Cidades

Morte

Chefe do tráfico é executado à luz do dia no Nhanhá; veja o vídeo

Elpídio da Silva Santos, de 35 anos, foi alvejado por disparos de arma 9 milímetros e morreu no local

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Apontado como um dos chefes do tráfico de drogas na Vila Nhanhá, Elpídio da Silva Santos, de 35 anos, foi executado à luz do dia neste domingo (30), em Campo Grande.

Informações policiais apontam que o crime ocorreu  por volta das 14h30, na Rua Floriano Paula Corrêa, esquina com a Travessa das Oficinas, onde um homem encapuzado teria descido de um gol G3 prata e efetuado ao menos 14 disparos, que atingiram o rosto e o tórax de Elpídio.

Sentado próximo a um comércio da região, Elpídio tomava cerveja no momento do fato e, conforme os moradores, ele tentou correr para dentro de sua casa, entretanto não conseguiu sobreviver aos disparos, feitos com uma arma de calibre 9 milímetros, e morreu no local.

Imagens divulgadas do circuito interno da Rua Floriano, mostram o momento em que o homem desce, dispara contra "Dinho" e corre atrás da vítima para concluir a execução, deixando uma pessoa ferida nessa ação, já que é possível visualizar uma mulher sair "mancando" após os disparos. Confira o vídeo: 

De acordo com o tenente da Polícia Militar Carlos Roa, o crime pode ser uma espécie de “acerto de contas” entre os traficantes, visto que no fim de janeiro último, outro homem foi morto da mesma forma, no mesmo local e, conforme o oficial, teria ligação com Elpídio.

“É uma arma bastante utilizada aí por pistoleiros, né? Pessoas ligadas ao mundo do crime de execução.”, frisou o tenente. Diante do ocorrido, uma equipe do Pax foi acionada.

No último dia 22, Kennyd Anderson José Antunes de Oliveira, de 21 anos, foi morto a tiros na mesma esquina.  Informações iniciais apontaram que a vítima foi abordada por dois homens que estavam em uma motocicleta, e efetuaram disparos após uma rápida discussão. Conforme apurado pelo Correio do Estado, Kennyd seria funcionário de Elpídio, morto neste domingo. 

Na ocasião, o jovem chegou a ser socorrido por pessoas que moravam nas redondezas e que ouviram tanto a discussão quanto os disparos. No entanto, não resistiu e morreu no local. A morte foi constatada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Kennyd respondia em regime aberto pelo envolvimento no assassinato de Carlos André Isídio Acosta, de 21 anos, em abril de 2022.

Na ocasião, ele e um adolescente de 16 anos foram, em uma motocicleta, até a residência da vítima. Foi o adolescente, que estava na garupa, quem efetuou os disparos, motivados por desavenças. A mãe de Carlos presenciou a execução do filho.

Outros problemas 

Na última semana, uma operação conjunta da polícia apreendeu 68 trouxinhas de cocaína e 13 porções de maconha, além de prender sete pessoas em flagrante, ação que culminou na morte de Leonardo Diego Fagundes Lourenço.

Por lá, os moradores estão descrentes de que as forças policiais vão estancar os problemas vivenciados diariamente por quem vive na região, sobretudo daqueles que moram no quadrilátero entre as ruas do Aquário e Bom Sucesso e as avenidas Ernesto Geisel e das Bandeiras.

Área comum de usuários de drogas, o espaço é considerado a cracolândia de Campo Grande, sendo o principal alvo da Operação Dual, realizada na quinta-feira pela Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar). 

Quem vive por lá declarou à reportagem do Correio do Estado que, por maior que seja a boa vontade dos policiais, todas as ações realizadas pelas forças de segurança se tornam paliativas, diante do grande número de usuários de drogas que transitam e usam ilícitos à luz do dia, a poucos metros de crianças e vizinhos.

Morador do bairro há pelo menos 20 anos e atento ao movimento das ruas, um comerciante que preferiu não se identificar disse que tudo que já vem ocorrendo “se repetirá o mais breve possível”, disse um morador. 

