Cidades

ESTRAGOS DA CHUVA

Árvore cai, danifica portão e morador fica preso em casa na Capital

Duas residências foram atingidas pela mesma árvore no Iracy Coelho, durante temporal

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As chuvas que caem sobre Campo Grande causaram um transtorno a mais para o funcionário público Juvêncio Rodrigues.

Durante o temporal, uma árvore de grande porte caiu sobre o portão da residência, danificando o mesmo, e, desde então, Juvêncio está preso dentro do quintal. 

Para se comunicar com os vizinhos e com o Correio do Estado, o funcionário público colocou uma escada do lado de dentro do muro.

Segundo ele, a árvore caiu por volta da meia-noite e meia desta quinta-feira (18), na rua Abílio de Azevedo, no Iracy Coelho.

"Abri a porta da sala e já deparei com os galhos na varanda da nossa área", disse Juvêncio, afirmando que ficou alguns momentos sem saber o que fazer.

Após se acalmar, ele ligou para a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, que fizeram o corte inicial da árvore, retirando parte dos galhos que estavam em parte da estrutura.

A árvore, no entanto, segue obstruindo a rua, pois ela caiu atravessando a pista.

O portão ficou danificado e, como entortou, não é possível abri-lo. Dessa forma, o morador não consegue sair de casa. A principal preocupação é com o pai, que tem 74 anos e problemas de saúde.

"Meu pai é diabético e se ele precisar de apoio hoje como eu vou sair daqui? É uma situação bem complicada", disse.

Sobre a árvore, Juvêncio afirma que desde 2016 tem solicitado junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) a retirada, sendo o último pedido feito em 2019, mas sem receber a autorização.

Além do muro e portão, parte do telhado da casa e um carro foram atingidos. O morador estima um prejuízo de cerca de R$ 8 mil. Ninguém ficou ferido.

"Estamos aguardando a questão da prefeitura, ver se pelo menos vão dar um suporte para retirar a árvore", disse.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) disse que os reparos referentes à estragos da chuva serão feitos assim que as precipitações pararem.

Vizinho de Juvêncio, o servidor público Ederson Marques também teve a casa atingida pela mesma árvore.

"Estava no meu quarto, ouvi um barulho não muito forte, mas que parecia ser de alguma coisa que estava em queda ou alguma coisa desse tipo", disse.

Ao verificar, ele notou que galhos atingiram e danificaram parte do portão, uma viga e a calha na parte da frente da residência.

Vizinho de Juvêncio, o servidor público Ederson Marques também teve a casa atingida pela mesma árvore.

"Estava no meu quarto, ouvi um barulho não muito forte, mas que parecia ser de alguma coisa que estava em queda ou alguma coisa desse tipo", disse.

Ao verificar, ele notou que galhos atingiram e danificaram parte do portão, uma viga e a calha na parte da frente da residência.

Casa sobre muro no Lageado

No Parque do Lageado, uma árvore também caiu sobre um muro, por volta das 7h30 de hoje.

A dona de casa Norma Camargo disse que desde que começou a chover, ela já estava com medo da árvore cair. Por este motivo, ficou com a filha, de 5 anos, na sala.

"Eu já sabia que ela ia cair, eu já estava correndo atrás para tentar arrancar, aí quando começou a chove, eu saí do quarto para a sala e ouvi um barulho bem grande", disse ao Correio do Estado.

Segundo Norma, o motivo de suspeitar que a árvore cairia é porque a planta estava morta e com cupim na raiz.

Ela afirma que também fez solicitações para o corte da árvore, em junho deste ano, mas sem sucesso.

"Ela caiu em cima do meu quarto, na lateral, e também um pouco para o lado vizinho. Do vizinho está bem estragado o quarto dele, caiu em cima mesmo da casa", detalhou.

Como caiu sobre um comodo, a moradora também afirma que teve prejuízos com os móveis, que foram danificados pela chuva.

O vizinho, que teve mais danos, não estava em casa. Os danos foram apenas materiais e ninguém ficou ferido.

"Eu tô com prejuízo na casa do meu vizinho e na minha casa ainda, porque quebrou todo o meu quarto e a laje. E não foi por falta de correr atrás pra poder remover a árvore. Um absurdo", lamentou Norma.

Chuva

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), choveu 121,6 milímetros (mm) nas últimas 72 horas em Campo Grande.

Segundo a Energisa, 540 mil descargas elétricas - raios - foram registradas em Mato Grosso do Sul. Os ventos atingiram 85 km/h.

Ainda de acordo com a Energisa, 12 regiões de Campo Grande estão sem energia elétrica.

“As ocorrências se concentram nos bairros Jardim Centenário, Moreninha, Nova Lima, Conjunto Aero Rancho, Parque dos Novos Estados, Chácara dos Poderes, Parque Residencial Rita Vieira, Guanandi, Tiradentes, Parque do Lageado e Jardim Centro Oeste, além do Centro da Capital”, afirmou a concessionária em nota.

Campo Grande registrou 51,8 milímetros de chuva entre terça (16) e quarta-feira (17). Até o fechamento desta reportagem, o volume de chuva ocorrido nesta quinta-feira (18) não foi atualizado.

Em 18 dias de agosto, choveu quase três vezes mais que o previsto para todo o mês.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma frente fria está de passagem em Mato Grosso do Sul, provocando chuvas, ventos e queda de temperaturas.

A previsão é que os termômetros despenquem a partir desta noite (18) no Estado. O Inmet emitiu alertas de declínio na temperatura, onda de frio e tempestade para o Estado.

A previsão para esta quinta (18) é de chuva, céu nublado e tempo instável.

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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