe da existência de um marco temporal.

“Qualquer tentativa de condicionar a demarcação de terras indígenas à data da promulgação da Constituição de 1988 afronta o texto constitucional e a jurisprudência consolidada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou Flávio Dino.

A votação ficará aberta até o fim da noite de quinta-feira. Ainda faltam oito ministros proferirem seus votos.

BRIGA

O julgamento é necessário porque em 2023 o STF considerou a tese do marco temporal inconstitucional. Além disso, o marco também foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vetou parte da Lei nº 14.701/2023, aprovada pelo Congresso Nacional. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto presidencial e promulgaram a medida.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

É neste cenário de divergência que o Supremo volta a analisar a matéria.

Em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, o Senado aprovou, na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 48/2023, que insere a tese do marco temporal na Constituição Federal, em novo capítulo da briga entre Legislativo e Judiciário.

*SAIBA

Em meio à votação da constitucionalidade do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF), indígenas ontem bloquearam parcialmente a rodovia MS-156, em Dourados. O grupo protestava contra a tese do marco temporal para demarcações de terras.

(Com agências)

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trágico

Mulher de 27 anos e rapaz de 28 morrem em acidente no interior de MS

A mulher conduzia um carro que atingiu o motociclista próximo ao Hospital Regional de Três Lagoas

16/12/2025 08h39

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva

Na colisão que ocorreu na madrugada desta terça-feira morreram Fernando Ramos e Fernanda da Silva (foto 24hnewsms)

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Duas pessoas morreram e três sofreram ferimentos em uma acidente que ocorreu no começo da madrugada desta terça-feira (16) próximo ao Hospital Regional, na BR-158, em Três Lagoas (MS), na região leste de Mato Grosso do Sul.

Morreram Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, que conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, que trabalhava como moto-entregador. A colisão ocorreu pouto antes da uma hora da madrugada em um trecho urbano da BR-158, conhecido também como anel viário Samir Tomé. 

As circunstâncias do acidente ainda não haviam sido divulgadas até o começo da manhã. No Palio conduzido por Fernanda estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas. 

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora, o que ajuda a explicar por que ela teve morte instantânea, apesar de estar no interior do veículo. 

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

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