“Não vai mudar nada. Moro aqui há tanto tempo e nunca tive problema com ninguém, apesar de todos os usuários que vivem por aqui. Querem saber se resolveu? Venham aqui à noite”, declarou o comerciante. Além dele, outros moradores declararam que a ação policial ainda não teve resultados práticos.

A Operação Dual contou com o apoio de policiais do Delegacia de Repressão de Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) e das unidades subordinadas ao Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), ao Comando de Policiamento Especializado (CPE) e à Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo (CGPA), as quais fiscalizam locais considerados críticos.

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CAMPO GRANDE

Motociclista perde controle ao conversar no trânsito, colide em poste e morre

Eládio Silva, de 26 anos, virou a cabeça para trás para conversar com o motociclista que estava do seu lado, quando perdeu o controle da direção

03/06/2025 08h15

Chovia no momento do acidente e pista estava molhada

Chovia no momento do acidente e pista estava molhada DIVULGAÇÃO

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Motociclista, Eládio Junior da Silva Amarilha, de 26 anos, morreu em acidente de trânsito na noite desta segunda-feira (2), na avenida José Barbosa Rodrigues, bairro Zé Pereira, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, Eládio trafegava em uma Honda CG Fan pela avenida, virou a cabeça para trás para conversar com o motociclista que estava do seu lado, quando se desequilibrou, perdeu o controle da direção, colidiu contra o meio-fio e foi arremessado contra um poste de energia.

O impacto foi tão forte que o capacete saiu da cabeça dele. Ele teve afundamento de crânio e fratura exposta na perna direita.

Chovia no momento do acidente e pista estava molhada e escorregadia. 

Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) foi acionado e tentou reanimar o rapaz por alguns minutos, mas, ele não resistiu e morreu ainda no local do acidente.

Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e funerária também estiveram no local para realizar os procedimentos de praxe.

O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

NÚMEROS

Dados divulgados pela Agência de Transporte e Trânsito (Agetran) apontam que 25 pessoas morreram em acidentes de trânsito, entre 1º de janeiro e 3 de junho, em Campo Grande.

Das mortes, 3 ocorreram em janeiro, 5 em fevereiro, 5 em março, 3 em abril, 8 em maio e 1 em junho. Desse número, 1 é pedestre, 1 é condutor e 23 são motociclistas. 

Segundo dados da Agetran, 187 pessoas se feriram em colisões entre janeiro e maio, número superior ao do ano passado, quando 169 se feriram em acidentes de trânsito no mesmo período.

De janeiro a abril deste ano, foram registrados 4.016 acidentes de trânsito, e 35% deles envolveram motociclistas (1.436).

Chovia no momento do acidente e pista estava molhadaAcidentes em maio de 2025

Alerta

Lei Seca cai no "esquecimento" e mortes no trânsito voltam a aumentar no Estado

Levantamento mostra que 234 óbitos em acidentes registrados em 2023 em MS têm relação com a ingestão de álcool

03/06/2025 08h00

Lei Seca, de 2008, determinou que beber qualquer quantidade de álcool e dirigir é considerado uma infração de trânsito gravíssima

Lei Seca, de 2008, determinou que beber qualquer quantidade de álcool e dirigir é considerado uma infração de trânsito gravíssima Gerson Oliveira / Arquivo / Correio do Estado

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Levantamento feito pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), a pedido do Correio do Estado, mostrou que, no último ano de pesquisa, a taxa de mortes no trânsito em Mato Grosso do Sul com envolvimento com a ingestão de álcool foi a maior em 10 anos, o que significa que algumas pessoas “se esqueceram” da Lei Seca e continuam conduzindo sob o efeito de bebidas alcoólicas.

De acordo o com os dados da pesquisa do Cisa, Mato Grosso do Sul registrou no último ano da pesquisa, em 2023, taxa de 8,5 mortes por acidente de trânsito com relação ao uso de álcool por 100 mil habitantes.

Em números absolutos, ainda segundo a pesquisa, em 2023, foram registradas 234 mortes em acidente de trânsito por uso de álcool em Mato Grosso do Sul. No ano anterior haviam sido 221 óbitos nestas condições.

O aumento, como mostram os números do Cisa, ocorreram gradualmente, ano a ano, a partir de 2019. Após um pico de 10,6 mortes por 100 mil habitantes em 2014, a taxa foi caindo e chegou a 7 em 2018, porém, no ano seguinte, houve das mortes relacionados ao álcool no trânsito do Estado.

