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PÓS-PANDEMIA

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Aulas podem ocorrer em dias alternados na rede estadual

Medida está em plano de biossegurança que está sendo montado pela secretaria de Educação

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A Rede Estadual de Ensino (REE) monta o plano de biossegurança a ser adotado por todas as unidades educacionais do governo, porém, um dos trechos já está certo: o que determina que as aulas presenciais deverão ocorrer de forma alternada para as turmas, e essa periodicidade dependerá do porte das escolas.

De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (SED), a medida será adotada para evitar a aglomeração de alunos nas unidades. 

Por enquanto, as atividades presenciais estão suspensas até o dia 31 de julho e a tendência é de que a suspensão seja prorrogada, a julgar pelos indicadores do avanço da pandemia no Estado.

A pasta utilizou como exemplo uma escola que tenha quatro turmas em um mesmo período, neste caso, enquanto duas estiverem no colégio de forma presencial, as outras duas cumprirão atividades remotas. 

No dia seguinte, ou em horário alternado, as que estavam em casa vão para a escola.

“O planejamento prevê esse retorno das aulas de forma alternada, a escola não vai voltar a funcionar 100% logo no início, isso provocaria uma aglomeração enquanto a Covid-19 ainda existe, então é necessário tomar esse cuidado”, declarou a pasta, por meio de sua assessoria de imprensa.

Essa situação foi pensada para proteger também os professores, que trabalharão de forma escalonada, assim como os estudantes. 

Conforme a SED, as aulas serão parciais, com as turmas alternadas e os profissionais alternados, para que haja distanciamento e se evite, assim, um aumento de casos da doença.

Mesmo com algumas partes do plano de biossegurança já estabelecidas, a secretaria ainda não tem previsão de quando as aulas devem ser retomadas na rede estadual. Isso porque a pasta aguarda um “sinal verde” da Secretaria de Estado de Saúde (SES) em relação ao controle da pandemia.

Neste momento, a Covid-19 só cresce em Mato Grosso do Sul e não há previsão para quando o Estado deverá atingir o platô, ou seja, a estabilização de casos e mortes da doença, tampouco se sabe quando essas confirmações devem apresentar queda.

SEM DATA

Segundo a Secretaria de Educação do Estado, apenas quando estivermos em um “momento favorável” é que deverá haver a retomada das atividades presenciais. 

As aulas na REE estão paralisadas desde o dia 23 de março deste ano, em função da pandemia.

Durante esse período, os alunos estão tendo aulas virtuais e por meio de transmissão em emissora de televisão. Materiais impressos também foram disponibilizados para os estudantes que não têm condições de acompanhar as aulas pela internet.

A Rede Estadual de Ensino tem 210 mil estudantes em Mato Grosso do Sul, divididos em 345 escolas. No ano passado, eram 229 mil estudantes matriculados na rede, distribuídos em 357 unidades.

PROTEÇÃO

Para que o retorno presencial aconteça, a SED faz um planejamento acerca da estrutura que a pasta precisará encaminhar para as escolas. De acordo com a secretaria, são vários itens e, entre eles, máscaras e álcool em gel.

Na quarta-feira (22), foi publicada no Diário Oficial do Estado a aquisição de 670 mil unidades de máscaras, para serem entregues aos alunos e também aos 20 mil profissionais da rede. 

A compra foi feita com a empresa G & L Indústria e Comércio Ltda., pelo valor de R$ 1.395.465,76, e a entrega deverá ser realizada até o dia 5 de agosto.

Além disso, a pasta já comprou cerca de mil termômetros digitais, que vão paras as unidades de ensino, para o Centro de Educação Profissional e para as coordenadorias regionais. 

Os equipamentos custaram R$ 313.960,00 e também devem chegar até o mês que vem.

A pasta informa que nas próximas semanas deverá haver a aquisição de mais equipamentos de proteção individual (EPIs) para compor esses kits a serem entregues à comunidade acadêmica.

Sobre a composição das turmas, a secretaria confirmou que em salas muito numerosas deverá haver redução, para que seja respeitado o distanciamento social para evitar o contágio. 

A SED informou ainda que essas situações serão analisadas individualmente, mas ainda não há um porcentual referente a quantas turmas deverão ser divididas.

As mesmas medidas e o retorno das atividades regulares também serão adotados na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), que segue com as aulas presenciais suspensas.  

Para o planejamento de retorno, o governo do Estado montou um comitê para avaliar a questão, que usa informações do avanço da pandemia fornecidas pela SES.

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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