Cidades

NATUREZA

Baleias se aproximam do Porto de Santos em processo migratório

Após serem vsitas a navegação foi suspensa dia 25 das 11h42 às 16h22

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A aproximação de baleias do Porto de Santos, o maior da América Latina, nas últimas semanas chamou a atenção da população, de órgãos relacionados ao Meio Ambiente e da autoridade portuária de Santos (Codesp). No último dia 25, a navegação no porto chegou a ser suspensa das 11h42 às 16h22, após serem vistas no local. Houve outros dois registros nas proximidades nos dias 24 e 17 deste mês.

“No inverno, as baleias-jubarte saem da Antártida rumo às águas calmas e quentes do arquipélago de Abrolhos e, nessa viagem, passam pela costa brasileira. Toda a população dessa espécie migra – os machos, as fêmeas e os juvenis – para se reproduzirem ou mesmo para terem seus filhotes”, explicou a bióloga Carolina Pacheco Bertozzi, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e fundadora do Instituto Biopesca.

“Graças a esforços de conservação, o tamanho populacional dessa espécie vem aumentando e, consequentemente, o registro das ocorrências em nossas águas segue essa tendência”, disse em relação às aproximações desses mamíferos ao porto.

A Chefe da Unidade Técnica do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Santos, Ana Angélica Alabarce, ressaltou a necessidade de traçar uma estratégia conjunta para agir nessas ocorrências, alertando que no mês de julho o aparecimento de baleias próximas à costa deve ficar mais frequente.

“O mês de julho é o auge da travessia dessas baleias aqui pela nossa região, então temos que estar prontos porque não pode simplesmente parar o porto toda hora, existe risco, existe uma responsabilidade, mas também não podemos deixar um animal desse dentro do canal onde tem o tráfego de navios”. Ela explicou que haverá uma reunião com as autoridades envolvidas no assunto, ainda sem data definida, com o objetivo de montar um plano para agir em casos como esses.

“Temos que montar uma estratégia e até um protocolo para realmente ver qual ação. Um exemplo, eu até pensei de ter umas embarcações de patrulhamento sempre ali naquela área de entrada do porto e, quando for visualizado alguma coisa, já começa uma ação ali de imediato. É uma proposta”, disse Alabarce.

Operação conjunta

Para a operação de retirada das baleias da região do porto, o Ibama faz uma mobilização conjunta com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Polícia Ambiental, a Capitania dos Portos – responsável pela navegação no porto – e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Segundo Alabarce, na terça-feira (25) duas baleias, provavelmente mãe e filhote, foram avistadas por muitas pessoas e chegaram a entrar no canal do porto. “Nós tomamos todas as ações para a operação e nós não conseguimos visualizá-las, mas sabíamos que estavam imersas. Fizemos o percurso [do canal] várias vezes, e então os canoístas das proximidades avisaram que tinham visto as baleias já saindo do canal”.

“Então elas saíram, nós conseguimos conduzi-las para fora por meio de nossas embarcações, tanto da Marinha como da Polícia Ambiental e da Codesp”. Com o som do motor das embarcações, a equipe vai afastando e conduzindo as baleias para fora do canal. “Essa é a providência que estamos tomando no momento para não prejudicar nem a operação do porto nem colocar em risco a vida do animal que está em uma lista de animais em extinção”.

Sobre a aproximação das baleias ao porto, Ana Angélica Alabarce, do Ibama, disse que a localização de “Santos é praticamente a metade do caminho [da migração das baleias], então se pressupõe que é onde elas estão mais cansadas e elas procuram mais proximidade da costa”. Não tem informações do motivo por que as baleias entraram exatamente no canal do porto, mas ela orienta que o público mantenha distância para não estressar os animais e que contate o Ibama caso aviste algum nas proximidades.

Mais ocorrências

Em 17 de junho, uma baleia foi avistada no trecho do estuário no Porto de Santos. “Não podemos garantir o motivo que levou a baleia a ingressar no estuário. Tanto pode ser um comportamento natural, uma vez que estuários representam fonte de alimento e águas abrigadas, como em virtude da presença de embarcações na baía de Santos”, avaliou o biólogo Bruno Takano, supervisor da gerência de Meio Ambiente da Autoridade Portuária.

A operação para retirada do mamífero começou às 11h daquele dia e seguiu até as 15h. As embarcações que estavam no trajeto de saída da baleia foram orientadas a se deslocarem, permitindo a livre passagem do animal, que rumou de volta à baía de Santos. Na ocasião, a Capitania dos Portos chegou a suspender as manobras de navios das 13h27 às 14h40, bem como a travessia das balsas entre Santos e Guarujá.

As baleias apareceram novamente no litoral no dia 24 de junho, mas foram avistadas apenas na laje de Santos, que faz parte do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, uma unidade de conservação marinha do estado São Paulo.

INFÂNCIA SEGURA

Perigos das férias escolares; da alimentação a riscos dentro e fora de casa

Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, dá dicas para os pais curtirem o descanso dos filhos em segurança

21/12/2024 18h00

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação Arquivo/Ilustração

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Período em que os pequenos se vêem livres do ambiente escolar, as férias das crianças costumam deixar os pais de cabelo em pé e, seja por traumas ou outras doenças, os atendimentos pediátricos têm aumento nessa época entre os anos, então por isso é preciso estar atento os perigos que existem dentro e fora de casa. 

