Cidades

Bloco Centro-Sul

Autoridades fazem planos para barrar crime organizado na Rota Bioceânica

Secretários de Segurança de mais quatro estados se reúnem na Capital para discutir alinhamento e ações conjuntas

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Durante o primeiro dia do Encontro de Segurança Pública, que reúne secretários de outros estados, na tarde desta quinta-feira (28), a Rota Bioceânica que irá escoar às riquezas do país foi pauta do debate. Com os desafios de não permitir que o crime circule pelo corredor bioceânico.

Crédito: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

O vice-governador José Carlos Barbosa, representou o governador Eduardo Riedel (PSDB) que cumpre agenda em Brasília. Durante sua fala comentou sobre a grandiosidade da obra que irá integrar a planície alagável do Pantanal até o deserto do Atacama. E muito além do investimento em engenharia a discussão iniciou em torno da segurança que são dois caminhos que devem ser tomados em conjunto.

“É rota do desenvolvimento de ligação de comércio com a China, mas também uma rota que vai atrair problemas e a necessidade de expansão de um olhar atento para a segurança pública”, apontou Barbosinha.

Mato Grosso do Sul possui mais de 1.500 km de fronteira seca e fluviais. Faz divisa com Paraguai e Bolívia e no Brasil com Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

“Portanto, um olhar atento às nossas fronteiras e divisas são fundamentais”, pontuou o vice-governador.

Rota 

A implantação da rota ou corredor bioceânico tem o intuito de expandir a relação comercial do Estado com países asiáticos e sul-americanos e deve fomentar, além da diversificação da pauta de exportações, a atração de indústrias e empresas para MS. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, objetivo da criação de um corredor rodoviário entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile é interligar os oceanos Pacífico e Atlântico, que somente em Mato Grosso do Sul deve movimentar R$ 1,5 bilhão.

Veja o mapa do trecho por onde passará a Rota Bioceânica

Tecnologia Auxiliando a Segurança

A implementação da rede de conectividade e tecnologia, a Infovia, que percorrerá 7 mil quilômetros e interligando todos os municípios do Estado, irá auxiliar na questão da segurança e ação das frentes de segurança. Trata-se de uma rede de fibra óptica que conecta os 79 municípios sul-mato-grossenses.

"Vai auxiliar na internet rápida, na comunicação entre todas as delegacias e quartéis, câmeras com leitores de placas, pode instalar câmeras com reconhecimento facial. Todos esse conjunto e aparato da tecnologia pode ser fundamental para poder melhorar as condições de segurança pública. É absolutamente impossível imaginar que teremos homens e mulheres em números e condição suficiente para poder estar presente em todos os lugares. Então a tecnologia ela pode nos auxiliar muito porque ela multiplica os olhares", explicou Barbosinha. 

A previsão para conectar todos os municípios com o serviço da Infovia, para até o final de 2024. Após a finalização da etapa da fibra ótica o estado irá calcular qual melhor tecnologia pode suprir demandas da segurança. 


Centro de Inteligência Integrado

O trabalho das Centrais Interligadas foi mencionado e ocorre por meio do trabalho de inteligência entre Mato Grosso do Sul e a polícia paraguaia, assim como a boliviana, conforme levantou o Secretário de Justiça de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira. Assim como foi expandido para os outros estados que fazem parte do bloco Centro-Sul.

"Porque temos muitos brasileiros foragidos que estão nesses países. Então temos interesse e nesse sentido o governo brasileiro tem atuado através da Polícia Federal na captura desses criminosos que estão comprando, produzindo drogas em países vizinhos e escoando pelos nossos estados", disse o Secretário Antônio Carlos.

Crédito: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

Alinhamento Centro-Sul

Estreitar ações com secretários de segurança dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul desemboca em ações conjuntas por meio da inteligência. 

“O destino das drogas que passam por nossas vias e rodovias tem principalmente como destino os grandes centros consumidores ou os portos desses estados. Então, a ação de uma apreensão no porto de Santos, por exemplo, tem relação porque ela passou por Mato Grosso do Sul, passou pelo Paraná ou ingressou no país pelas nossas fronteiras”, enfatizou o Secretário.

Em conversa com o Correio do Estado, o Secretário comentou que a rota trará progresso e, em contrapartida, será uma nova “janela” de entrada do crime organizado.

“Temos outras áreas produtoras de drogas, por exemplo, do Paraguai que tinham como destino às drogas do Uruguai e essas drogas produzidas na região do departamento de San Pendro agora tem como a rota bioceânica um local de escoamento para o Brasil. Então começa a ter uma nova porta de entrada não só para produtos lícitos como ilícitos e temos que proteger nossas fronteiras e divisas contando com o apoio dos estados que são destinatários principalmente desses grandes carregadores de produtos ilícitos. Então, ter o apoio dos estados destinatários no enfrentamento ao transporte nesse momento através da Rota Bioceânica e também das nossas vias é uma forma de otimizar os recursos e produzir bons resultados com custos mais baixos”, falou o Secretário.

