Cidades

Apelo

Com estoques em estado de alerta, Hemosul faz apelo para doações do tipo O- e O+

O Hemocentro informou que são necessárias cerca de 150 doações diárias para que os estoques sejam estabilizados

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Na manhã deste sábado (21), o Hemocentro Coordenador de Mato Grosso do Sul (Hemosul) deu entrevista exclusiva ao Correio do Estado e informou que os estoques sanguíneos estratégicos estão em baixa. O órgão alerta que a tipagem O- se encontra em estado crítico portanto, pode não ser suficiente para atender as demandas do estado.

O órgão informa que a tipagem que se encontra em estado crítico pode comprometer o atendimento dos hospitais, no que diz respeito às demandas de distribuição sanguínea aos pacientes hospitalizados.

Além disso, a tipagem O+ encontra-se em estado de alerta, próximo ao estado considerado crítico, já as tipagens A- e B- estão com estoques em baixa.

Ao Correio do Estado, o Hemosul explicou que, para normalizar os estoques estratégicos de sangue, seriam necessárias cerca de 150 doações diárias de sangue.

Por fim, o órgão informa que, nesta semana - dos dias 16 à 21 de janeiro-, houve baixa quantidade de coleta de sangue. Segundo o Hemosul, as baixas doações podem estar relacionadas às mudanças de temperatura, que ficam propícias a certos tipos de doenças.

"O clima está propício para doenças respiratórias, como gripes e viroses. Então, com isso, a gente já sabe que dá uma abaixada nos estoques", pontua o Hemocentro.

O Hemosul Coordenador está com funcionamento integral neste sábado (21), das 7h00 às 17h00.

Doar Salva

De acordo com o Ministério da Saúde, a quantidade de sangue retirada do doador não afeta a sua saúde porque a recuperação é iniciada imediatamente após a doação. Com uma média de cinco litros de sangue, uma pessoa adulta tem no máximo 450 ml de sangue coletados, durante a doação.

A pasta relembra que o gesto de doar sangue trata-se de uma atitude de solidariedade, já que a pequena quantidade que é doada pode salvar até quatro vidas.  Por isso, o Ministério da Saúde reforça periodicamente a importância de os brasileiros adotarem a cultura solidária da doação regular e espontânea de sangue.

Critérios para a doação de sangue

Documentação: Para doar sangue é preciso que você esteja munido de um documento oficial com foto, como a carteira de identidade ou de motorista.

Idade: Os doadores precisam ter entre 16 e 69 anos segundo a nova lei da doação de sangue aprovada em 2013. Há uma ressalva para quem tem 16 e 17 anos: no Hemosul, o menor de idade tem que estar acompanhado de pai ou mãe ou responsável legal.

Caso o menor de idade seja emancipado pode vir doar sozinho trazendo o documento de emancipação. Se for casado  traz a certidão de casamento que já é suficiente para a liberação. Também é importante lembrar que a primeira doação somente pode ser feita até 60 anos. Acima desta idade, apenas para quem já é doador de sangue.

Peso: Embora a nova lei permita a doação de pessoas abaixo de 50 Kg, a Rede Hemosul-MS reserva-se o direito de aceitar apenas doadores com 51 kg ou mais, para a melhor utilização do sangue coletado e segurança do doador.

Intervalo de doação: homens podem doar até quatro vezes ao ano com um intervalo mínimo de dois meses. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com um intervalo mínimo de três meses.

Doenças que impedem a doação: doenças hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, ou portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue como Doença de Chagas, Hepatite, AIDS, Sífilis. Se estiver com gripe ou alergia deve esperar sete dias após sarar para doar sangue.

Medicamentos: Alguns medicamentos impedem a doação. Portanto fale para o profissional de saúde que for lhe entrevistar os remédios que está utilizando.

Vacinas: As vacinas impedem temporariamente a sua doação. Por isso, aproveite para doar sangue antes de tomar a dose de vacina.

Alimentação: Não esqueça: você deve estar BEM ALIMENTADO para doar sangue. Como muitos pensam não se pode doar sangue em jejum. É diferente de quando vamos fazer exames laboratoriais de sangue, para os quais o jejum é recomendado. Mas você pode evitar alimentos com excesso de gordura quando vier doar sangue. É recomendado que se alimente bem, porém, de forma saudável.

Unidades 

São sete unidades de coleta diárias espalhadas pelo estado. Confira os endereços e horários:

HEMOSUL COORDENADOR

Av. Fernando Correa da Costa, 1304, Centro Campo Grande/MS

Fones: 3312-1517 e (67) 99298-6316 whatsapp Atendimento ao Doador

(67) 3312-1516 / 3312-1529 Agendamento de Campanhas

Segunda à Sexta: 7h às 17h

Sábado: 7h às 12h

HEMOSUL SANTA CASA

Rua Rui Barbosa, 3633, Centro Campo Grande/MS

Fones: (67) 3322-4135 / (67) 99273-7356 whatsapp

Segunda à Sexta: 7h às 12h

HEMOSUL HOSPITAL REGIONAL HRMS

Rua Engenheiro Lutherio Lopes, 36, Aero Rancho Campo Grande/MS

Fone: (67) 3378-2678

Segunda à Sexta: 7h às 12h

Interior

HEMOSUL DOURADOS

Rua Waldomiro de Souza, 295, Vila Industrial

Fone: (67) 3424-4192 e 3424-0400 / (67) 99239-9421 whatsapp

Segundas, Quartas e Sextas: 7h às 12:30h

Terças e Quintas: 7h às 12h e das 13h às 17h

Último sábado de cada mês: 7h às 12h

HEMOSUL TRÊS LAGOAS

Rua Manoel Rodrigues Artez, 520, Colinos

Fone: (67) 3522-7959 / (67) 99270-0312 whatsapp

Segunda à Sábado: 7h às 12h

HEMOSUL PONTA PORÃ

Rua Sete de Setembro, 1896 Santa Isabel

Fone: (67) 3431-6134 / (67) 99288-5932 whatsapp

Segunda à Sexta: 7h às 12h

HEMOSUL PARANAÍBA

Rua Selma Martins de Oliveira, 335, Ipê Branco I

Fone: (67) 3503-1026

Segunda à Sexta: 7h às 11h

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TRAGÉDIA

Dois sul-mato-grossenses morrem carbonizados após acidente em SP

Ambos eram de Três Lagoas e seguiam pela Rodovia Marechal Rondon, quando foram atingidos por outro carro; dois adolescentes, um de 14 e outro de 17 anos, conseguiram sair do veículo antes de pegar fogo

17/02/2025 11h45

Eduardo, de 42 anos, o carro pegando fogo e Nádia, de 45 anos

Eduardo, de 42 anos, o carro pegando fogo e Nádia, de 45 anos Foto: Montagem

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Acidente entre dois carros resultou na morte de dois três-lagoenses carbonizados, na Rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Mirandópolis, interior de São Paulo, na manhã deste domingo (16). Eles viajavam para participar de uma trilha nas cachoeiras da região, acompanhados por um grupo de amigos.

Segundo informações da Rádio Caçula, uma Ford Belina II, do qual era ocupado por Eduardo Carrapó, professor no município sul-mato-grossense, Nádia Souza e dois adolescentes de 14 e 17 anos, ambos filhos do rapaz, seguiam pela rodovia quando foram atingidos por um VW Santana, que vinha em alta velocidade.

O impacto fez com que o veículo pegasse fogo imediatamente. Presos às ferragens, Nádia e Eduardo não conseguiram escapar e morreram carbonizados. Já os adolescentes saíram do carro e foram resgatados com vida, mas precisaram ser encaminhados ao hospital de Mirandópolis, um deles em estado grave.

Além disso, outras três pessoas, que ocupavam o Santana, ficaram em estado crítico e foram encaminhadas ao pronto-socorro municipal. O condutor do veículo foi submetido ao teste do bafômetro, do qual constatou 0,37 mg/L de álcool no sangue, acima do permitido (0,33mg/L). Ainda, o rapaz não era habilitado e sofreu ferimentos, ficando internado durante o resto do dia.

Depois de receber alta hospitalar, o motorista do Santana foi encaminhado para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Andradina (SP), onde deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (17). Ele deve responder por homicídio culposo na direção do veículo, lesão corporal culposa, dirigir sob efeito de álcool e sem carteira de habilitação.

Outro caso

No final do ano passado, no dia 21 de dezembro, José Carlos Lada, de 43 anos, morreu carbonizado, na rodovia MS-276, entre as cidades de Batayporã e Anaurilândia.

Segundo informações do jornal local Nova News, o acidente foi entre um VW Gol, que seguia sentido Anaurilândia-Batayporã, e uma carreta, que vinha na pista contrária. Por motivos que ainda a perícia vai concluir, o condutor do carro bateu na lateral do caminhão e, devido ao impacto, pegou fogo.

Com as chamas e a forte colisão, o Gol ficou bastante danificado e resultou na morte instantânea do motorista. Até o momento da publicação desta reportagem, o rapaz ainda não foi identificado. Mesmo com o impacto, o condutor da carreta não sofreu ferimentos e ficou no local para os procedimentos policiais.

Ainda, o acidente envolveu um terceiro carro, uma Fiat Strada, que seguia no mesmo sentido do Gol, e teria caído em uma ribanceira após tentar tirar o veículo da pista ao perceber o acidente. Com isso, a picape ficou danificada, mas o motorista saiu ileso e sem grandes ferimentos.

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"NOTA 8"

Alunos ganham armários em volta às aulas sem celular em MS

Estudantes da Escola Estadual Maestro Frederico Liebermann veem com bons olhos a mudança sobre a proibição do aparelho telefônico em colégios de Mato Grosso do Sul

17/02/2025 11h30

Marcelo Victor/Correio do Estado

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Alunos da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul voltaram às aulas, nesta segunda-feira (17), sob uma nova ótica dentro das escolas: a proibição do uso de aparelhos telefônicos nas instituições, que adotaram até armários para auxiliar seus estudantes a ficarem longe dos celulares. 

Conforme números da Secretaria de Estado de Educação (SED), as 348 unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE) recebem mais de 180 mil estudantes. Somente Campo Grande (onde ficam 75 dessas escolas), comporta 40 mil desse total de estudantes. 

