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PEQUENO GRANDE PERIGO

Clima quente e úmido atual é perfeito para escorpiões; veja dicas de como se previnir

Época do verão é propícia para acidentes com animais peçonhentos, e todo cuidado é pouco dentro e fora de casa

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Acidentes com animais peçonhentos, entre os meses de dezembro e março, aumentam cerca de 40% no período que coincide com o verão brasileiro, onde os dias são mais quentes e úmidos tornando o ambiente perfeito para um dos principais dessa lista de perigos, o escorpião. 

Como destaca a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), esse clima tropical quente e chuvoso correspondente ao verão - estação com início em 21 de dezembro e término em 20 de março -, favorece tanto a ocorrência, o desalojamento e, em consequência, os acidentes com diversas espécies da chamada "fauna sinantrópica". 

Como bem destaca a secretaria, todo e qualquer lugar pode se tornar um potencial esconderijo para os escorpiões, o mais "famoso" desses peçonhentos nesta época do ano. 

"Costumam se alojar no esgoto e encanamentos, mas também podem ser encontrados em frestas e rachaduras em paredes e pisos, caixas de passagem elétrica e pluviais, e entulhos e materiais inservíveis acumulados nos imóveis", expõe a pasta municipal. 

Com isso, algumas medidas simples são recomendadas para evitar um encontro inesperado com essa espécie, como fechar ralos e pias quando não estão em uso. 

Também a vedação de frestas e rachaduras é importante, além de utilizar o devidos equipamentos que protejam as extremidades do corpo, como botas e luvas, ao manusear o lixo. 

Como lidar com escorpiões

Importante frisar que qualquer vítima de acidente com esse animal, ou qualquer outro peçonhento, deve procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível.

Também, a Sesau pede que caso o animal seja encontrado em casa, sempre que possível, deve-se isolar o bicho em um porte e ligar para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). 

Através dos telefones 3313-5000 ou 2020-1796, eles, por sua vez, vão identificar a espécie e passar as orientações de manejo.  

Ainda que algumas populações estejam mais vulneráveis à esse tipo de acidente, como trabalhadores da construção civil, crianças e pessoas que permanecem maiores períodos dentro de casa ou nos arredores e quintais, é preciso estar sempre atento. 

Ainda, a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) - do Ministério da Saúde -, lista outros grupos igualmente expostos à esse tipo de acidente. 

No perímetro urbano, está sujeito ao acidente trabalhadores de madeireiras, transportadoras e distribuidoras de hortifrutigranjeiros, por manusearem objetos e alimentos onde os escorpiões podem estar alojados.

Em seu portal, o Ministério da Saúde lista uma série de cartilhas com informações sobre animais peçonhentos, em caso de acidentes com abelhas; aranhas; lagartas; por águas-vivas e caravelas, além dos escorpiões. 

Também, no site do Ministério da Saúde, há um documento com a relação de hospitais de referência para atendimento em Mato Grosso do Sul. 

Proteja-se de escorpiões

Certos hábitos podem contribuir para afastar escorpiões e demais animais que se beneficiam do calor e umidades, como: 

  • Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades;
  • Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e as) junto a paredes e muros das construções. Manter a grama aparada;
  • Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, numa faixa mínima de um a dois metros das casas;
  • Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo;
  • Não por as mãos em buracos sob pedras e em troncos podres. É comum a presença de escorpiões sob dormentes da linha férrea;
  • Usar calçados e luvas de raspas de couro;
  • Vedar soleiras das portas e janelas ao escurecer, pois muitos destes animais apresentam hábitos noturnos;
  • Usar telas em ralos de chão, pias e tanques;
  • Combater a proliferação de insetos, alimento principal dos escorpiões;
  • Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vão entre o forro e paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas e telas nas janelas;
  • Afastar as camas e berços das paredes, evitar que roupas de cama e mosquiteiros se encostem ao chão. Não pendurar roupas nas paredes;
  • Examinar camisas, blusas e calças antes de vestir. Inspecionar sapatos e tênis antes de usá-los;
  • Acondicionar lixo domiciliar em recipientes que possam ser mantidos fechados para evitar baratas, moscas ou outros insetos de que se alimentam os escorpiões;
  • Preservar os inimigos naturais: aves de hábitos noturnos - coruja, joão-bobo, lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos, quatis, etc. (na zona rural).

Acidentes com escorpiões em MS

Até o nono mês deste ano, Mato Grosso do Sul já batia a maior média, em 11 anos, de acidentes com animais peçonhentos, como apontou o Correio do Estado.   

Conforme números do Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox), com a média de 270,11 casos mensais, até setembro o Estado já atingia cerca de 2.430,99 acidentes em 2022. 

Vale ressaltar que, em análise dos números, há um crescimento ano a ano no registro de acidentes com humanos envolvendo animais peçonhentos. Em 2020 a média era de 245,83 ocorrências mensais e, já no ano passado eram registradas 263,75 casos por mês. 

Vale ressaltar que a maioria dos acidentes com escorpiões é leve, segundo a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) - do Ministério da Saúde -, com quadro local, início rápido e duração limitada. 

