Cidades

Redes socais

Associação de MS aciona X, de Musk, na Justiça e pede R$ 190 milhões

Adecon-MS acusa rede de Elon Musk de violar direitos do consumidor ao cobrar por segurança; MP apoia indenização de R$ 10 milhões

Continue lendo...

Não é só o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes que estão envolvidos em uma contenda judicial com a rede social X, o antigo Twitter, do magnata sul-africano Elon Musk. Em Mato Grosso do Sul, na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, há também uma ação contra a plataforma, que recentemente fechou seu escritório no Brasil. A Associação de Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Adecon-MS) pede indenização de R$ 190 milhões à empresa do bilionário.

Ainda não há uma decisão final no processo, mas o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em parecer assinado pelo promotor de Justiça Luiz Eduardo Lemos de Almeida, é favorável ao prosseguimento da ação e ao acolhimento do pedido de indenização por danos morais coletivos, porém em um valor menor: R$ 10 milhões.

Entenda a ação

A ação civil pública foi ajuizada em 22 de março deste ano, quando o X ainda tinha escritório no Brasil e contestou a petição inicial em 2 de abril. A causa está ligada ao direito do consumidor.

A Adecon-MS afirma que a demanda surgiu com a implantação do serviço Twitter Blue (ou X Blue) no Brasil, que oferece ao usuário um selo de verificação e mais segurança na plataforma, como a verificação em duas etapas.

O serviço começou a ser oferecido em 20 de março de 2023 por R$ 60 mensais. A Adecon-MS e o Ministério Público entendem que, ao restringir a autenticação em duas etapas apenas para assinantes do Twitter Blue, a rede social viola o direito do consumidor, deixando usuários não pagantes mais vulneráveis a clonagens e ataques de hackers.

“O que causa maior revolta na nova política de segurança da requerida é que a citada autenticação sempre foi disponibilizada para todos os usuários do Twitter e agora, apenas quem tiver condições de pagar o plano Blue é que terá a manutenção de sua segurança na plataforma requerida”, argumenta a Adecon-MS na ação.

A Adecon ressalta que a segurança é essencial para todos os usuários da plataforma. “A segurança dos consumidores durante o uso da plataforma da requerida (o X) é parte típica e essencial do negócio, risco da própria atividade empresarial que visa o lucro e integrante do investimento necessário que deve ser aportado pela requerida”, defende a associação, que argumenta que os custos de segurança devem ser arcados pela empresa de Elon Musk, e não transferidos ao consumidor.

A associação estipulou o valor da indenização por danos morais coletivos em R$ 10 por usuário do X no Brasil. Segundo um relatório da própria empresa divulgado no ano passado, a plataforma tem aproximadamente 19 milhões de usuários no país, justificando o pedido de R$ 190 milhões em indenização.

Por se tratar de uma ação civil pública, a associação praticamente não corre risco de arcar com honorários sucumbenciais em caso de derrota, o que contribui para a justificativa do pedido de alto valor.

O outro lado

O X Brasil chegou a apresentar defesa na ação antes de fechar sua representação no país. A empresa é representada pelo escritório Pinheiro Neto, um dos maiores da América Latina.

Em sua defesa, o X Brasil alega ausência de interesse processual por parte da Adecon-MS, afirmando que “o X Premium já foi implementado no Brasil e não há qualquer registro de contas desativadas por este motivo”.

A empresa também argumenta que a autenticação em duas etapas por SMS é oferecida apenas no serviço premium, mas que outras formas de autenticação continuam disponíveis para todos os usuários.

A defesa ainda pede a improcedência total do pedido de indenização, afirmando que “as operadoras do X não deixaram qualquer usuário desamparado quanto à segurança de suas contas, tampouco violaram qualquer direito dos usuários de sua plataforma”.

Os advogados de Elon Musk consideram o pedido de R$ 190 milhões descabido, descrevendo-o como “montante imotivadamente elevado e que evidentemente afronta os predicados fundamentais de proporcionalidade e razoabilidade”.

O que diz o Ministério Público?

O parecer do Ministério Público de Mato Grosso do Sul diverge da defesa do X Brasil, afirmando que a causa envolve direitos difusos e coletivos, devido à indivisibilidade do interesse e à proteção de consumidores futuros e virtuais.

O promotor de Justiça Luiz Eduardo Lemos de Almeida destaca que, antes da introdução do Twitter Blue, a autenticação de dois fatores era gratuita e até incentivada pela empresa, tornando a cobrança por este serviço uma violação dos direitos do consumidor.

“O dano moral coletivo não precisa ser irrefutavelmente comprovado, pois a lesão decorre imediatamente dos eventos lesivos”, argumenta o promotor. Ele considera o pedido de R$ 190 milhões “irrazoável” e sugere que o valor da indenização seja de R$ 10 milhões.

O Ministério Público também recomenda que, em caso de condenação, a indenização seja destinada ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos dos Consumidores, em vez do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, conforme solicitado pela Adecon-MS.

Conglomerado Musk

Em Mato Grosso do Sul, o conglomerado Musk também enfrenta processos na Justiça. O provedor internet via satélite Starlink é alvo de processos judiciais nas comarcas de Campo Grande e de Costa Rica.

Nestes processos os consumidores alegam cobrança indevida e falha na entrega do serviço. 

iFood

No fim do ano passado, a mesma Adecon-MS foi à Justiça contra uma outra startup. Ela demandou o iFood na Justiça, cobrando indenização coletiva de R$ 815 milhões, apontando que a taxa de serviço do aplicativo seria uma “gorjeta compulsória”. 