Além disso, houve expansão do atendimento do ensino em tempo integral, sendo que 213 do total oferecem turmas nessa modalidade que, juntos, comportam cerca de 50 mil estudantes integralmente. 

É o caso da escola estadual com quase 50 anos de história, Maestro Frederico Liebermann, que fica no Monte Castelo e, no melhor estilo "colégio estadunidense" , disponibilizou armários para seus alunos nas próprias salas de aula.

Celulares em escola do Monte Castelo ficam em armários no fundo da sala de aula. Foto: M.V

Ana Eliza Spazzapan é diretora em segundo mandato e já está há cinco anos na unidade, que atende estudantes desde o quarto ano do fundamental 1 até o terceiro ano do Ensino Médio. 

Ela esclarece as medidas adotadas na escola, frisando que o contato prévio e aviso aos pais já rendeu bons frutos para esse primeiro dia de aula. 

"Nós sabemos que temos um embate grande pela frente, mas hoje, por exemplo, tivemos a grata visão de não ter nenhum estudante com o celular na mão. Tivemos lista de transmissão pros pais já na semana que antecede ao dia de hoje (17), pedindo que não deixassem os filhos trazerem e que, se fossem trazer, que fizessem as orientações pertinentes para que eles não ficassem usando dentro da escola", diz. 

Nessa escola cada estudante recebeu um armário, que fica aos fundos da sala de aula, onde será possível armazenar o aparelho telefônico do estudante, caso seja levado para o colégio, havendo inclusive consequências que a diretora faz questão de "atenuar". 

Segundo a diretora, as estratégias do trato com os estudantes foram discutidas durante a semana pedagógica, sendo que a postura orientadora deve ser adotada nesse primeiro momento, porém, aqueles que insistirem em não obedecer à lei estarão sujeitos ao regimento escolar. 

 "Tentando primeiro um trabalho orientativo, para que eles entendam o motivo e o porquê, mas a gente sabe que sempre vai ter um que vai destoar da situação, aí esse não vai ter jeito. É educar o estudante, usar o amor, na verdade, porque não adianta ir na punição direto", afirma. 

Visão dos estudantes

Em um novo cenário de ambiente escolar, a aluna Isadora Correa, de 15 anos, lembra que, antes da nova resolução de proibição, os celulares inclusive eram usados de forma pedagógica dentro das salas de aula. 

Segundanista que em 2025 completa um ano nesse colégio do Monte Castelo, ela não deixa de ponderar ambos os lados da medida, seja o que vê como positivo e também aquilo preocupa ela e outros estudantes. 

"Às vezes a gente usava como método pedagógico, mas muita gente usava pra fazer besteira, tipo, coisas que não era pra estudar mesmo. Então eu acredito que pode ser bom, mas surgem muitas preocupações de como falar com os pais, etc.", expõe. 

Colega de sala, Heitor Saldanha, também com 15 anos, também encara com bons olhos a proibição do uso de celulares, seja pelos malefícios quanto pelos pontos flexíveis que podem extrair um melhor uso do equipamento por parte dos professores. 

"Vejo como um avanço, tanto em pensar que o celular atrapalha muito, sim, e também achei legal a ideia de não tirar totalmente, mas deixar também para fins pedagógicos", diz. 

Heitor não descarta ainda aqueles casos de rejeição à mudança, porém, ressalta que até mesmo nesses casos o impacto a longo prazo pode ser positivo. 

"Claro que muita gente vai se incomodar, muitos são antissociais, não gostam muito de conversar, então preferem ficar isoladas no seu celular, vendo a internet... mas também vai dar uma alavanca para pessoas que são assim a tentar se desenvolver mais, conversar, socializar", indica ele. 

Isadora, Carlos e Heitor deram nota 8 para a escola, já que nada é tão perfeito que não possa melhorar com o tempo”. Foto: M.V

Aluno da E.E Maestro Frederico há seis anos, Carlos Eduardo Machado, também de 15 anos, enxerga que a proibição deve mudar bastante a rotina da escola, principalmente na convivência entre os próprios estudantes. 

"Atrapalhava um pouquinho a comunicação entre os alunos. Ficou melhor pra todo mundo se conhecer e, também, vai ter mais aprendizado, estudos e pessoas inteligentes na escola", cita. 

Em um "raio-x" do passado, ele lembra que "geral ficava muito tempo no celular", sendo que a proibição servirá até como uma espécie de "detox" para os estudantes. 

"Tinha algumas pessoas que se isolavam, mexendo no celular, não se comunicavam. Tinha quem brigava porque não conseguia ficar sem internet. A gente já usa muito em casa, você vai tirando e vai se resolvendo com essa dependência dele", conclui.

Por fim, trocando os papéis e avaliando a recepção da  E.E Maestro Frederico Liebermann, cada um dos estudantes, simbolicamente, deu nota “8” para escola, dizendo que ainda estão vivendo esse experiência e, ainda que a pontuação sirva para passar de ano, eles frisam que “nada é tão perfeito que não possa melhorar com o tempo”. 

 

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