Artigos e Opinião

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Sônia Puxian: "Dinheiro? Quem quer..."

Jornalista

Redação

15/11/2017 - 01h00
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 Eu, tu, ele, nós, vós eles. Todos querem! Ha Hai...  Todos gostam, todos precisam dele! Uns mais, outros menos, mas todos querem. Quanto mais melhor.

Mas será que as pessoas conhecem o caminho certo de chegar até ele?

Bem, uma coisa é certa, o meio correto de ganhar dinheiro é através do trabalho, dedicação, boas ideias e muito talento. Muitas vezes uma grande ideia pode ser o caminho para ganhar muito dinheiro, mas esse caminho tem que ser reto e honesto.

 É claro que existem também outros meios, mas alguns deles não compensam o risco que se corre se algo der errado. O Brasil tem muitos exemplos de ganho exagerado de dinheiro, mas de fonte incerta. De que vale ter muito dinheiro se na hora de gastar tem que ser vigiado pra não passar da conta? Ugh!

Pois é! Nem é preciso dar exemplos de quantos estão nessa fila de milionários recém-formados na arte de ganhar dinheiro fácil. Agora ganhar dinheiro de maneira correta aí a coisa fica difícil. Muito trabalho, pouco rendimento; muito esforço, pouco reconhecimento; muita dedicação, pouco retorno. E assim vai!

Em tudo o que se faz o início está na mente, no pensamento. Seja o que for e em qualquer área de atuação. Pode ser nos negócios, nas relações interpessoais, no namoro, na amizade, no casamento e assim por diante. Analisar com calma e verificar qual o caminho a seguir são ingredientes básicos para qualquer passo que se queira iniciar ou continuar.

 Os caminhos algumas vezes são tortuosos, mas o bom piloto sabe seguir com clareza e distinção a rota certa para o seu sucesso. A autoestima faz parte de qualquer caminho, tanto o do sucesso, quanto o do fracasso. Ela rege o rumo de quem está de bem consigo mesmo ou não.

Veja o que diz Nathaniel Branden autor do livro “Auto-Estima”: ‘Desenvolver a autoestima é sempre uma questão de grau. Não conheço ninguém que seja totalmente carente de autoestima positiva, nem que seja incapaz de desenvolver autoestima”. Tudo é possível quando a determinação vai adiante. Se você quer, você consegue.

Se a meta é ser feliz e atingir objetivos, a autoestima está em lugar privilegiado e deve ser levada em conta na hora de somar pontos positivos. Ela rege o caminho de todos, e pode elevar grandemente o grau de felicidade se for levada a sério.

“Desenvolver a autoestima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e, portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados”, diz o autor. 

 Como tudo tem início na mente, sonhar também é preciso. Quantos sonhos se tornaram realidade, quantos desejos foram concretizados, quantos planos se tornaram reais...

O grande responsável por tudo isso tem início na mente. Primeiro você sonha, depois planeja e depois vai adiante pra tornar real.   Como diz Carlos Wizard Martins no livro “Desperte o Milionário que Há em Você”: ‘Descobri que todos os milionários têm algo em comum em sua natureza: a capacidade de sonhar. Esses empreendedores vivem quase como se fossem hipnotizados pelos próprios sonhos.

Eles sonham com cenários ainda não criados, com caminhos ainda não percorridos e com produtos e serviços ainda não lançados pelo mercado’.

Sonhar é muito bom, é o primeiro passo para definir o que se quer de verdade. “Se tudo é criado em primeiro lugar na dimensão mental, então, você precisará trabalhar com a mente para que ela seja sua aliada na realização de seus sonhos”, diz Carlos Wizard. É aí que você entra: ‘sonhar e planejar’.

Como tudo na vida há sempre um caminho a seguir e um comandante a determinar a rota. Pense, sonhe e realize. Lembre-se: ‘tudo depende de você!’.  Tenha ótimos dias e muitas alegriasss...

Editorial

O jogo deve ser limpo e responsável

O que está em jogo, no fim das contas, é muito mais do que dinheiro. É a confiança da sociedade em como o poder público escolhe e administra os seus parceiros

12/04/2025 07h15

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A suspensão da licitação para contratação da plataforma da Loteria de Mato Grosso do Sul (Lotesul), determinada pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), é uma decisão acertada e prudente. Como mostramos nesta edição, a retomada da Lotesul, agora repaginada, ocorre em meio à regulamentação das apostas esportivas e dos jogos on-line no Brasil. O mercado é promissor – capaz de movimentar milhões, talvez bilhões –, mas tamanha expectativa de receita não pode atropelar os princípios da legalidade e da transparência.

A analogia com os jogos de estratégia é pertinente: quem joga com pressa, perde. Movimentos precipitados podem comprometer todo um plano, como no xadrez, em que um erro mal calculado decide uma partida inteira. O mesmo raciocínio vale para políticas públicas e processos licitatórios: decisões precisam ser embasadas, bem estruturadas e, principalmente, livres de qualquer suspeita.

Se existem indícios de direcionamento na licitação, que sejam investigados. A transparência e o respeito às normas são requisitos básicos para a credibilidade de qualquer empreendimento estatal – sobretudo quando o assunto envolve dinheiro público e um mercado tão sensível quanto o de jogos e apostas.