O evento que vai até amanhã (29) conta com a presença dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, os Delegados-Gerais das Polícias Civil, os diretores das Polícias Penais, das Perícias Criminais e dos Centros Integrados de Comando e Controle dos cinco estados que compõem o bloco do SULMaSSP.

No segundo dia de evento serão discutidas soluções tecnológicas como câmeras temáticas, atuação das forças nas fronteiras e divisas e combates de crimes cometidos no campo.

Sobre o SULMaSSP

O bloco que congrega os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo foi criado em março de 2023 - por meio das respectivas Secretarias de Segurança Pública e, que realiza em Campo Grande –MS, nos dias 28 e 29 de setembro de 2023, o 3º Encontro Estratégico da Segurança Pública, sendo o 1º a ser realizado em Mato Grosso do Sul.

Operações


 O bloco já se reuniu anteriormente em março de 2023, em Curitiba, no Paraná, e em julho, na capital paulista a primeira operação realizada em maio, resultou na prisão de 127 pessoas, 184 veículos apreendidos, 32 mil pessoas abordadas, 40 mil maços de cigarros contrabandeados apreendidos, 17 armas de fogo tiradas de circulação, e a apreensão de 3.487 mil toneladas de entorpecentes, além do cumprimento de 103 mandados judiciais.

Já a segunda edição da “Operação Divisas e Fronteiras Integradas”, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, deflagrada em julho, foram empregados 17 mil policiais dos estados do bloco.

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Cidades

Anvisa proíbe produtos à base de alulose, um tipo de adoçante; entenda

Substância pode ser encontrada naturalmente em alguns alimentos, como figo e uva

23/12/2025 22h00

Divulgação: Anvisa

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Na última segunda-feira, 22, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União uma resolução que proíbe a comercialização, a distribuição, a importação, a propaganda e o uso de todos os lotes de produtos à base de alulose da empresa Sainte Marie Importação e Exportação.

A medida foi adotada porque a alulose não consta na lista de substâncias autorizadas pela Anvisa para uso como adoçante ou ingrediente alimentar no Brasil.

O que é a alulose

Segundo Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alulose pode ser encontrada naturalmente em alguns alimentos, como figo e uva. Trata-se de um tipo de açúcar semelhante à frutose, mas com diferenças químicas capazes de reduzir sua absorção pelo organismo.

"O mecanismo de ação é semelhante ao de outros adoçantes. Ela tem baixo valor calórico e estudos indicam pouco impacto sobre a glicose e a resposta insulínica", explica. Daí por que passou a ser vista como alternativa ao açúcar comum.

"Há estudos que indicam um certo grau de segurança no consumo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Food and Drug Administration (FDA, agência semelhante à Anvisa) autoriza seu uso com base em estudos toxicológicos e clínicos", afirma a especialista.

No Brasil, no entanto, não houve processo de regularização do ingrediente. "Talvez o produto não tenha sido submetido à aprovação ou não atendeu aos requisitos exigidos pela Anvisa para liberação", esclarece.

A Anvisa informa que alimentos ou ingredientes sem histórico de consumo no País são classificados como novos e, por isso, devem passar pela avaliação da agência. Para isso, a empresa interessada precisa apresentar documentação técnico-científica para análise.

"Nessa avaliação, a Anvisa verifica se o processo de fabricação do novo alimento ou ingrediente não introduz ou concentra substâncias que possam causar danos à saúde e se a indicação de consumo respeita níveis considerados seguros", diz a agência.

Cidades

Inscrição para o Sisu começa em janeiro; veja datas

A partir de 2026, o Sisu passará a considerar o resultado das três últimas edições do Enem

23/12/2025 21h00

JUCA VARELLA/AGÊNCIA BRASIL

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira, 23, o edital do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com o cronograma e os critérios do processo seletivo de 2026.

As inscrições vão de 9 a 23 de janeiro de 2026 e serão realizadas exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Cada candidato poderá se inscrever em até duas opções de curso.

Uma mudança importante é que, a partir de 2026, o Sisu passará a considerar o resultado das três últimas edições do Enem. Segundo o MEC, a seleção terá como referência a nota da edição do exame que resultar na melhor média ponderada de acordo com a opção de curso, desde que o participante não tenha sido treineiro.

O resultado da chamada regular será divulgado no dia 29 de janeiro e a matrícula nas instituições começará em 2 de fevereiro. Só candidatos que tenham concluído o ensino médio podem concorrer a uma vaga e ingressar nos cursos superiores, conforme o edital.

Maior edição do Sisu

Segundo o governo federal, a edição é a maior da história do Sisu em quantidade de instituições participantes, com oferta de 274,8 mil vagas em 136 instituições públicas do País.

Na seleção do início do ano, serão ofertadas vagas em cursos que iniciam as aulas tanto no primeiro quanto no segundo semestre de 2026.

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