Cidades

ANIVERSÁRIO

Com visitas de 330 mil brasileiros e 3 mil estrangeiros, Bioparque comemora 1 ano de inauguração

Atualmente, o Bioparque Pantanal é o maior aquário de água doce do mundo; maior aquário público do Brasil; maior laboratório de pesquisa da ictiofauna neotropical do mundo e o único aquário do Brasil com controle de acessos e gerenciamento de sistemas

Continue lendo...

Bioparque Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, completa um ano de inauguração nesta terça-feira (28). O complexo foi inaugurado em 28 de março de 2022 e aberto o público em 2 de maio de 2022, após 11 anos em obras.

De acordo com dados divulgados pela diretoria do Bioparque, em um ano, o aquário recebeu 333.861 visitantes, sendo 330.523 brasileiros (99%) e 3.338 estrangeiros (1%).

Dos brasileiros, 240.379 são de Campo Grande, 43.401 de Mato Grosso do Sul e 46.740 de outros estados brasileiros.

O complexo recebeu visitas de 91 países, 27 estados brasileiros (26 unidades federativas + Distrito Federal), 2.550 municípios brasileiros e dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

Em 2022, o mês com maior número de visitantes foi dezembro (38.800), seguido por setembro (36.386), agosto (33.596), outubro (32.404), julho (31.641), novembro (29.501), junho (28.391) e maio (22.237).

O Bioparque Pantanal recepcionou 47.241 alunos de 704 escolas espalhadas pelos 72 municípios do Estado.

Além disso, houve 151 visitas institucionais em um ano, sendo 90 da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), 25 da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), 17 da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), 13 do Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac) e 6 da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Também houve 57 visitas técnicas realizadas pelas áreas de Biologia, Engenharia de Aquicultura, Zootecnia, Veterinária, Arquitetura, Engenharia Civil e Turismo.

Em março de 2022, existiam 12.500 animais e 220 espécies. Atualmente existem 359 espécies e 40 mil animais.

Ao todo, 37 espécies se reproduziram em 12 meses. Desse número, 7 são reproduções inéditas para a ciência mundial e 6 inéditas para a ciência brasileira.

Um exemplo de grande relevância é a reprodução do cascudo viola, espécie ameaçada de extinção, com primeiro registro de reprodução no mundo.

Localizado nos altos da avenida Afonso Pena, o Bioparque Pantanal é, atualmente, o maior aquário de água doce do mundo; maior aquário público do Brasil; maior laboratório de pesquisa da ictiofauna neotropical do mundo e o único aquário do Brasil com controle de acessos e gerenciamento de sistemas automatizado.

De acordo com a diretora do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balistieri, os 12 meses de funcionamento do complexo de águas foi um sucesso.

“Além de proporcionar um lugar bonito, a gente está agregando conhecimento a esses visitantes que passam por aqui e estamos contribuindo também com a questão da sensibilização e da conscientização ambiental”, declarou.

“Nós temos o resultado concreto do trabalho que foi desenvolvido aqui na questão da pesquisa, da conservação, da sustentabilidade, da bioeconomia”, finalizou.

A revista estadunidense Time classificou o Bioparque Pantanal como um dos destinos de viagem mais extraordinários do mundo.

O local está entre os 50 melhores do mundo, que oferecem aos visitantes uma experiência extraordinária diferente de qualquer outra.

O completo tem 19 mil m² de área construída, cinco milhões de litros de água e 239 tanques. As despesas do Bioparque somam R$ 1,2 milhão mensais.

O local começou a ser construído em maior de 2011, na gestão do ex-governador André Puccinelli (MDB).

Foram 11 anos, 13 licitações e três mandatos de governo até conclusão da obra. O valor total investido foi de R$ 230 milhões, de acordo com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

**(Crédito das filmagens: Maurício Soares - Altos 67) 

CONCESSÃO

Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), está em diálogo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para conceder o Bioparque Pantanal à iniciativa privada.

