As propostas ou ensaios sobre os desastres econômicos que assolam o país mais uma vez mostram onde está a doidera. O governo não acertou o discurso ao lançar propostas e ficou acuado diante de reações contrárias, política, econômica e populares. Há poucos dias Dilma teve que admitir a inviabilidade para recriar a CPMF quando bateu de frente contra empresários e aliados, só aí deu conta do estrago que faria. Dilma enviou para o Congresso o orçamento de 2016 com rombo recorde de mais de R$ 30 bilhões e tentou jogar sobre deputados e senadores a responsabilidade que é de seu desgoverno: diminuir despesas e adequá-las aos cofres públicos, sem aumento de mais impostos.
Além de IR e Cide, técnicos do governo Dilma também preparam propostas para a elevação do PIS/Cofins e do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e mais um imposto que, segundo se comenta, “seria provisório” sobre operações financeiras. Essas medidas desagradam à oposição ao Planalto porque aumentarão assustadoramente a inflação e estagnação econômica. O descrédito do que Dilma sempre propôs e não cumpriu, nos lembra que, sobretudo em países de governos austeros que propõe medidas econômicas, estas são cumpridas como palavra comprometida o que não acontece com a presidente Dilma.
O IR que Joaquim Levy diz que o Brasil tem o mais baixo, é apenas meia verdade porque em outros países com IR mais alto lá existem várias graduações entre faixas econômicas que beneficiam os contribuintes, além de que nesses países o contribuinte sabe onde e quando são aplicados os impostos que o governo recolhe. Quando o ministro Joaquim Levy fala em IR quer que pareça que só pagamos o IR, e ele ainda fala em “se tivermos de pagar um pouco mais de imposto...” O Brasil tem uma carga maior de impostos indiretos, ou seja, embutidos nos produtos ou serviços do que países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Quem se der ao cuidado de ler as notas fiscais de supermercados verá que nas compras estão embutidos impostos com médias de 30% e 40%, além da energia elétrica, água, gasolina, gás, pedágios, taxas e contribuições etc. Na campanha de estelionato eleitoral, Dilma afirmou que não aumentaria impostos, não haveria desemprego nem inflação, e que isso só aconteceria caso a oposição ganhasse as eleições. O resultado está aí! Diante desse desgoverno, estão os produtores rurais de Mato Grosso do Sul que já tiveram 95 propriedades invadidas por indígenas que agem de maneira estranha do que faziam há pouco tempo. Os indígenas tinham nos produtores, vizinhos que se respeitavam e aguardavam cumprimento de palavra do governo que já prometeu comprar as terras reconhecidas de uso indígena. Antes, as terras foram vendidas ou doadas pelo governo federal aos produtores que trabalham e produzem bens de consumo para o mercado interno e esterno.
O governo parece ter interesse em demorar o máximo possível para comprar as terras sul-mato-grossenses reclamadas pela Funai. Uma situação é a definição legal e justa da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) a respeito das demarcações de terras indígenas que é conhecida: total respeito às decisões da Justiça, em todas as suas instâncias. Quer a paz no campo, o que só virá com segurança jurídica e respeito ao direito de propriedade. Falta o respeito à lei e às decisões da justiça pelo lado das invasões indígenas. Essas atitudes têm de ser desestimuladas e punidas, com invasores e coniventes arcando com as conseqüências de seus atos. É preciso evitar o exagero e o ativismo com que a Funai e outras entidades religiosas e Ongs tratam desse assunto.
O que sofrem os produtores é humilhante e injusto. Com as novas ações indígenas, o número de propriedades rurais invadidas em Mato Grosso do Sul chegou a 95. A presidente e seus ministros da Fazenda e Planejamento dizem que “o governo está aberto ao diálogo”... Só se for o diálogo do pescoço brasileiro com a guilhotina do desgoverno. Pelo jeito, ministro Cardozo lançou em reunião aqui no MS o Projeto “Pró Jaca”; fruta enorme, com cheiro forte e de difícil digestão. E dê-lhe enrolação. Outra coisa: ruralistas não querem morte de ninguém, mas também não aceita a paz de cemitério físico nem de seus sonhos. Mesmo diante de tantos sofrimentos que o povo sofremos e os ruralistas enfrentam com fé em Deus e crença na Justiça lhes dou hoje bom dia, o meu bom dia pra vocês.