Cidades

BR-163

Concessionária corre contra o tempo para garantir crédito de R$ 1,9 bilhão em relicitação

CCR MSVia entregou notas fiscais que comprovam a compra de materiais nos últimos anos para abater nos investimentos que serão exigidos durante licitação

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Para ter direito a um “crédito” de pelo menos R$ 1,907 bilhão no processo de relicitação da BR-163, a CCR MSVia entregou no fim do mês passado notas fiscais de serviços e da compra de milhares de materiais – até cadeiras e outros objetos pequenos. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que coordena o processo em andamento, ainda não divulgou os investimentos que deverão ser realizados pela concessionária com a assinatura do novo contrato.  

No atual estão previstos investimentos de R$ 6,5 bilhões até este ano para duplicar toda a estrada, com direito a explorar o serviço por 30 anos, porém, as obras sofreram atrasos e desde 2018 estão interrompidas, com a alegação da MSVia de que não houve liberação de empréstimos por parte do governo federal e que houve queda de 35% na receita com pedágio por causa da crise econômica. Receita que já ultrapassou R$ 1 bilhão, mas não será considerada no processo de relicitação.

 

Relicitação

Esse processo de relicitação recebeu aval da ANTT em julho porque a empresa cumpriu as exigências necessárias para que fosse assinado novo contrato com outros parâmetros.

No dia 20 de outubro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, também deu parecer favorável. A Pasta avalia que relicitar é melhor do que pedir a caducidade do contrato por descumprimento ou realizar nova licitação. Nesse caso, o governo vai ter de indenizar a MSVia pelos investimentos que realizou.

É para aproveitar ao máximo o valor investido que a concessionária tem corrido contra o tempo para entregar planilhas com relações detalhadas, com milhares de itens que são considerados investimentos: desde a execução efetiva da duplicação da pista de rolamento até material de escritório – mesas, cadeiras, entre outros – e de uso pessoal dos funcionários – bebedouros e camas, por exemplo.

A empresa apresentou ofício no dia 26 de outubro com apuração parcial dos itens para a indenização, no qual afirma que, atendendo à solicitação da Agência, entregou, “em anexo, a apuração dos bens reversíveis, contendo planilha editável com as notas fiscais dos referidos bens, os ativos classificados por conta contábil para atendimento aos requisitos da Agência. Contudo, em razão do grande volume de informações a serem apresentadas, não foi possível realizar o levantamento pleno de toda documentação requerida: a presente apuração contempla 83% do total do ativo financeiro contabilizado”.

Para concluir o levantamento, a concessionária solicitou mais 60 dias de prazo.

crédito

Essa preocupação em validar todos os investimentos, que são chamados de bens reversíveis (aqueles empregados pela concessionária e indispensáveis à continuidade da prestação do serviço, os quais poderão ser revertidos à União ao término do contrato) existe por dois motivos: se a relicitação for efetivada, o valor comprovado vai ser usado no abatimento dos investimentos que serão exigidos, que ainda não foram definidos pelo governo federal. Mas caso a CCR MSVia desista da relicitação, o que é permitido, ela terá direito a receber o valor que investiu até agora.

Em um dos documentos já entregues à ANTT, a concessionária afirma que, além de investir na recuperação da rodovia, em melhoramentos e em outros investimentos de infraestrutura, também aplicou R$ 13 milhões em softwares e R$ 166,1 milhões em “intangível em formação”, um cálculo contábil que leva em consideração os investimentos efetuados pela companhia na aquisição, melhoria e formação da infraestrutura, a respectiva margem de lucro e a amortização destes até o prazo final da concessão.

Droga líquida

O que é "loló", entorpecente que causou explosão em transportadora

Também conhecido como "lança-perfume", a droga é popular entre os jovens e causa preocupação nas autoridades de saúde pública

23/11/2024 10h30

Reprodução

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O conteúdo do pacote que explodiu em uma transportadora em Campo Grande, na tarde da última segunda-feira (18), foi identificado pela polícia como "lança-perfurme", entorpecente líquido popularmente conhecido como "loló".

