Cidades

TRANSPORTE PÚBLICO

Câmara aprova aumento e Consórcio Guaicurus receberá R$ 15 milhões por ano da prefeitura

Subsídio pago pela prefeitura visa compensar gratuidades de alunos da rede municipal de Campo Grande

Continue lendo...

Com a justificativa de manter a tarifa de ônibus a R$ 5,15, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, nesta terça-feira (25), o aumento do subsídio concedido ao Consórcio Guaicurus, que saiu de R$ 12 milhões para R$ 15,6 milhões ao ano. O valor será pago como forma de compensar a gratuidade dos alunos da Rede Municipal de Ensino (REME). 

De acordo com o projeto, de autoria da prefeitura de Campo Grande, os pagamento serão repassados mensalmente para Consórcio, operador de transporte coletivo na Capital. As parcelas serão de R$ 1,3 milhão, conforme apresentação de estudo de equilíbrio.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) também terá que realizar levantamento de gastos mensalmente para comprovar a quantidade de alunos que utilizam o transporte de forma gratuita. 

O projeto tem efeito retroativo para janeiro de 2023 e será válido também para o exercício de 2024, ou seja, em dois anos, a prefeitura irá repassar ao Consórcio cerca de R$ 31,2 milhões, se o valor do subsídio se mantiver em R$ 15,6 ao ano. 

A lei ainda garante que o dinheiro deve ser usado exclusivamente para manter o equilíbrio do conglomerado de empresas do transporte público, sendo que também é previsto que o valor seja usado no mês subsequente. Ou seja, no caso da quantia não ser usada de forma integral em um mês, ele poderá passar para o seguinte como forma de compensar algum déficit, fazendo com que o valor seja maior que o fixado pela lei.

Ainda ficou aprovado que o governo de Mato Grosso do Sul também irá repassar valores para a prefeitura, os quais serão usados para subsidiar a gratuidade dos alunos da Rede Estadual de Ensino (REE) que também utilizam o transporte público de forma gratuita para irem e virem da escola. 

As despesas com a amortização das passagens dos alunos tanto da rede municipal quanto da estadual para 2024 deverão ser levadas em conta na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) daquele ano. 

Ainda durante a sessão parlamentar foram aprovadas duas emendas, que foram propostas e assinadas pela própria prefeita, Adriane Lopes.

A primeira, garante que recursos repassados pela União possam ser usados para amortizar a gratuidade concedida às pessoas idosas. Apenas ano passado, a Capital recebeu R$ 14,7 milhões do Ministério do Desenvolvimento Regional. 

Na segunda emenda, é garantido que os valores também sejam usados para subsidiar a gratuidade de alunos de instituições federais, como da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e também do Instituto Federal de MS. Outra gratuidade que poderá ser recompensada pelo valor repassado é a de pessoas com deficiência e seus acompanhantes.

Assine o Correio do Estado

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

Continue Lendo...

Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

Assine o Correio do Estado

BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

Continue Lendo...

A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).