O objetivo é contratar uma empresa para administrar, gerenciar e explorar comercialmente o local. Neste caso, os deveres do governo do Estado seriam apenas os de comandar a parte científica e educacional do complexo.

De acordo com o chefe do executivo estadual, o processo deve levar pelo menos um ano, mas que as tratativas "estão avançando bem".

Com isso, o Bioparque Pantanal permanecerá com entrada gratuita nos próximos meses e continuará sendo administrado pelo governo do Estado.

A ideia é que também haja um programa de concessão de parques, que engloba Parque das Nações Indígenas, Parque do Prosa, Bioparque Pantanal e Museu de Arte Contemporânea.

“Uma discussão que possa atrair o capital privado para poder gerenciar todos esses equipamentos [Parque das Nações Indígenas, Parque do Prosa, Bioparque Pantanal e Museu de Arte Contemporânea] e investir, oferecendo ao cidadão sul-mato-grossense condições muito melhores de lazer, entretenimento e conhecimento”, disse o governador em 22 de março de 2023, durante Solenidade de Abertura XV Dinapec - da Embrapa para o Produtor.

O pronunciamento foi feito na manhã desta quarta-feira (22) na Solenidade de Abertura XV Dinapec - da Embrapa para o Produtor.

Em 2014, foi feito um edital de concessão do local, antes mesmo das obras serem concluídas, que teve como vencedor o Grupo Cataratas, gestor do Cristo Redentor (RJ) e Cataratas do Iguaçu (PR).

Entretanto, após oito anos da assinatura do documento, quando as obras finalmente foram concluídas, o Grupo desistiu de administrar o Bioparque. 

FISCALIZAÇÃO

Em meio a crise, TCE faz pente fino em postos de saúde

Fiscalização do Tribunal de Contas começou nesta terça-feira (16) por unidade do Guanandi e vai avaliar 74 UBS e unidades de saúde da família em Campo Grande

16/12/2025 11h45

Ao todo, 74 unidades de saúde da Capital serão avaliadas ao longo da ação

Ao todo, 74 unidades de saúde da Capital serão avaliadas ao longo da ação Marcelo Victor

Continue Lendo...

Em meio às reclamações da população e denúncias de desabastecimento de medicamentos, o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) iniciou, na manhã desta terça-feira (16), mais uma etapa da II Fiscalização Ordenada da Atenção Primária à Saúde nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família de Campo Grande. A primeira unidade visitada foi a UBS Dona Neta, localizada no bairro Guanandi.

Ao todo, 74 unidades de saúde da Capital serão avaliadas ao longo da ação, que integra o calendário anual de fiscalizações do órgão e ocorre em um momento considerado sensível para a rede pública municipal de saúde.

Equipes formadas por auditores do TCE-MS percorrem as unidades para inspeção física, registros fotográficos, análise documental, entrevistas com servidores e usuários, além da aplicação de questionários técnicos.

Segundo o Tribunal, o objetivo é levantar um diagnóstico situacional detalhado das unidades, identificar falhas e apontar oportunidades de melhoria, como a elaboração de planos de ação que garantam atendimento mais eficiente à população.

A Atenção Primária à Saúde é considerada a principal porta de entrada dos usuários no Sistema Único de Saúde (SUS) e responde, em média, por cerca de 80% das demandas de saúde da população, resolvendo diretamente os casos ou encaminhando para níveis mais especializados de atendimento.

De acordo com o chefe de fiscalização de saúde do TCE-MS, Haroldo Oliveira Souza, a escolha pela atenção primária não é aleatória. “A nossa estratégia foi começar pela atenção primária porque ela impacta diretamente a população. É o primeiro contato que as pessoas têm com o SUS e onde muitos problemas podem ser resolvidos de forma mais rápida”, explicou.