A pesquisa traz dados desde 2010, quando a taxa deste tipo de morte eram de 10,5 por 100 mil habitantes. No ano seguinte, em 2011, ocorreu o recorde do período de 13 anos levantados, com taxa de 11,4. Isso mostra que, apesar da nova alta, o Estado ainda não chegou ao patamar da década passada.

Em comparação a 2010, os dados registrados em Mato Grosso do Sul em 2023 mostram uma queda de 19%.
Outro ponto apontado pelo levantamento é que, pelo menos desde 2010, Mato Grosso do Sul sempre esteve acima da taxa nacional de mortes no trânsito com relação ao uso de bebida alcoólicas. 

Neste período, o maior número da média nacional foi registrado justamente em 2010, com 7,49 óbitos a cada 100 mil habitantes. Desde então, esse número só vem caindo, com pequena elevação entre 2019 e 2022. Em 2023, houve uma pequena redução.

Lei Seca, de 2008, determinou que beber qualquer quantidade de álcool e dirigir é considerado uma infração de trânsito gravíssima

CULPADOS SOBREVIVEM

Para o comandante do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran), tenente-coronel Carlos Augusto Pereira Regalo, pela experiência em atendimentos a acidentes de trânsito, o consumo de bebidas alcoólicas não necessariamente tem relação com as vítimas que vão a óbito, mas, sim, com o motorista causador das colisões, já que grande parte das mortes no trânsito, principalmente em Campo Grande, é de motociclistas, que dificilmente fazem a combinação de álcool e direção.

“Acontece bastante, motoristas que causaram mortes por terem consumido bebidas alcoólicas. Até porque, quando a vítima morre ou é socorrida para alguma unidade hospitalar, a gente não consegue fazer o teste de bafômetro”, explicou Regalo.

“Nossa principal preocupação hoje é com relação aos motociclistas, que representam 90% das mortes no trânsito e são casos raros de motoristas que têm costume de fazer uso de bebidas alcoólicas e conduzir motos, esse perfil tem mais relação com motoristas de veículos de quatro rodas. Esse público, sim, costuma ser o causador de acidentes pela relação com a bebida, mas dificilmente eles vêm a óbito. Porém, eles podem ser os causadores da morte de outros condutores”, completou o comandante ao Correio do Estado.

Segundo Regalo, o principal motivo que ainda leva os condutores a beber e dirigir é o fato de que muitos ainda acreditam que a bebida, quando consumida em pequena quantidade, não afeta a segurança no trânsito.
“Ainda é uma questão cultural, porque muitos acreditam que, embora tenham feito consumo de álcool, isso não tem perigo no trânsito, acreditam que tomar uma ou duas latinhas de cerveja não faz efeito, mas há pesquisas que mostram que um copo já causa redução nos reflexos dos motoristas, por isso a tolerância é zero com bebida”, afirmou o tenente-coronel.

Conforme o comandante do policiamento de trânsito da PM em Campo Grande, eles fazem blitze, pelo menos, quatro vezes por semana. Nessas fiscalizações, cerca de 10% dos condutores abordados fizeram uso de bebidas alcoólicas.

“Nós abordamos cerca de 500 veículos nessas blitze e podemos colocar que ao menos 10% desses condutores estão alcoolizados. O que eles têm como justificativa é que não veem isso como uma atitude reprovável”, contou Regalo.

LEI SECA

A Lei Federal nº 11.705/2008, mais conhecida como Lei Seca ou como Lei da Tolerância Zero, é uma medida que alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), tornando mais rígida suas punições sobre os condutores de veículo automotor que fazem uso de bebidas alcoólicas e dirigem. 

Dirigir sob influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa é considerado uma infração gravíssima, e a multa para quem é flagrado dirigindo sob influência de álcool pode chegar a R$ 2.934,70. Além da multa, o condutor pode ter sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por um período de 12 meses.

Recusar realizar o teste do bafômetro também é uma infração e o condutor enfrenta as mesmas penalidades de quem é flagrado dirigindo sob influência de álcool.

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