Em entrevista ao Correio do Estado, a Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, confirma que é comum observer um aumento nos atendimentos pediátricos durante as férias escolares.

"Isso se deve à maior exposição das crianças a atividades ao ar livre, viagens e mudanças na rotina, que podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação", afirma a Dra. 

Conforme a pediatra, há uma série de casos mais comuns nesse período de férias, por conta das exposições vividas pelos pequenos, que costumam inclusive ter "endereço certo", como bem alerta a profissional, como por exemplo: 

  • Traumas e fraturas: devido a brincadeiras em parques, atividades esportivas e quedas.
  • Afogamentos: em praias, piscinas ou balneários.
  • Queimaduras: relacionadas ao manuseio de fogos de artifício, churrasqueiras ou líquidos quentes.
  • Viroses: por contato mais frequente com outras crianças ou devido a mudanças alimentares que afetam a imunidade.

Perigos em casa

Com os pequenos mais tempo em casa e, consequentemente, os pais tendo que se desdobrar entre os cuidados com os filhos e a casa, as quedas de móveis; escadas ou andadores costumam ser comum e estar no topo dos acidentes mais comuns do período. 

Entranto, os perigos do lar não se resumem à isso, podendo até mesmo o fogão, ferro, líquidos quentes ou tomadas desprotegidas serem os causadores de queimaduras, por exemplo, além de outros riscos. 

São os casos dos afogamentos ou asfixias, que podem acontecer em baldes, tanques ou banheiras, mesmo com pouca quantidade de água, ou mesmo pela ingestão de objetos, brinquedos inadequados para a idade ou sacos plásticos.

Riscos ao ar livre

Da porta para fora também é preciso ter cuidados, quase que redobrados, já que, para além do já citado perigo de afogamento, ao qual as crianças ficam mais sucetíveis ainda em praias, rios e piscinas, há riscos ligados à picada de instos, por exemplo, ou mesmo acidentes com objetos cortantes ou perfurantes, como pedaços de vidro ou conchas, indica Camilla. 

Por isso, a pediatra alerta que os pais devem permanecer em supervisão constante; usar repelentes e roupas seguras, para evitar alguns desses problemas durante as férias. 

Além do risco de afogamento, a Dra. Camilla aponta demais riscos, bem como as medidas de segurança que os pais podem e/ou devem adotar. 

  • Exposição ao sol| Protetor solar adequado, chapéus e roupas leves são indispensáveis para evitar queimaduras e insolação.
     
  • Desidratação| Garantir hidratação frequente com água ou sucos naturais.
     
  • Infecções de pele| Como micoses devido ao contato prolongado com a umidade.
     
  • Cansaço extremo: Manter pausas regulares durante atividades para evitar exaustão.

Em complemento, ela cita ainda um perigo considerado quase invisível, já que está ligado à alimentação dos pequenos, à qual os pais também precisam estar ligados para não afetar a saúde dos filhos. 

"Sim, exageros com a comida são comuns, as crianças podem consumir: doces e alimentos gordurosos em excesso, levando a problemas digestivos como dor de estômago, vômitos ou diarreia. Bebidas açucaradas em excesso, que agravam quadros de desidratação em dias quentes, ou ainda algum tipo de alimento que pode estar malconservado, aumentando o risco de intoxicação alimentar".

Nesse sentido, durante a visita à praias ou balneários, há também o risco de que o pequeno consumo alguma quantidade de água contaminada, com a pediatra indicando que é preciso evitar justamente a ingestão e contato prolongado com qualquer área do tipo que seja considerada suspeita. 

"Durante as férias, a supervisão constante é essencial. É um período de diversão, mas os riscos aumentam pela maior liberdade nas atividades. Reforçar regras de segurança e manter um kit de primeiros socorros em casa e durante passeios pode evitar complicações", conclui a pediatra.

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TRAGÉDIA | MG

Com 38 mortes, acidente em rodovia federal é o maior desde 2007, diz PRF

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o acidente rodoviário

21/12/2024 17h30

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços. Reprodução/Corpo de Bombeiros MG

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Ainda nas primeiras horas deste sábado (21), uma batida envolvendo um ônibus e uma carreta, na rodovia BR-116, já é considerado o maior acidente rodoviário, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), já que pelo menos 38 morreram. 

Com o passar do dia, os números de vítimas fatais foram subindo, sendo inicialmente divulgado a morte de 22 pessoas, que após atualizações do Corpo de Bombeiros subiu para 38. 

Esse acidente foi registrado ainda durante a madrugada, por volta de 03h, na altura da cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. 

Segundo os bombeiros, 37 corpos já foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), sendo que uma 38ª vítima morreu no hospital. Conforme a PRF esse é o maior acidente rodoviário desde 2007.

Mensagem da presidência

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste sábado (21) o acidente rodoviário que deixou mais de 30 mortos durante a madrugada em Teófilo Otoni (MG).

Entenda

Informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), indicam que esse acidente foi causado depois que um grande bloco de granito, trasnportado pela carreta em questão, se desprendeu do veículo e bateu em um ônibus de viagem. 

Vindo no sentido contrário, com o impacto da rocha, segundo a PRF, o ônibus se incendiou e um terceiro carro, de passeio, também se chocou contra a carreta e seus três ocupantes ficaram gravemente feridos.

Nas palavras da própria PRF, esse número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

 

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