Ele destacou ainda que a fiscalização em Campo Grande representa a etapa final de um trabalho iniciado ao longo do ano em municípios do interior do Estado. “Nós somos divididos por regiões de atuação e a Capital fecha esse ciclo de fiscalizações em 2025”, afirmou.

Infraestrutura, medicamentos e recursos 

Durante as visitas, os auditores seguem uma metodologia baseada em critérios da Política Nacional de Atenção Básica. Entre os principais pontos avaliados estão a infraestrutura das unidades, a distribuição e o acondicionamento de medicamentos, a disponibilidade de recursos humanos, além de itens como atendimento à gestante, imunização, equipamentos, informações aos usuários e fluxo assistencial.

A fiscalização funciona como um checklist. “O auditor confere item por item. Se algo não estiver de acordo com os critérios, isso vira um achado de auditoria”, explicou Haroldo. Esses achados são consolidados em um relatório que será encaminhado ao conselheiro relator, responsável por definir as providências, que podem incluir recomendações, orientações e até sanções.

A ação também foi impulsionada por denúncias recentes de desabastecimento de medicamentos em unidades da Capital, amplamente divulgadas por entidades médicas e pela imprensa.

“Dentro da nossa teoria do controle externo, a oportunidade é um fator importante. Nós já tínhamos a metodologia pronta, mas, diante das notícias sobre desabastecimento e da crise aparente na saúde de Campo Grande, decidimos ampliar e concluir esse trabalho agora, para colaborar com a solução do problema”, afirmou o chefe de fiscalização.

População cobra fiscalização

Para o TCE-MS, a iniciativa atende a uma demanda direta da sociedade. Segundo a diretora de controle externo do TCE-MS, Valéria Saes Cominale, que participa da ação, a saúde pública foi apontada como uma das principais áreas que a população deseja ver fiscalizada.

“Quase 50% da população, em consultas do nosso Plano Anual de Fiscalização Participativa, clamou por fiscalizações na área da saúde. Diante das denúncias e do que temos observado nas nossas matrizes de risco, ficou claro que Campo Grande precisava entrar nesse circuito de auditorias”, explicou.

Ela reforçou que o impacto da fiscalização é direto na vida dos usuários. “Avaliamos desde a estrutura física até a forma como a população é recepcionada. O cidadão tem direito a um bom serviço público, e é dever do Tribunal fiscalizar como esse serviço está sendo prestado.”

Na prática, os problemas apontados pelo Tribunal refletem o dia a dia de quem depende da rede básica. A doméstica Sueli Moreira de Oliveira, que buscava atendimento em uma unidade da Capital, relatou dificuldades para conseguir consulta médica.

“É a terceira vez que eu tento. Vim ontem e hoje de novo. Cheguei hoje às 5h30 da manhã e estou esperando até agora, sem saber que horas vou ser atendida”, contou. Segundo ela, a falta de médicos e a demora no atendimento acabam gerando prejuízos financeiros. “A gente perde o dia de serviço, paga Uber para vir e ainda corre o risco de ter o salário descontado.”

Apesar das dificuldades, ela avalia positivamente a fiscalização. “Eu acho excelente. Não só na saúde, mas em todo o Estado. Se levarem a sério, vai dar resultado. Não é possível passar ano após ano e continuar faltando medicamento.”

Além de Sueli, quem também estava aguardando um médico é a dona de casa, Edivânia Rodrigues dos Santos, que contou estar esperando antes das 6h um encaixe para sua filha, de acordo com ela, o médico havia saído para outro atendimento. 

"Não sei que horas ele chega, conversei com outra senhora que já tentou a consulta também e ela saiu 15h da tarde, eu não posso esperar até esse horário, é a primeira que estamos precisando", disse.

Maria da Silva também estava presente e afirmou que nem sempre consegue retirar o medicamento que precisa. “Não é qualquer remédio que tem. Alguns a gente consegue, outros não e aí todo mês tem que sair do nosso bolso né.”

