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Atrasado sete horas, último ônibus sai do meio da rua

Atrasado sete horas, último ônibus sai do meio da rua

SILVIA TADA

02/02/2010 - 23h36
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Aos 28 minutos de ontem, o ônibus da empresa Nova Integração embarcou os últimos passageiros do Terminal Heitor Laburu e seguiu viagem para Alta Floresta (MT). Melancólico, o momento histórico, que encerrou 37 anos de atividades da rodoviária “velha”, como já é conhecida entre a população, foi acompanhado apenas por funcionários da empresa. Houve confusão entre passageiros que deveriam embarcar no novo terminal, mas foram para o velho e pegaram carona com ônibus de outras empresas para conseguir viajar. Policiais do 1º Batalhão da Polícia Militar fizeram rondas pela região e abordaram pedestres e pessoas que estavam nos bares do terminal. Oficialmente, o veículo da Nova Integração não seria o último a deixar o terminal, mas, devido ao atraso de sete horas, provocado pela quebra do veículo, os passageiros que o aguardavam foram os que “apagaram as luzes” da rodoviária. O ônibus nem mesmo pôde ficar na plataforma, pois funcionários contratados pela Prefeitura de Campo Grande já haviam cravado estacas na entrada pela Rua Barão do Rio Branco para iniciar o fechamento da área com tapumes. O embarque acabou acontecendo no meio da Rua Dom Aquino. Confusão O aposentado Andres Lenis Mamami, de 80 anos, chegou de Dourados, anteontem à noite, e pretendia ir para Corumbá. Como as partidas para esta cidade foram concentradas para depois da meia-noite no Terminal Antônio Mendes Canale, o idoso precisou de uma carona em van cedida pela empresa. “Não sabia que iria mudar. Vou pegar o ônibus na nova rodoviária, agora”. Transtorno maior passou Secundina Herrera, que mora em Corumbá e queria voltar para casa. Ao chegar à rodoviária velha, já por volta das 23h40min, foi informada de que não havia mais ônibus e que o embarque aconteceria na saída para São Paulo. “Pensei que fosse dar tempo”, disse. Preocupada, começou a procurar ajuda entre os funcionários, até que conseguiu uma carona, em um ônibus da Queiroz que estava levando passageiros para o recéminaugurado terminal. A acadêmica de Enfermagem Thaís Evelin Alves Lima, de 20 anos, foi uma das últimas passageiras a desembarcar na rodoviária Heitor Laburu, vinda de Vilhena (RO). “Fiquei em dúvida sobre onde desceria, se na nova ou na velha. Até para combinar com quem virá me pegar foi mais difícil e agora não sei se ele foi para a nova”. Curioso O técnico em informática Rafael Oliveira, de 28 anos, não acompanhava ou esperava ninguém na rodoviária. Porém, fez questão de registrar toda a movimentação com uma câmera fotográfica. “Sabia que este era o último dia de funcionamento. Estava passando pelo centro e decidi ver o movimento. É um momento histórico e quero guardar as imagens”, relatou. A professora Elizabeth Guimarães, de 50 anos, veio para a Capital para visitar familiares e embarcaria para Andradina (SP). “Fiquei sabendo que seria inaugurada a nova rodoviária e até fiquei um pouco confusa sobre onde deveria embarcar. Acho que a nova obra é mais compatível com o que vi em Campo Grande, que é uma cidade bonita, bem planejada. Não merecia uma rodoviária como esta, que é meio arcaica”.

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Dois anos após matar idoso e jogar corpo em canavial, casal é preso em MS

Corpo de Alan Kardeck Rodrigues Coelho foi localizado sete meses depois do desaparecimento, em setembro de 2022

16/01/2025 18h00

Após localizado e preso, casal foi levado para a Delegacia de Paranaíba

Após localizado e preso, casal foi levado para a Delegacia de Paranaíba Reprodução, Polícia Civil

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Dois anos após homicídio do idoso Alan Kardeck Rodrigues Coelho, de 65 anos, a Polícia Civil concluiu o inquérito de investigação e prendeu um casal suspeito do crime. O idoso desapareceu em fevereiro de 2022, após ter discutido com o casal.

O corpo da vítima só foi localizado sete meses depois do crime, em setembro de 2022 em um canavial próximo ao município de Paranaíba, a 411 quilômetros da capital Campo Grande. Nesse sentido, A.A.V. e S.A.B responderão pelos crimes de assassinato e ocultação de cadaver.

Conforme a Polícia Civil, o casal foi preso no mês passado, mas o caso só foi divulgado pela Delegacia de Paranaíba nesta quinta-feira (16), após conclusão do inquérito. Os suspeitos foram localizados após suporte da Delegacia de Atendimento à Mulher de Três Lagoas (DAM). Ao longo de dois anos, o casal ficou foragido.

Relembre o caso

A sobrinha de Alan registrou o desaparecimento do idoso na delegacia de polícia no dia 27 de fevereiro. No dia do crime, a investigação apurou que Alan Kardeck teria se desentendido com o casal em um bar da cidade.

Após a briga, o idoso tentou ir embora do local utilizando uma bicicleta. Contudo, foi perseguido pelo casal e depois, desapareceu sem deu mais notícias.

