Tomas Robert Malthus (1766-1834), economista e demógrafo inglês que desenvolveu a teoria sobre o descompasso entre crescimento populacional desmedido e recursos necessários para a subsistência, que não o acompanham de maneira equitativa. Em suma: em um futuro próximo, o mundo todo passaria por uma rigorosa crise alimentar e parcela da população mundial morreria de fome.
O teórico argumentava que, em razão do crescimento populacional desenfreado, a população mundial dera um grande salto, a que corresponderia a eventual falta de alimento.
Ponto importante da teoria malthusiana é que acreditava que desastres como epidemias, fome e guerras eram benéficos ao equilíbrio mundial, pois ajudavam a controlar o crescimento populacional. Esse ponto de vista, ainda que pareça desumano e cruel, é interessante e pode justificar alguns acontecimentos na história mundial.
Analisando essa teoria de um ponto de vista mais racional, nota-se que, opondo-se ao que Malthus defendia (e em que acreditava), não houve grandes crises por falta de alimento no mundo, ainda que em determinadas regiões a fome seja situação recorrente. De um modo geral, a tecnologia e o desenvolvimento humano suprem a necessidade de manutenção da vida na Terra.
Em contrapartida, durante toda a história moderna deparamos com grandes catástrofes humanas e naturais, que ocasionam muitas mortes, como as guerras, mundiais ou territoriais, os tsunamis e terremotos e as pandemias e endemias.
Hoje enfrentamos grandes problemas relacionados a saúde, em especial aqui no Brasil. Citamos como exemplo a dengue, a chikungunya e o zica vírus. Aparentemente a solução seria fácil, uma vez que existe o controle preventivo, mas o problema vem tomando proporções assustadoras. Recentemente notamos a volta da gripe H1N1.
Tais problemas, que se alastram ou se multiplicam em todo o país, analisados à luz da teoria malthusiana, nos fazem pensar se não são consequência das nossas próprias ações, corroborados pelo grande crescimento populacional.
É inegável que todos esses problemas são ocasionados pelo próprio ser humano, seja pelo desleixo no combate ao mosquito aedes aegypti, maior causador de doenças nos últimos anos, seja pela ineficácia do poder público.
Assim, conhecendo a teoria malthusiana e entendendo os problemas atuais relacionados a saúde é de se questionar de forma lógica se, com uma infinidade de novas doenças assolando a humanidade e com o índice de natalidade sendo reduzido forçadamente (uma vez que, comprovadamente, o zica vírus compromete o estado gestacional e a vida do nascituro), não estamos vivendo um período de controle populacional a fim de equilibrar e melhorar a condição de vida mundial, evitando que futuramente haja escassez de recursos naturais.


