Duas ondas de frio dão resultado e Campo Grande fecha o mês de agosto com precipitação acima da média, ao registrar 41,8 mm, 10,4mm a mais do que a média histórica na Capital, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec).
Ainda, nos números vistos no oitavo mês, somente no dia 09, choveu 33,2 mm, o que já passaria a média histórica, que é de 31,4mm. Em 2023, a precipitação em agosto foi de 66 mm, 58% a mais do que o registrado neste ano.
Mesmo assim, a informação do Climatempo, é que a estiagem severa, ou seja, a seca deve atingir todo o começo de setembro. Do dia 02, segunda-feira, até dia 19, uma onda de calor deve impactar todo o estado pantaneiro.
Ela atinge inicialmente a região norte, que terá temperaturas até 2,5ºC acima da média. Na terça-feira, se espalha para as demais regiões. O oeste de Mato Grosso do Sul terá temperaturas 5ºC acima da média nesta data. A partir de quarta-feira (4), o calorão intensifica em todas as regiões do Estado.
Além das altas temperaturas, o período tende a ser seco nas regiões atingidas pela massa de ar quente. Para Mato Grosso do Sul, são esperados valores emergenciais, e a umidade do ar pode ficar abaixo dos 12%.
"Com a condição de tempo seco e a atmosfera 'parada', a concentração de poluentes também aumenta e a qualidade do ar deve ficar bem prejudicada no decorrer dos próximos dias", alerta o Clima Tempo.
Corumbá e Miranda
Duas das cidades mais afetadas pelas queimadas do Pantanal, Corumbá e Miranda também fecharam o mês de agosto com precipitações acima da média histórica. Ao começar por Corumbá, o município pantaneiro registrou 52,8 mm de chuva no oitavo mês do ano, cerca de 26,7 mm acima da média histórica (25,9 mm). No ano passado, durante o mesmo período, choveu somente 13,2 mm.
Em Miranda, a população avistou chuva em agosto de 36,6 mm, pouco acima da média histórica no mês, que é de 35,4 mm. Em 2023, os mirandenses viveram uma precipitação abaixo do registrado em 2024, com 26 mm.
Porém, mesmo com esses números animadores, o fogo não deu trégua e continua ativo no Pantanal. Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ), somente em agosto, 684,5 mil hectares foram queimados no bioma sul-mato-grossense, segundo pior mês do ano
Ao todo, em 2024, 1,9 milhões de hectares já foram destruídos, equivalente a 19,6% da área total do Pantanal.
*Colaborou Alanis Netto