Cidades

Caso Marielle Franco

Chiquinho Brazão deixa presídio em Campo Grande para cumprir prisão domiciliar no RJ

Com a autorização, para retornar ao Rio de Janeiro, concedida pelo STF, o parlamentar colocou tornozeleira eletrônica neste sábado (12), acompanhado por agentes federais

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Após passar 385 dias na Penitenciária Federal de Campo Grande, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido) colocou tornozeleira eletrônica, na tarde deste sábado (12), para cumprir prisão domiciliar no Rio de Janeiro (RJ).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou nesta sexta-feira (11) que o parlamentar cumpra a pena em casa, devido ao seu quadro de saúde.

A decisão do STF de conceder a prisão domiciliar ocorre em razão das condições clínicas de Chiquinho Brazão, que sofre de doença cardíaca, diabetes, hipertensão, insuficiência renal e episódios de angina.

Ainda que tenha obtido liberação para cumprir a pena em regime domiciliar, o ministro Alexandre de Moraes impôs algumas restrições:

  • Acessar redes sociais;
  • Falar com a imprensa;
  • Receber visitas que não sejam da família ou de advogados;
  • Manter comunicação com investigados no caso Marielle.

Segundo apurado pela Veja junto ao advogado do parlamentar, Cléber Lopes, a família de Brazão está hospedada em um hotel na Capital sul-mato-grossense. 

O defensor do parlamentar confirmou também que a previsão de retorno será neste domingo (13) para a residência do parlamentar no Rio de Janeiro. 

Caso Marielle Franco

O deputado chegou no final da manhã de 27 de março de 2024 a Campo Grande, onde ficou preso no presídio federal da Capital, em uma cela de 7 m².


Ele é acusado de ter sido um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O parlamentar foi preso no dia 24 de março de 2024, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre o crime.

Além dele, seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também foram presos.

Acusações


Após as delações de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz (que dirigiu o veículo que levou o atirador), a Polícia Federal concluiu que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão contrataram o ex-policial militar Ronnie Lessa para executar a vereadora Marielle Franco, em 2018. O motorista dela, Anderson Gomes, também foi morto.

Para a PF, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que tem ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.

Segundo a PF, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, “planejou meticulosamente” o crime.

Conforme o relatório, as tratativas ocorreram de forma clandestina e em breves encontros, em locais desertos.

A primeira reunião ocorreu em 2017, quando, segundo a PF, os irmãos Brazão contrataram Edmilson Macalé, um miliciano que atua na Zona Oeste do Rio. Foi ele quem convidou Ronnie Lessa para participar do crime.(Com agências)

** Colaborou Daiany Albuquerque

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OPERAÇÃO FICTA PERSONA

Polícia desmantela grupo de mulheres que aplicavam golpe em lojas da capital

Associação criminosa apresentava documentos falsos para se apropriar de semijoias e lingeries, o que levaram as vítimas a um prejuízo de R$ 320 mil

16/04/2025 12h30

Operação Ficta Persona desmantelou grupo criminoso que praticava estelionato na capital

Operação Ficta Persona desmantelou grupo criminoso que praticava estelionato na capital Foto: Montagem

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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deflagrou, na manhã desta quarta-feira (16), a Operação Ficto Persona, que resultou na “ruína” de um grupo criminoso formado por mulheres que apresentavam documentos falsos para adquirir semijoias e lingeries em lojas da capital.

As investigações começaram há quatro meses, quando as vítimas do golpe procuravam a Polícia para relatar os crimes sofridos. Segundo testemunha das próprias, as mulheres se apresentavam como vendedoras de consignados, ou seja, recebiam mercadorias de um fornecedor para comercializar.

Com isso, elas se apropriavam de diversos produtos, entre elas semijoias e lingeries. Diante dos fatos, a investigação constatou que tratava-se de uma associação criminosa especializada, já que tinham uma maneira singular de agir. Ao todo, foram identificadas seis suspeitas de participação no esquema, além de outros indivíduos que agiam “por fora”.

