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Black Friday frustra comércio em 2023 com recuo de até 15% no faturamento

Pelo seguindo ano e-commerce registra queda no faturamento

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Período do ano mais aguardado pelo comércio brasileiro, a Black Friday frustrou as expectativas do varejo em 2023, e pela segunda vez seguida o e-commerce registrou queda no faturamento e volume de vendas na comparação anual, segundo pesquisas de consultorias com dados consolidados.

Após uma queda de cerca de 35% nas transações em 2022, neste ano o varejo amargou um novo recuo, aponta a plataforma Hora a Hora, que é da Confi.Neotrust, empresa de inteligência de dados, divulgados em parceria com a ClearSale, que atua com inteligência de dados e soluções para prevenção a riscos.

Da meia-noite até as 23h59 da sexta-feira (24), o ecommerce brasileiro registrou mais de R$ 3,4 bilhões em transações na Black Friday, com um valor por pessoa de R$ 675,36 (ticket médio). O faturamento representa um recuo de 15,1% na comparação com o valor movimentado nesse mesmo período do ano anterior. O volume de pedidos também teve queda, de 14,9%, totalizando 5,1 milhões de compras.

Já dados da consultoria NielsenIQ Ebit sobre as vendas da meia-noite às 19h da sexta (24) mostraram queda de 13% no faturamento e de 9% nos números de pedidos da Black Friday deste ano na comparação com o mesmo período de 2022.

A data mais importante para as vendas no varejo, que há anos passou à frente do Natal, foi impactada neste ano pela antecipação de compras na quinta-feira, pelas taxas de juros ainda em patamares elevados e pelo alto endividamento das famílias, segundo a NielsenIQ Ebit.

"O consumidor que tinha alguma folga orçamentária comprou antes, o restante preferiu adotar uma postura mais cautelosa diante das incertezas [macroeconômicas] mencionadas", disse o executivo responsável pela consultoria, Marcelo Osanai.

Os dados deste ano ficaram muito aquém das expectativas do mercado. A própria Neotrust fez um levantamento mostrando que 57% dos consumidores pretendiam fazer compras na Black Friday, projetando R$ 6,98 bilhões de faturamento no comércio eletrônico, crescimento de 12,6% em relação ao ano anterior.

Uma pesquisa da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), encomendada ao Instituto Datafolha, com dados mais gerais, não só ecommerce, mostrava que 49% dos brasileiros pretendiam realizar compras de produtos ou serviços na Black Friday. Em média, os consumidores planejavam gastar R$ 1.380, e o faturamento total esperado era de R$ 15,5 bilhões.

Segundo o levantamento da plataforma Neotrust , os três produtos mais vendidos na Black Friday deste ano foram eletrodomésticos (20,8%), eletrônicos (15,1%) e telefonia (11,9%). Com a onda de calor recente e expectativas de tempo quente em dezembro sob efeito do fenômero El Niño, esperava-se que o ar-condicionado pudesse ser "estrela" desta Black Friday, o que não aconteceu, segundo a pesquisa.

Com relação aos meios de pagamento mais utilizados no nas vendas online, o levantamento mostrou que o cartão de crédito liderou, com 56,5% do total das compras, seguido por Pix, com 30,3%, e boleto bancário, com 8,2%.

Na distribuição por gênero, as mulheres lideraram as compras, representando 59% de todos os consumidores. A faixa etária com idade entre 36 e 50 anos também correspondeu à maior parcela das compras (34,8%), seguida de perfis com idade entre 26 e 35 anos (33,9%). Consumidores com até 25 anos representaram 17% dos que fizeram compras durante o dia.

Além das promoções, a Black Friday também é marcada por fraudes no Brasil, mas neste ano houve queda de 56,4% nas tentativas de golpes, que se concretizadas totalizariam um valor aproximado de R$ 26,6 milhões. O ticket médio das tentativas de golpe foi de R$ 1.439,47, segundo a Neotrust.

Entre quinta e sexta-feira, as categorias mais impactadas pelas ações dos golpistas foram ferramentas (2,7%), aéreas (2,5%) e brinquedos (2%). Na sequência, setores como celulares e automotivo tiveram cada um incidência de 1,8% em tentativas de golpes.

"Observamos uma Black Friday mais tímida em comparação ao ano anterior, analisando principalmente o faturamento e o volume de pedidos, já que ambos apresentaram queda. Está claro que todos esses indicadores, consequentemente, influenciam diretamente na diminuição das tentativas de fraudes, proporcionalmente falando", diz Matheus Manssur, superintendente comercial da ClearSale.

"Apesar disso, em números absolutos, o volume de golpes continua crescendo desde a véspera da Black Friday, então é importante redobrar os cuidados e manter a vigilância durante as compras nos próximos dias", alerta.

Cotidiano

Governo Lula propõe aumento de pena para responsáveis por incêndios florestais

Proposta é que punição a quem comete esse tipo de crime passe a ser de quatro a seis anos de detenção; regra atual é de dois a quatro anos

15/10/2024 20h00

Região do Forte Coimbra, no Pantanal  em chamas

Região do Forte Coimbra, no Pantanal em chamas (Fotos: CBMMS)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15) o projeto de lei que endurece as penas para quem pratica crimes ambientais, em particular as queimadas florestais.

A proposta será apensada no Congresso Nacional a um outro projeto de lei, de autoria do senador Davi Alcolumbre (União-AP), que é favorito para assumir a presidência do Senado a partir de fevereiro.

O governo também solicita a tramitação em regime de urgência no Congresso Nacional.

A proposta aumenta para de três a seis anos de reclusão a pena pelo crime de provocar incêndio em floresta ou em demais formas de vegetação, além de multa. Essa pena, pela legislação atual, é de dois a quatro anos de detenção, mais multa.