O processo segue, mas a suspensão da taxa por meio de liminar, foi rejeitado pelo O juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Marcelo Ivo de Oliveira.
 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Parceria entre UFGD e Embaixada do Brasil na França irá ampliar intercâmbio de estudantes indígenas

Ministério dos Povos Indígenas firmou o acordo, que prevê também investimentos em projetos de pesquisa e na expansão da ciência por meio dos saberes tradicionais

27/01/2025 18h46

Parceria foi firmada pelo Ministério dos Povos Indígenas, na França

Parceria foi firmada pelo Ministério dos Povos Indígenas, na França Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), por meio da Faculdade Intercultural Indígena (FAIND), firmou acordo com a Embaixada do Brasil na França, que visa fortalecer o intercâmbio de estudantes indígenas.

O encontro teve participação do secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena; o reitor da UFGD, Jones Dari Goettert; o embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva Tavares, e diplomatas responsáveis pela área de educação.

O objetivo foi discutir os avanços do projeto Guatá, uma iniciativa que destaca a importância do intercâmbio de estudantes indígenas na Universidade Paris 8 Vincennes Saint-Denis, na França.

Acordo firmado visa, além de fortalecer a mobilidade acadêmica de estudantes indígenas, promover projetos de pesquisa e ampliar as trocas culturais entre Brasil e França, investindo na formação de pós-graduandos indígenas e na expansão da ciência por meio dos saberes tradicionais.  

O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, disse que passou por esse processo quando era estudante, tendo apoio o oportunidade de fazer o intercâmbio e que agora, haverá o fortalecimento do programa para que mais indígenas possam ser beneficiados.

A iniciativa é vista como um passo importante e histórico para a educação indígena.

Segundo o Ministério, a parceria "reforça o compromisso do governo brasileiro com a valorização da educação superior e protagonismo dos povos indígenas em cenários acadêmicos globais."

 "O intercâmbio cultural e educacional é uma ferramenta essencial para o fortalecimento de lideranças indígenas robustas, que dialoguem com soluções significativas para suas comunidades, a fim de catalisar mudanças em níveis locais, regionais e globais", diz o MPI, em nota.

Também participaram da reunião:

  • Matheus de Carvalho Hernandez, Chefe do Escritório de Assuntos Internacionais da UFGD;
  • Claudia Roma, Coordenadora da pós-graduação em Geografia da UFGD;
  • Márcia Misuzaki, Docente da pós-graduação em Geografia da UFGD;
  • Maria Aparecida Oliveira, Diretora da Faculdade Intercultural Indígena da UFGD.

Projeto Guatá

O programa de bolsas de mobilidade é iniciativa da Embaixada da França no Brasil que, desde 2023, seleciona estudantes indígenas para o intercâmbio de seis a dez meses em universidades do país europeu.

Guatá, na língua guarani, tem, entre outros sentidos, o de caminhar, viajar, se movimentar.

O programa funciona como um doutorado sanduíche, onde os alunos têm maior liberdade para participar de aulas e seminários.

Para os selecionados, é fornecido assagem aérea, ajuda de um professor supervisor e bolsa em dinheiro mensal enquanto durar o intercâmbio. 

Oportunidade

Alunos que não terminaram a faculdade tem chance de voltar a estudar

A UFGD está oferecendo oportunidade para alunos desistentes ou que jubilaram retornem e concluam a graduação. O período de inscrições tem início na quarta-feira (29) e vai até o dia 9 de fevereiro

27/01/2025 18h45

UFGD

Continue Lendo...

A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) está com um processo seletivo aberto para que alunos que não concluíram a graduação na instituição possam voltar a estudar.

O Extravestibular (PSIE-2025.1), que faz parte do Programa de Reintegração de Ex-estudantes, oferece 130 vagas em 24 cursos.

Cursos disponíveis:

  • Agronomia
  • Artes Cênicas
  • Biotecnologia
  • Ciências Biológicas
  • Ciências Econômicas
  • Ciências Sociais
  • Engenharia Agrícola
  • Engenharia Civil
  • Engenharia de Alimentos
  • Engenharia de Aquicultura
  • Engenharia de Computação
  • Engenharia de Energia
  • Engenharia de Produção
  • Engenharia Mecânica
  • Física
  • Geografia
  • Gestão Ambiental
  • História
  • Letras
  • Licenciatura em Educação do Campo
  • Matemática
  • Nutrição
  • Química
  • Zootecnia

Quem pode participar?

Podem participar do processo seletivo ex-estudantes que tenham deixado a UFGD em qualquer ano a partir de 2006, seja por desistência, outro motivo ou até mesmo em casos de jubilamento.

Cabe ressaltar que o retorno deve ocorrer ao mesmo curso em que o aluno esteve matriculado.

Como se inscrever?

Os candidatos devem acessar a “Área do Candidato” pelo sistema: https://selecao.ufgd.edu.br/.

Critério de seleção

Se o número de inscritos for superior ao número de vagas ofertadas, o critério de desempate será o Índice de Desempenho Acadêmico (IDA), que corresponde à média obtida pelo aluno no período em que esteve no curso.

Além disso, conforme o edital, em caso de empate, a vaga será concedida ao candidato de maior idade.

Resultado

A divulgação do resultado preliminar está prevista para o dia 11 de fevereiro, no site:
https://portal.ufgd.edu.br/secao/editais-de-ingresso-de-estudantes/reingresso.

O prazo para recursos será nos dias 12 e 13 de fevereiro, e as solicitações devem ser feitas por e-mail. O resultado final será divulgado no dia 17 de fevereiro, no mesmo site.

Dúvidas

Os candidatos podem entrar em contato com a secretaria acadêmica do respectivo curso ou com a Secretaria Acadêmica da Pró-reitoria de Ensino de Graduação (PROGRAD) pelos telefones:

  • (67) 3410-2820
  • (67) 3410-2825
  • (67) 3410-2826

Ou pelo e-mail: [email protected].

Confira o edital
 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).