No dia 13 de março, uma das suspeitas foi presa em flagrante tentando aplicar o estelionato em uma loja de Campo Grande. Ao ser pega, a mulher confessou ter utilizado três documentos falsos em outras situações.

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências das envolvidas, visando achar mais elementos que comprovem ainda mais os crimes cometidos. Até o momento, a ação criminosa levou um prejuízo de R$ 320 mil para as oito lojistas que sofreram com o golpe.

Nome da Operação

Originária do latim, “Ficta Persona” significa “pessoa fictícia” ou “identidade simulada”. A expressão remete à ideia de uma pessoa construída artificialmente, mediante a utilização de documentos falseados, visando induzir as vítimas ao erro, que, acreditando nas informações repassadas, entregavam as mercadorias as suspeitas.

Outro golpe recente

Em Nioaque, um homem, sem identificação confirmada, fingiu ser um juiz e aplicou golpe de R$ 2,2 mil em motorista de 43 anos, também sem ter seu nome revelado.

Segundo consta no boletim de ocorrência, a vítima recebeu uma ligação de uma moça chamada Solange, da Secretaria de Educação do Município de Nioaque, dizendo que entraram em contato com ela para indicação de um motorista que poderia fazer o serviço para um juiz que chegaria na cidade.

O rapaz se interessou e recebeu outra ligação, desta vez de um número desconhecido e com DDD de Minas Gerais (38). A pessoa por trás deste número afirmou ser o Doutor Marco Antônio e que pagaria a diária de R$ 500 pelo serviço de motorista prestado.

Diante da aceita da vítima, foi solicitado que fosse enviado, via WhatsApp, foto da sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), foto de documentos do seu carro e dados bancários.

Porém, posteriormente, recebeu uma nova ligação do mesmo homem que dizia ser o juiz que chegaria à cidade, do qual o homem fez um pedido à vítima. Ele solicitou que o homem fizesse um PIX para ele, a fim de pagar a equipe de segurança, alegando que seu limite de Transferência Eletrônica Digital (TED) já tinha excedido.

Ao todo, a vítima fez três pagamentos instantâneos ao golpista (R$ 980,00; R$900,00  e R$300,00), todas elas para o CPF de Juliano O. Santos. Ainda, na quarta solicitação, essa que seria de R$ 890,00, foi avisado por uma amiga que este caso poderia se tratar de um golpe.

Após ser alertado pela colega, ligou novamente para o suposto juiz, pedindo a localização do golpista. Porém, a chamada foi prontamente cancelada e todas as mensagens foram apagadas.

A vítima ainda tentou pedir estorno no Banco do Brasil, mas foi informado que não teria como fazer essa transação. No total, o prejuízo do homem foi de R$ 2.180,00.

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serviço público

Lucro da Sanesul é 74% menor que o da Águas Guariroba

Estatal fechou 2024 com lucro líquido de R$ 90,6 milhões, o que é 31% maior que em 2023, mas menor que os R$ 96,9 milhões de 2021

16/04/2025 12h10

Uma das explicações para a diferença no lucro é que as tarifas da estatal são 57,7% menores que as praticadas em Campo Grande

Uma das explicações para a diferença no lucro é que as tarifas da estatal são 57,7% menores que as praticadas em Campo Grande

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Balanço anual divulgado nesta quarta-feira (16) mostra que o lucro líquido da Sanesul aumentou 31% no ano passado na comparação com o ano anterior, passando de R$ 69,1 milhões para R$ 90,5 milhões. Porém, é 74,2% menor que os R$ 350,7 milhões obtidos pela Águas Guariroba em Campo Grande no ano passado. 

