Cordão da Valu, em 8 anos, proporcionou encontros e reencontros (Fotos: Álvaro Rezende)
Se engana quem pensa que Carnaval é só festa e curtição. Para muitos foliões e entusiastas da data, o Carnaval é época de reunir amigos e celebrar ao lado das pessoas mais importantes.
Dando uma volta pelo Cordão Valu, que animou os campo-grandenses nesses dias de alegria e música, é fácil encontrar histórias de quem já viveu e pulou muitos carnavais.
Eduardo e André Marjorie, Alinges e Carolina
Chamando atenção por causa da fantasia criativa de Blue Men, o casal Eduardo Espíndola, professor de 24 anos, e o terapeuta ocupacional André Luís Moura, 30, são só um exemplo das histórias que começam em meio a música e ao papel picado.
Os dois se conheceram no Cordão Valu, em 2011, e desde então estão juntos e frequentam a festa, sempre fantasiados.
Já os recém-casados Edson Pompeo, 39, e Ana Paula Amorim, 39, viviam a expectativa do primeiro Carnaval juntos. “A gente sempre amou o Carnaval, mas é a primeira vez que vamos passar juntos. Nós nos casamos há quatro meses”, contou. O casal vestia fantasias do Chapolin Colorado. “É um personagem que gostamos.”
O advogado Mário Cesar Fonseca da Silva foi à festa vestido de Hugo Chávez. Ele se orgulha dos inúmeros carnavais vividos. “Já aconteceu muita coisa. Amizades que ficaram para sempre, amores passageiros, tem de tudo”, afirma. “Carnaval é isso mesmo, você conhece muita gente”.
Advogado Mário César
Amizade
Quem veio de fora se surpreendeu pela animação dos campo-grandenses.
De Olinda, Pernambuco, a estudante Larissa Santos, 25 anos, diz que a festa de Campo Grande tem potencial. “Claro que em Olinda é melhor, lá o Carnaval começa em dezembro”, adianta. “Mas aqui o pessoal está muito animado, eu não esperava, tem bastante gente”.
Larissa resolveu dar chance ao Carnaval de Campo Grande pela insistência dos amigos.
As amigas e estudantes de Nutrição Marjorie, 19, Allinges, 21, e Carolina, 20, são mais um caso em que a parceria entre amigos faz toda a diferença.
Marjorie arrastou as duas amigas para a festa. “Elas não gostam tanto, mas é muito bom, não tem briga, todo mundo feliz, eu fiz elas virem comigo”, conta.
Os grupos de amigos são maioria nas ruas. Quem gosta, arrasta os amigos mais exigentes, que acabam se rendendo. “Está legal, estou gostando, na verdade”, confessa Carolina, que antes dizia odiar lugares cheios e muvuca.