Empresários e integrantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-CG) protestaram contra os 43 meses sem estacionamento rotativo na região central, nesta quarta-feira (10), na esquina das ruas 14 de Julho e Barão do Rio Branco, centro, em Campo Grande.
Eles reivindicam pela volta do parquímetro – paralisado desde março de 2022 – e pelo “renascimento” do centro, que está “morrendo” aos poucos nos últimos anos.
Para relembrar a data do fim do estacionamento rotativo (março de 2022), empresários ironizaram o fato com um “bolo de aniversário”, com direito a parabéns, referente aos 3 anos e 7 meses sem parquímetro em Campo Grande.
Atualmente, Campo Grande está sem nenhum sistema para controlar o fluxo e pagamento de veículos que estacionam na região central.
O contrato com a empresa Flexpark, que prestava o serviço de parquímetro na Capital, expirou em 2022 e, desde então, não foi renovado. A partir disso, nova licitação é aguardada até os dias atuais.
Com isso, sem a devida fiscalização, a vaga é livre e qualquer pessoa pode estacionar seu veículo onde quiser e pelo tempo que quiser, o que prejudica o movimento no comércio.
Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, em 9 de abril de 2024, o retorno dos parquímetros, com a possibilidade de ser estendido, inclusive, para os bairros.
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), afirmou, em 1 de agosto de 2025, que o estudo para volta do estacionamento está em fase final.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campo Grande, Adelaido Vila, o movimento diminuiu 60% nos últimos anos na região Central de Campo Grande.
“O cliente hoje não tem onde estacionar. O nosso cliente lamentavelmente acaba passando e não ficando pela ausência dessa rotatividade. Algo precisa ser feito aqui pelo centro, que é dar condição para que o consumidor consiga consumir. E hoje ele não está conseguindo nem estacionar. A gente ama Campo Grande e quer que o comércio consiga sobreviver”, disse Adelaido.
Vários ofícios, pedidos e demandas foram enviados à prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) reivindicando a volta do parquímetro, mas, nenhuma solicitação foi respondida.
“O que nós estamos buscando é falar com a gestora municipal. A gestora municipal, mesmo através de várias provocações de ofício e várias demandas, a gente não conseguiu falar com ela. Apesar da competência dos secretários, não adianta conversar com os secretários, nós precisamos conversar com a gestora. É ela que define o que é prioridade para Campo Grande. E lamentavelmente tem se demonstrado que o centro não é uma prioridade”, lamentou o presidente.
Proprietário de uma loja no centro, Ricardo Alexandre Guimarães Marciano, afirmou que o movimento caiu bastante no último ano em seu estabelecimento.
“Esse ano nós estamos operando com em torno de 30 a 32% de decréscimo de venda com relação a 2024. Um mês a mês, semana a semana, dia a dia, é os números que vem mostrando para nós”, lamentou
Além da ausência de parquímetro, vale ressaltar que os motivos de queda no movimento no centro são:
- mudança de hábitos – pessoas preferem consumir em bairros (perto de casa) ou em shoppings
- insegurança – presença de moradores de rua
- roubos e furtos
43 meses sem parquímetro teve até "parabéns". Foto: Paulo RibasFim do parquímetro
O estacionamento rotativo no Centro de Campo Grande foi desativado em março de 2022, após a Prefeitura de Campo Grande não renovar o contrato com a empresa Metropark, conhecida pelo nome fantasia de Flexpark, que fazia a operação das vagas na região.
A empresa ficou 20 anos responsável pelo serviço na Capital. Na época em que foi suspenso, 2.458 vagas eram oferecidas, localizadas entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa, Mato Grosso, Calógeras e a Rua Padre João Crippa.