As vítimas podem apresentar a característica dor local, seguida por vermelhidão, inchaço e um leve acúmulo de líquido, piloereção (pelos em pé) e suor localizados. 

Importante ficar atento às crianças em casa nesta época do ano, pois, até os sete anos, há um maior risco de sintomas longe do local da picada.

Algun pequenos podem apresentar vômito, diarreia, principalmente as vítimas do escorpião-amarelo que podem evoluir para casos graves, sendo necessária aplicação do soro em tempo adequado. 

 

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

atraso nas chuvas

Nível do Rio Paraguai começa a subir e traz alento à mineração

Nos últimos 12 dias subiu 24 centímetros na régua de Ladário, mas ainda está longe de alcançar o nível ideal para o transporte de minérios

20/12/2025 18h30

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

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Depois de chegar a 3,31 metros na régua de Ladário no dia 16 de julho, o nível do Rio Paraguai estava baixando ininterruptamente até o dia 8 de dezembro, quando atingiu a mínima de apenas 24 centímetros. Depois disso, começou a subir, mas tardiamente. No ano passado ele começou a subir quase dois meses mais cedo.

E, apesar de até agora as chuvas terem sido escassas na região norte de Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso, o nível do rio está melhorando nos últimos 12 dias e neste sábado amanheceu  em 54 centímetros. O nível ainda está longe do necessário, mas já traz alívio para o setor de transporte de minérios, que está praticamente parado faz dois meses. 

Nos dez primeiros meses do ano foram escoados, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), 7,6 milhões de toneldas de minérios pela hidrovias, batendo todos os recordes de movimentação. Incluindo grãos e outros produtos, o volume transportado pelo Rio Paraguai chega a 8,2 milhões de toneladas em dez meses de 2025.

Em 2023, que até então era o melhor ano do setor, o volume de minérios havia chegado a 5,6 milhões de toneladas nos dez primeiros meses do ano. Naquele ano, porém, havia muito mais água no rio e o pico da cheia chegou a 4,24 metros. Depois que ultrapassa os quatro metros em Ladário o rio começa a transbordar e a alagar a planície pantaneira.

No ano passado, quando atingiu seu pior nível da história, com 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, as chuvas fortes chegaram mais cedo e o Rio Paraguai começou a subir já a partir do dia 17 de outubro. 

Por conta disso, no dia 20 de dezembro já estava em 94 centímetros, o que é 40 centímetros acima do nível em que amanheceu neste sábado (20). Estas chuvas logo no início da temporada, em setembro do ano passado, foram fundamentais para que o transporte de minérios fosse retomado logo no começo de 2025.

O cenário, porém, será diferente no começo de 2026. Sem as dragagens que estão previstas no projeto de concessão da hidrovia, o nível ideal para o transporte é acima de 1,5 metro. Porém, as barcaças ainda descem pela hidrovia, com volume menor, até que o rio tenha em torno de um metro na régua de Ladário. 

E, como até agora os rios subiram pouco na região sul de Mato Grosso, a pespectiva é de que o nível em Ladário só chegue a 1,5 metro depois de janeiro, atrapalhando o transporte de minérios no primeiro mês do ano. Em janeiro de 2025, por exemplo, foram despachadas 521 mil toneladas de produtos. No final do mês o rio já estava em 1,34 metro. 

O nível se manteve acima de um metro até o dia 20 de outubro deste ano. No dia primeiro daquele mês ainda estava em 1,79 metro, mas recuou rapidamente e no final do mês estava em apenas 66 centímetros. Mesmo assim, segundo a Antaq, ainda foram despachadas 678 mil toneladas de minérios, o que equivale ao volome de cerca de 14 mil carretas bi-trem somente em outubro. 

TRIBUTÁRIOS IMPORTANTES

Embora os rios Miranda e Aquidauana desemboquem no Rio Paraguai abaixo da régua de Ladário, a água destes dois tributários é fundamental para melhorar a navegabilidade. E, esta semana foi a primeira vez que ambos superaram a marca dos quatro metros, segundo dados do Imasul. 

Na sexta-feira (19), em Aquidauana, o rio com o mesmo nome da cidade alcançou 4,56 metros, o que ainda é 1,5 metro abaixo do nível de alerta. Somente quando supera os 7,3 metros é que entre em situação de emergência. Ou seja, já se passaram quase quatro meses do período de chuvas e o Aquidauana não encheu nenhuma vez. 

Situação parecida ocorreu com o Miranda. Após as chuvas do começo da última semana, ele chegou a 4,48 metros na régua instalada próximo à cidade de Miranda. Ele também só entra em situação de emergência depois que ultrapassa os 7 metros, o que não aconteceu nenhuma vez na atual temporada de chuvas. 

O Rio Coxim, por sua vez, chegou a entrar em nível de alerta ao longo da última semana, ultrapassando os quatro metros. Mas, depois de alcançar 4,16 metros começou a baixar. Somente depois que ultrapassa os cinco metros é que se considera que ele encheu. 

O Rio Piquiri, na divisa com Mato Grosso, que entra em situação de emergência somente depois que ultrapassa os 5,8 metros, estava em apenas 2,12 metros nesta sexta-feira, apesar das chuvas que atingiram a região ao longo da semana. 


 

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