Em depoimento, A.A.V. negou a participação no crime. S.A.B, por sua vez, confessou o homicídio. Segundo ela o casal estava em seu veículo junto com os três filhos, todos menores de idade.

Dinâmica do crime

O casal teria colocado o idoso no carro e partido em direção ao canavial. Após chegar no local, o homem teria derrubado Alan Kardeck no chão e o matou atropelado.

Em seguida, ele teria jogado a perna mecânica do idoso para dentro da plantação e enterrado o corpo da vítima em outra área do canavial. Após o crime, o casal fugiu do local.

Ainda segundo a Polícia Civil, foram ouvidas 10 testemunhas e casal possuía mandado de prisão preventiva em aberto. Após localizados e presos, a equipe policial encaminhou a dupla até a delegacia para a realização dos trâmites jurídicos.

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MS: avião do tráfico é vendido 16 anos após último voo com cocaína

Conforme a Justiça Federal, aeronave realizou entrega de droga entre o município de Jardim e região do Chaco, no Paraguai; veículo foi leiloado por R$ 163,6 mil

16/01/2025 16h45

Avião Embraer PT-RIF sendo carregado em frente o Aeroporto de Campo Grande

Avião Embraer PT-RIF sendo carregado em frente o Aeroporto de Campo Grande Divulgação e Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Uma aeronave monomotor de modelo Embraer 720C, apreendida em 2008 por estar envolvida no tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, foi leiloada pelo valor de avaliação de R$ 163,6 mil e lance inicial de R$ 81,8 mil.

A aeronave foi interceptada pela Polícia Federal em março de 2008, com 203 quilos de cocaína em seu interior.

O avião ficou guardada em um hangar da Coordenadoria Geral de Policiamento Aereo (CGPA) do Governo do Estado no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Diante deste cenário, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu tanto as operações de taxi aéreo quanto o certificado de aeronavegabilidade do avião.

Conforme apuração do jornal Correio do Estado, o comprador do avião foi um empresário do município de Catalão, interior do estado de Goiás. Após arrematado, a aeronave passou por um processo de desmontagem para poder ser transportado por caminhão até a cidade goiana.

O processo de carregamento da aeronave foi iniciado no começo da tarde desta quinta-feira (16), em terreno próximo a esquina da Rua Brasília com a Avenida Duque de Caxias, na Capital.

"O aeroporto [de Campo Grande] não permite que entremos com dois caminhões, que são necessários para fazer o transporte. Então tivemos que tirar o avião de lá para conseguir carregá-lo aqui. Eu desmontei o avião, instalei no caminão e amanhã cedo vamos embarcar para Catalão", explicou o mecânico de aeronaves, Nelson Rodrigues da Silva de 68 anos.

Avião Embraer PT-RIF sendo carregado em frente o Aeroporto de Campo GrandeTrabalhadores em operação de transporte da aeronave. Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

Histórico da aeronave

A aeronave possui foi fabricada em 1980 e está registrada em nome de uma homem. O avião, tem capacidade para 1.633 quilos e possui autorização apenas para vôo visual noturno.

De acordo com o processo da Justiça Federal, as denúncias apontam que no dia 28 de março de 2008, S.T.R. e R.R.R. (Piloto e Copiloto) deixaram o país com a aeronave partindo do município de Jardim, interior de Mato Grosso do Sul.

Os suspeitos tinham como destino a região do Chaco, no Paraguai, onde adquiriram 203 quilos de Cocaína. No dia seguinte, retornaram ao Brasil, dirigindo-se para a cidade de Machado (MG), onde há uma pista de pouso abandonada.

Após deixarem a droga, o avião, em seguida, retornou para a cidade de Jardim. Contudo, ao chegarem no aeroclube, ambos os criminosos foram presos por policiais federais que já suspeitavam da atividade ilícita e monitoravam todas as movimentações da dupla. Também foram encontrados documentos falsificados com a dupla.

Avião Embraer PT-RIF sendo carregado em frente o Aeroporto de Campo GrandeAvião PT-RIF carregado em caminhão. Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

 

 

 

 

 

 

 

Investigação

Ainda conforme os autos, um dos denunciados arquitetou um sistema de compra de droga adquirida no Paraguai, para ser posteriormente distribuída dentro do Brasil. Nesse sentido, os criminosos utilizavam a aeronave para realizar os tramites entre os dois países. Segundo informações do próprio denunciado, ele comprou a aeronave pelo valor de R$ 80.000,00.

As diligências da polícia baseavam-se na vigilância dos suspeitos L.M. e A.F. Os policiais constataram que os suspeitos se encontravam com um piloto de avião e juntos realizaram viagens interestaduais.

As investigações se intensificaram no começo do ano de 2008, quando os agentes da Polícia Federal acompanharam o encontro dos denunciados em um hotel na cidade de São Caetano (SP). Deste local, o grupo seguiu até a cidade de Pouso Alegre (MG), após retornaram à cidade de São Paulo, deixando o piloto na rodoviária do Tietê.

Uma equipe policial então passou a acompanhar o piloto, que se dirigiu até a cidade de Jardim, juntamente com o co-piloto, também denunciado. Os agentes presenciaram a decolagem da aeronave em direção ao território paraguaio.

Novos ares

Agora, conforme apurado pelo Correio do Estado, a aeronave será utilizado para o transporte de passageiros em propriedade de um empresário da região de Catalão, interior de Goiás.

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