Os dados da Sanesul mostram nos últimos quatro anos a empresa está literalmente patinando, Em 2021, primeiro ano da Parceria Público Privada (PPP) para conseguir investimentos na coleta e tratamento de esgoto, o lucro líquido foi de R$ 96,4 milhões. 

Quatro anos depois e com inflação acumulada da ordem de 25%, o lucro nominal da estatal que atende 68 cidades e 63 distritos do interior do Estado, é menor que naquele ano. Se a comparação com 2019, a situação é parecida. Naquele ano o lucro foi de R$ 83 milhões. De lá para cá aumento 9%, sendo a inflação é de 39%.

Para efeito de comparação, em 2021 a Águas Guariroba, que atua somente em Campo Grande, fechou com lucro líquido de R$ 227,1 milhões. De lá para cá o lucro cresceu 54,4%, chegando aos R$ 350,7 milhões em 2024. 

MOTIVOS

Uma das explicações para a diferença no lucro entre as duas empresas so mesmo setor é o montante gasto com a folha de pagamento.  Enquanto que a Águas Guariroba informa ter desembolsado R$ 44,1 milhões no ano passado, a Sanesul mostrou em seu balanço que os 1.334 colaboradores exigiram desembolso de R$ 128 milhões no ano passado.

Mas, a principal explicação para esta discrepância nos lucros é a diferença nas tarifas, que em Campo Grande são quase 60% maiores que nos municípios atendidos pela Sanesul. 

No interior do Estado, onde a Sanesul atua, uma família que consome até dez mil litros de água por mês paga R$ 5,54 por metro cúbico de água e R$ 2,74 por metro cúbico de esgoto, caso haja coleta e tratamento. Isso equivale a uma conta de R$ 82,80 por mês.

Em Campo Grande, para esta mesma faixa de consumo, o metro cúbico de água (mil litros) está tabelado em R$ 7,68 e a tarifa de esgoto, em R$ 5,38. No fim do mês a conta chega a R$ 130,60. Ou seja, os consumidores de Campo Grande pagam 57,7%  a mais que no interior. 

Uma terceira explicação para o fato de os lucros da estatal andarem para trás, levando em consideração a inflação, são os altos valores desembolsados para pagamento de juros relativos a financiamentos. Somente no ano passado foram R$ 36 milhões, de acordo com os dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.

EMPRÉSTIMOS

Mesmo assim, a estatal está disposta a aumentar seu endividamento em mais de meio bilhão de reais. De acordo com o balanço anual. “No ano de 2024, 6 cartas consultas foram cadastradas, totalizando R$ 264,7 em 10 municípios e 8 distritos. Sendo 4 cartas consultas referentes a financiamentos pelo BNDES e FCO (R$ 141,1 milhoões) e 2 como recurso não oneroso pela ITAIPU e FOCEM (R$ 123,6 milhões)”, diz o texto. 

Além disso, “por modalidade, há 4 cartas consultas no valor total de R$ 154,1 milhões para sistema de abastecimento de água, e 2 cartas consultas para esgotamento sanitário no valor total de R$ 110,6 milhões”. Somando os valores, os prováveis empréstimos chegam a quase R$ 530 milhões.

No ano passado, coforme o balanço, a Sanesul fez investimentos de R$ 202 milhões, sendo a maior parte, de R$ 121 milhões, em redes de coleta e estações de tratamento de esgoto, apesar de haver uma Parceria Público Privada que foi contratada para acelerar os investimentos em redes de esgoto.  

Embora ainda esteja longe de atingir a meta de 90% de cobertura na coleta e tratamento de esgoto, no ano passado a Sanesul faturou R$ 180,8 milhões com as tarifas de esgoto, o que representou incremento de 17,70% na comparação com 2023. 

Segundo a estatal, foram 765 quilômetros de novas redes coletoras em 2024, chegando 6,43 mil quilômetros no total. Cerca de 57 novos imóveis foram atendidos, chegando a mais de 357 mil imóveis  que podem estar conectados.
 

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