Interior já revelou falhas graves

A primeira etapa da II Fiscalização Ordenada da Atenção Primária à Saúde ocorreu em municípios do interior, como Jaraguari, Rio Negro, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Rochedo, Corguinho e Rio Verde de Mato Grosso. Ao todo, 40 unidades foram avaliadas por 12 auditores.

Entre os principais problemas identificados estavam a ausência de médicos no momento da fiscalização, precariedade na infraestrutura, falta de alvarás sanitários e do Corpo de Bombeiros, armazenamento inadequado de medicamentos, uso de geladeiras domésticas para imunização, equipamentos inoperantes e ausência de canais formais para reclamações dos usuários.

Agora, a expectativa é que o diagnóstico em Campo Grande sirva como base para correções imediatas e para o monitoramento contínuo das unidades, garantindo que a Atenção Primária cumpra seu papel de prevenir doenças, evitar a sobrecarga dos hospitais e assegurar atendimento digno à população.

Assine o Correio do Estado

TEMPO

Capital amanhece nublada e com chuvas que se estendem por todo Estado

Inmet registrou somente pela manhã mais de 140 milímetros de chuva apenas em Campo Grande

16/12/2025 11h03

Campo Grande amanhece nublada e chuvosa, previsão indica que semana seguirá da mesma forma

Campo Grande amanhece nublada e chuvosa, previsão indica que semana seguirá da mesma forma Gerson Oliveira

Continue Lendo...

Em meio ao clima natalino, greves e paralisações, Mato Grosso do Sul a 5 dias para o verão enfrenta grandes volumes de chuvas e trovoadas. Na manhã desta terça-feira (16), na Capital já foram registrados mais de 140 milímetros desde o início da manhã.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Campo Grande registra chuva desde às 4h, com 147,8 milímetros até o momento. Na região da estação Santa Luzia foram 52 milímetros, já no Universitário foram registrados até agora 39,6 milímetros, e 56,2 milímetros na região do Panamá.

Ainda de acordo com o Inmet, na região do Anhanduizinho não houve registros de chuva nessa manhã, até o momento de publicação da matéria.

A previsão, de acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec/MS), é que a chuva não pare ao longo do dia e nem durante a semana.

Interior

Pelo Estado, as cidades do interior também registraram números expressivos de volume de chuva durante a última segunda-feira (15). Na região sudoeste, Guia Lopes da Laguna registrou 84,8 milímetros, Maracaju com 60,2 milímetros e Rio Brilhante que registrou 20,4mm com ventos a 54,8 km/h.

Na região Leste, Bataguassu também registrou ventos fortes, que chegaram a 55,1 km/h, com 31 milímetros de chuva. Em Dourados, na região Sul, foram registrados 30,2 milímetros e em Paranhos, faixa de fronteira e região Cone-Sul, também cena de estragos noticiado pelo Correio do Estado nos últimos dias, registrou ontem 36,5 milímetros.

Anteriormente, a cidade chegou a registrar 181 milímetros em apenas 14h, e deixou ponte caída, além de ruas interditadas por alagamento.

Apenas na região pantaneira, desde o início do dia de hoje, já foram registrados 101,6 milímetros de chuva em Corumbá.

Previsão

Segundo o mapa do Inmet, hoje as condições de chuva perduram ao longo da tarde e também durante a noite por todo o Estado.

Para a tarde, a chuva continua em todo o estado. Na parte de cima, na região Pantaneira, além de Campo Grande e regiões Centro-Norte, Norte e Bolsão, as condições são de muitas nuvens, com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas. O restante segue com tempo fechado e chuvas isoladas.

Já à noite, as condições se mantêm as mesmas na região Norte e Centro-Norte, em Campo Grande, e chega também o tempo fechado com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas nas regiões do Bolsão, Leste, Grande Dourados e Cone-Sul. O restante segue com chuvas isoladas e tempo fechado.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).