O ministro também explicou que houve a modificação de detenção para reclusão, o que fará com que os autores de crimes ambiental já comecem a cumprir suas penas em regime fechado. De acordo com a legislação, nos casos em que se prevê pena de detenção, elas apenas são cumpridas quando a condenação é superior a oito anos.

Além disso, essa pena poderá ser aumentada em um sexto se forem comprovados alguns agravantes, como, por exemplo caso atinja unidades de conservação, seja feito em grupo, cause perigo à saúde pública ou à vida coletiva, ou tenha finalidade de obter vantagem financeira.

Atos culposos (ou seja, não intencionais), reduzem a pena para detenção de um a dois anos, com multa.

E também é considerado agravante (com aumento da punição entre um sexto e um terço) caso o fogo exponha o patrimônio de outra pessoa.

A minuta também propõe que seja igualado ao crime de incêndio florestal o ato de exploração econômica financeira de áreas da União queimadas -tática comum para grilagem de terras públicas.

O governo federal diz que parte das queimadas tem esse perfil.
Em outro ponto, o governo também propõe elevar a pena para crimes de destruir ou danificar florestas de preservação permanente, para reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Atualmente está prevista a detenção de um a três anos.

A proposta também aumenta a pena os crimes de matar e outras formas de violência contra a fauna silvestre, sem licença ou autorização competente. Atualmente, a pena é de seis meses a um ano de detenção, além de multa.

Caso seja aprovada pelo Congresso, a pena subirá para um a três anos, além de multa.
A mensagem ao Congresso Nacional foi assinada durante uma cerimônia fechada no Palácio do Planalto, com a presença do presidente e dos ministros Ricardo Lewandowski 
(Justiça e Segurança Pública) e Marina Silva (Meio Ambiente).

Durante o evento, Lula afirmou que a proposta vai mostrar que se não pode poderá mais "brincar com o crime ambiental" e que as pessoas terão que ser "punidas severamente".

"Eu acho que com bom trabalho a gente consegue fazer com que seja aprovado em regime de urgência na Câmara e depois no Senado para que a gente possa dizer de uma vez por todas às pessoas que agem como se fossem bandidos nesse país, achando que estão destruindo uma coisa dos outros, quando na verdade estão destruindo é a qualidade de vida do seu filho, do seu neto, do seu bisneto, das pessoas que virão", afirmou o presidente.

O ministro Ricardo Lewandowski afirmou que se trata de uma atualização de uma legislação que estabelece sanções penais e administrativas para condutas lesivas ao meio ambiente. Também disse que considera a lei atual defasada.

O ministro afirmou que a pena média para esses crimes varia de dois a três anos de detenção atualmente, o que facilita a prescrição dos crimes. Também permitiem a suspensão do processo ou a liberdade condicional.
Lewandowski ainda acrescenta que apenas 350 pessoas estão presas em todo o país por crimes ambientais, em um universo de 850 mil detentos.

A proposta enviada pelo governo, então, será apensada ao projeto de lei de autoria de Davi Alcolumbre. Esse texto já foi aprovado pelos senadores e agora está em tramitação na Câmara dos Deputados, tendo como relator o petista Patrus Ananiass (MG).

Por isso, após aprovada pelos deputados, a proposta terá que ser submetida novamente para votação no Senado.

 

*Informações da Folhapress 

Acerte seu relógio

Paraguai entra para o horário de Brasília e fica uma hora à frente de MS

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou um decreto nesta quarta-feira (15) para que a população aproveite melhor a luz natural; medida causa confusão na fronteira

15/10/2024 17h45

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras Reprodução/

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Enquanto os brasileiros discutem a possibilidade de retornar o horário de verão devido à crise hídrica que preocupa especialistas, no Paraguai, o presidente Santiago Peña (Partido Colorado) decretou, nesta terça-feira (15), a adoção do horário de verão de forma oficial durante todo o ano.

Buscando fortalecer o comércio no país e aproveitar melhor a luz natural para reduzir o consumo de energia elétrica, o Paraguai adotou o horário de verão em outubro deste ano. Agora, o país terá o mesmo fuso horário de Brasília durante todo o ano.

A partir de agora, com a nova lei, o Paraguai está migrando do fuso horário -4 GMT (quatro horas atrás do Meridiano de Greenwich) para o fuso -3 GMT, o mesmo adotado em Brasília, na Argentina e no Uruguai.

A mudança de horário pode desorganizar ainda mais o comércio na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, uma vez que ambos os municípios operam de forma integrada, separados apenas por uma rua.

No lado brasileiro, a discussão é semelhante. A reinstauração do horário de verão ajudaria a reduzir a conta de luz dos brasileiros, especialmente em um momento em que o país enfrenta uma severa crise hídrica devido às ondas de calor extremo e à falta de chuvas em diversas regiões.

O horário de verão no Brasil foi extinto em 2019, quando o presidente Jair Messias Bolsonaro revogou a prática por meio de um decreto. O texto justificava a medida com base em recomendações do Ministério de Minas e Energia, que indicou a pouca efetividade da prática na economia de energia.

O retorno do horário de verão será decidido a partir de amanhã (16). O tema se tornou um ponto de debate entre senadores e deputados, que argumentam a favor da reinstauração para aproveitar melhor a luz natural e também para alinhar os horários com os demais países do Mercosul.

Se o horário de verão for adotado novamente, Mato Grosso do Sul passará a compartilhar o mesmo horário do Paraguai. Caso a reinstauração do horário de verão não seja aprovada no Brasil, os horários entre os dois países funcionarão com uma hora de atraso em relação ao Paraguai.

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

 

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