Mulher lutou contra o lúpus por 17 anos, doença inflamatória autoimune que afetou gravemente sua função renal
Flávia Regina Escobar Braga renasceu aos 45 anos.
Ela lutou contra o lúpus por 17 anos, doença inflamatória autoimune que afetou gravemente sua função renal.
Foi diagnosticada com a doença em 2007. É natural de Caracol, município localizado a 390 quilômetros de Campo Grande. Ao longo de 17 anos, teve que vir para a Capital diversas vezes para realizar consultas, exames e partes do tratamento.
Em 2023, começou a hemodiálise, passando, posteriormente, para a diálise peritoneal, o que permitiu que conseguisse manter boa parte de sua rotina.
Durante as consultas, sempre foi alertada que o transplante renal poderia ser necessário no futuro.
Em 24 de fevereiro, quatro dias antes de seu aniversário, recebeu a confirmação de que havia um doador que poderia doar o órgão a ela.
“O doutor me ligou e disse que havia um doador e, apesar de eu não ser a primeira da fila, a ansiedade tomou conta, mas ao chegar no hospital, tive a confirmação de que o rim era meu. Eu chorei, meu marido chorou, agradeci a Deus, e o tempo todo pensava na família que concordou em doar os órgãos do seu filho amado”, disse, emocionada.
Em 25 de fevereiro, realizou o transplante. Em 28 de fevereiro, data de seu aniversário, festejou no hospital, com direito a bolo, festinha e parabéns.
A comemoração foi em dose dupla: por um rim novo e mais um ano de vida. O momento não foi apenas uma celebração pelo seu aniversário, mas também do seu renascimento.
Para fechar com chave de ouro, ela ainda tocou o “sino da vitória” no hospital.
"Foi lindo, muito emocionante. Eu percebi que a parte mais difícil estava acabando. Naquela hora pensei na família do doador, na equipe do Hospital Unimed que se propôs a oferecer um momento lindo para alguém que mal conheciam, se dedicando tanto para me dar essa chance, comprometidos com o bem-estar do próximo, e no amor de Deus. Foi impressionante", contou.
Na semana passada, Flávia recebeu alta hospitalar. Para quem ainda aguarda na fila de transplante, ela compartilha uma mensagem de esperança: "Recomendo não desistir, não desanimar. Continuem com suas rotinas, sejam otimistas, creiam na bondade do ser humano e na benevolência divina", disse.
Ação alusiva ao Dia Mundial do Rim ocorre nesta quinta-feira (13), das 8h às 16h, na Praça Ary Coelho, localizada no quadrilátero da Afonso Pena x 14 de Julho x 13 de maio x 15 de novembro, Centro, em Campo Grande.
Serão oferecidos diversos tipos de atendimentos gratuitos à população. Confira:
- Testes de glicemia;
- aferição de pressão arterial;
- avaliação do índice de massa corpórea (IMC);
- teste de retinopatia para hipertensos e diabéticos;
- teste de creatinina, que ajuda a identificar o funcionamento dos rins.
A realização é da Associação Beneficente dos Renais Crônicos de Mato Grosso do Sul (Abrec/MS), em parceria com a Sociedade Brasileira de Nefrologia.
O Dia Mundial do Rim é comemorado anualmente em 13 de março. A data é uma campanha da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) para conscientizar sobre a prevenção de doenças renais.