De todo modo, é inegável que a legalização dos jogos e das apostas on-line abre novas portas para a arrecadação. E o Estado tem, sim, o direito – e a necessidade – de explorar essas receitas. No entanto, o desafio maior está em garantir que os recursos sejam bem empregados, tanto pela empresa que vier a administrar a Lotesul quanto pelo governo. Ganhar dinheiro com jogos exige, também, responsabilidade com o impacto social desse mesmo mercado.

Nesse sentido, defendemos que parte da arrecadação seja destinada à criação de um fundo específico para o tratamento de pessoas com dependência em jogos, além do financiamento contínuo de campanhas de conscientização. É dever do Estado informar a população sobre os riscos da jogatina, sobretudo no ambiente on-line, onde o acesso é fácil, constante e muitas vezes invisível.

Outro ponto essencial é que os contratos firmados com empresas do setor incluam cláusulas de penalização em caso de descumprimento de regras, condutas antiéticas ou omissão diante de problemas como fraudes e vício em jogos. A legalização do jogo não pode ser um salvo-conduto para irresponsabilidades nem uma cortina para interesses escusos.

Se o jogo vai começar, que seja com regras claras, peças bem posicionadas e, acima de tudo, com ética. O que está em jogo, no fim das contas, é muito mais do que dinheiro. É a confiança da sociedade em como o poder público escolhe e administra os seus parceiros.

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Como o milho amplia a produção de energia sem comprometer a segurança alimentar?

11/04/2025 07h45

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A demanda global por biocombustíveis deve aumentar 19% comparado a 2024 e, em cenários de emissões líquidas zero até 2050, pode crescer significativamente, impulsionada pelas metas de descarbonização do setor de transporte. No mesmo sentido, a demanda por alimentos deve aumentar 13% até 2032, principalmente por conta do crescimento populacional dos territórios africanos e asiáticos.

Com o crescimento da produção de biocombustíveis, diversos estudos foram publicados, destacando problemas relacionados à competição com a produção de alimentos. No entanto, no contexto brasileiro, a combinação de tecnologias, como o sistema de sucessão, possibilita sinergias entre biocombustíveis e segurança alimentar, desafiando a ideia simplista de competição pelo uso da terra. Grande parte dos estudos realizados até o momento avaliam tipos de biocombustíveis genéricos e em nível mundial, desconsiderando as especificidades regionais e cadeias de produção particulares. 

A entrada da indústria de etanol de milho de segunda safra no Brasil impactou positivamente a renda, o consumo e o bem-estar das famílias mais pobres da Região Centro-Oeste, proporcionando melhores condições de acesso aos alimentos. Esse foi um dos resultados do estudo publicado por Gurgel et al. (2024), explicado pelo desenvolvimento local, crescimento econômico e geração de novos empregos.

Apesar do aumento da demanda de milho para a produção de etanol – 10 vezes em seis anos – o consumo representou apenas 12% da produção total na safra 2023-2024. Além disso, não houve redução da quantidade destinada à alimentação humana e animal nem aumento significativo do preço do milho no mercado local, que segue a tendência de preços do mercado internacional. 

O Brasil, como um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas do mundo, tem forte contribuição na oferta global de biocombustíveis e alimentos, garantindo essa expansão pautada em técnicas sustentáveis. A implementação de técnicas “poupa-terra” possibilita maximizar a produção de biocombustíveis sem a necessidade de expandir novas áreas agrícolas ou competir com a produção de alimentos. Estima-se que o potencial de expansão do cultivo de milho de segunda safra em áreas de soja já consolidadas e aptas seja de 16,6 milhões de hectares (Mha), com uma capacidade de produção de 38 bilhões de litros adicionais de etanol por ano. 

Vinculado a essa produção também existe a geração do Dried Distillers Grains (DDG), destinado à alimentação animal, que substitui parte dos grãos antes utilizados para esse fim. Com a entrada de DDG no mercado e maior oferta de ração, há uma redução da demanda por soja e milho utilizados na alimentação animal e, consequentemente, uma diminuição no preço da ração animal, além da menor necessidade de área para a produção desses grãos. Adicionalmente, o DDG é uma fonte de alto valor de proteína, que permite maior eficiência no tempo de engorda do rebanho, contribuindo para a intensificação da pecuária. 

Estudos recentes estimam que existam entre 28 e 36 Mha de áreas de pastagens no Brasil com diferentes níveis de degradação, aptas para conversão agrícola. Outro ponto importante que merece ser mencionado é o ganho de produtividade das principais culturas energéticas. Na safra 2023-2024, o milho de segunda safra, somado à soja, resultou em uma produção de 10 toneladas por hectare, ou seja, 218% a mais do que uma área exclusiva de soja. Com isso, o sistema soja-milho aumenta a produção de grãos em uma mesma área e otimiza o uso da terra. 

A produção de etanol de milho de segunda safra é capaz de ofertar energia, alimentos e nutrição animal, além de contribuir para o enfrentamento das mudanças climáticas e a redução das emissões de CO2, apoiando a segurança alimentar e energética. 

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