Cidades

DESDOBRAMENTOS

Após reunião com governador, Dino libera uso da Força Nacional de Segurança Pública em aldeias de MS

Eduardo Riedel procurou chefe da pasta de Justiça e Segurança Pública, uma vez que território guarani-kaiowá é palco de confronto entre polícia e povos originários

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Na manhã desta sexta-feira (10), foi publicada a autorização - por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)-, para o uso da Força Nacional de Segurança Pública em aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul. 

Vale ressaltar que, o território Guarani-Kaiowá voltou a ser palco de confrontos recentes entre a polícia e indígenas nesta semana. 

Como detalha a portaria do ministério, publicada hoje (10) no Diário Oficial da União (DOU), a Força Nacional de Segurança Pública atuará em apoio à Polícia Federal no Estado de Mato Grosso do Sul.

Essa ação do ministério é resposta à iniciativa de Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul, em agenda na quarta-feira (08) com Flávio Dino, responsável pelo MJSP. 

Na ocasião, o governador de MS disse que questões fundiária e de comunidades indígenas são temas sensíveis, sendo preciso colaboração com o governo federal.  

“A solução passa pelo Ministério da Justiça e o ministro, com boa vontade de compreender e buscar os caminhos para que a gente solucione de uma vez por todas os conflitos no Estado”, afirmou o governador de MS. 

O que diz a portaria

Segundo o texto, assinado por Dino, a FNSP fica autorizada a atuar juntamente com a Polícia Federal em aldeias indígenas do cone sul do Estado. 

Além disso, servirão em operações na região de fronteira seca (Brasil - Paraguai) de Mato Grosso do Sul, "em caráter episódico e planejado, por noventa dias".

Ainda, esse contingente obedecerá um planejamento, definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Entenda o conflito

Com três indígenas detidos, o Fazendeiro José Raul das Neves foi à Polícia Civil após ter a propriedade invadida por indígenas da etnia guarani-kaiowá, no dia 3. 

Entre as justificativas apresentadas pelo fazendeiro aos policiais, o funcionário de José Neves, Lourival de Oliveira, residente da fazenda, “teve de sair correndo, pois indivíduos estavam invadindo a propriedade”.

O registro policial foi notificado às 9h, mas a ação teria ocorrido por volta das 3h. Pelo documento, os indígenas bloquearam o acesso à fazenda após trancarem os portões.

Em período de colheita, o fundiário alegou que a ação dos indígenas poderia acarretar perdas de plantio e que ele poderia “perder tudo o que investiu”.

Segundo o registro da ocorrência, notificada como esbulho (lesão possessória) junto ao distrito policial de Rio Brilhante, “no local há plantio de soja, havendo neste momento uma quantia de 280 hectares para colher”.

Conforme boletim de ocorrência, o fazendeiro disse ter colhido apenas 40 hectares e que o local abrigava dois caminhões, colheitadeira e tratores para a realização dos trabalhos.

O Correio do Estado buscou contato com o governo do Estado para apurar as ações, contudo, não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Eventos recentes

Há dois dias, os Kaiowá e Guarani do tekoha Laranjeira Nhanderu, em Rio Brilhante (MS), retomaram a sede da fazenda Inho. 

Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os indígenas foram expulsos por um despejo ilegal da Polícia Militar, que resultou na prisão arbitrária de três indígenas. 

"É a sexta ação desta natureza no estado nos últimos anos, sem nenhum respaldo legal, protagonizado por forças de segurança pública a favor de particulares – e o segundo executado contra as famílias de Laranjeira Nhanderu", expõe o órgão. 

Passado esse episódio, já na terça-feira (07) os Kaiowá passaram a ser assediados pelos locatários da fazendo, que insistiam em colher e plantar monocultura de soja, mesmo com os indígenas no local, provocando as famílias acampadas e suas casas, com os maquinários. 

 

Também na quarta-feira (08), a Assembleia Geral do Povo Kaiowá e Guarani, Aty Guasu, relatou o confronto nas redes sociais. 

Essa entidade frisa que as famílias indígenas atacadas e ameaçadas correm risco iminente de sofrer ataque novamente, pela polícia militar e segurança particular, que seriam os pistoleiros contratados por fazendeiros.

"No vídeo aparece claramente ação genocida da polícia militar, sem ordem judicial, equipe policial estava a serviço particular, atacando a tiros às famílias indígenas, fazendo genocídio. Pedimos JUSTIÇA. Investigação federal, e punição cabíveis aos policiais militares que agem sempre para efetivar GENOCÍDIO", finaliza.

 

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ETAPA

Passe da UFMS é realizado hoje com 18 mil inscritos

As provas serão aplicadas na manhã deste domingo (14), das 8h às 13h, em 11 cidades do Estado

14/12/2025 08h00

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14)

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14) Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Programa de Avaliação Seriada Seletiva (Passe) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul será realizado na manhã deste domingo (14), com mais de 18 mil inscritos em todo o Estado interessados em ingressar no Ensino Superior.

Com característica específica voltada para alunos que estão no Ensino Médio (EM), o "Passe UFMS" é um modelo de prova que avalia o estudante desde o seu primeiro ano da última etapa da escola.

De forma cumulativa, o aluno deve se inscrever e realizar a prova durante o triênio que encerrará sua fase escolar. Então, no último ano do ensino médio, durante a inscrição da avaliação, é possível escolher o curso que deseja ingressar.

Com a soma dos pontos ao longo das três etapas, a classificação para entrar na Universidade Federal do Estado é baseada na média adquirida. A pontuação de cada uma das tapas tem pesos diferentes na somatória para formar a média geral, sendo a 3ª com maior peso.

  • Neste ano, alunos que completaram o 1º ano do ensino médio irão realizar a primeira etapa do triênio 2025-2027.
     
  • Alunos que no ano de 2025 terminaram o 2º ano do ensino médio irão realizar a segunda etapa do triênio 2024-2026.
     
  • Por fim, os que encerraram o ensino médio e saíram do 3º ano, irão realizar a terceira e última etapa do triênio 2023-2025, para no ano que vem ingressar na universidade.

As provas acontecem das 08h às 13h, no horário de Mato Grosso do Sul nas cidades de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Com 60 questões contemplando as quatro áreas de conhecimento, a pontuação máxima total é de 120 pontos. Cada pergunta equivale a 2 pontos, o que totaliza 30 pontos em cada área, sendo elas:

  • 15 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Ciências Humanas e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Matemática e suas Tecnologias - 30 pontos;

Cada fase aborda conteúdos que seguem a proposta curricular do respectivo ano. Além disso, as três etapas incluem uma redação dissertativo-argumentativa que soma a pontuação de cada fase e à média final ao terceiro ano.

Cronograma

  • Divulgação do gabarito preliminar da prova objetiva – 16 de dezembro de 2025;
  • Período de recurso administrativo do gabarito preliminar – 17 e 18 de dezembro de 2025;
  • Divulgação do gabarito definitivo da prova objetiva e dos recursos administrativos do gabarito – 29 de dezembro de 2025;
  • Resultado preliminar da prova objetiva – 08 de janeiro de 2026;
  • Período de recurso administrativo do resultado preliminar da prova objetiva – 08 e 09 de janeiro de 2026;
  • Divulgação do resultado final – 11 de março de 2026.

*Colaborou Noysle Carvalho

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Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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