Mas afinal, o que é loló?

O loló se enquadra em um grupo chamado "drogas depressoras da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC)", ou seja, drogas que diminuem atividades cerebrais. Ele consiste em um entorpecente psicoativo feito a partir de solventes químicos.

Geralmente, é comercializado em frascos de alta pressão, mas em eventos, como festas, por exemplo, é comum ser armazenado em latinhas de bebida e garrafinhas plásticas.

O entorpecente evapora rapidamente quando entra em contato com o ar, então seu uso é feito por inalação, através da boca e do nariz. 

Composição

Geralmente, é composto por cloreto de etila, éter e clorofórmio, acompanhados por etanol, e uma essência perfumada ou bala para saborizar.

Efeitos

Um artigo desenvolvido por estudantes da Universidade de São Paulo (USP), explica que os inalantes são absorvidos pelos  pulmões e iniciam seus efeitos rapidamente, ultrapassando a barreira hematoencefálica, uma estrutura que regula a passagem de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central, ou seja, a droga é absorvida com facilidade, e chega rapidamente - em questão de segundos - ao encéfalo. 

Os efeitos da inalação duram pouco tempo, uma média de 10 a 30 minutos, o que faz com que os usuários façam cada vez mais o uso de doses da droga.

A substância inibe os receptores do sistema nervoso central relacionados à excitabilidade neuronal. Dessa forma, surgem efeitos como:

  • excitação;
  • euforia;
  • tranquilidade;
  • hilaridade;
  • sensação de flutuação;
  • relaxamento;
  • alucinações.

Ainda conforme a pesquisa publicada pela USP, com exceção das alucinações, os efeitos iniciais se assemelham aos de consumo de álcool.

No entanto, após essa fase, os usuários costumam apresentar sintomas como:

  • confusão;
  • perda do autocontrole;
  • sonolência;
  • descoordenação muscular;
  • diminuição dos reflexos;
  • fala pastosa;
  • cefaleia;
  • vertigem;
  • batimentos cardíacos acelerados;
  • zumbidos nos ouvidos;
  • náuseas e vômitos;
  • e desorientação.

Em casos de inalação intensa e repetitiva, a depressão do sistema nervoso central é tamanha que pode levar à morte por parada cardiorrespiratória, diz a pesquisa.

História

A droga se popularizou no Brasil no início do século XX, importada da Argentina. Inicialmente, era borrifada entre os foliões em bailes e carnavais, se tornando, inclusive, símbolo das festividades cariocas.

A "brincadeira" tomou maiores proporções quando a mistura deixou de ser borrifada em determinado público e passou a ser diretamente inalada pelos jovens. Para isso, eram utilizados lenços molhados.

Com o avanço do abuso do uso da substância, inúmeras mortes por intoxicação começaram a ser registradas, causadas por parada cardiorrespiratória.

Em 1961, a fabricação, o comércio e o uso do produto foram proibidos no país por decreto do presidente Jânio Quadros, o que posteriormente gerou a Lei N° 5.062/6612, que vigora até os dias de hoje.

Obviamente, a legislação não fez com que as pessoas parassem de consumir o entorpecente, e o loló continua tendo espaço, principalmente entre os jovens.

Um dos ilícitos mais consumidos do Brasil

Uma estimativa feita pela Fundação Oswaldo Cruz, divulgada no “III Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira”, 2019, revelou que as substâncias tipo loló estão entre as drogas ilícitas mais consumidas no país, atrás apenas de maconha e cocaína em pó.

Em números absolutos, estima-se que 4,2 milhões de brasileiros já tenham consumido inalantes do tipo em algum momento da vida.

Explosão em transportadora

Na tarde da última segunda-feira (18), um pacote explodiu ao ser manuseado pelo funcionário de uma transportadora localizada no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.

Imagens da câmera de segurança do local mostram que o funcionário não chegou a abrir a caixa. Ele derrubou o pacote, e no momento em que pegou de volta, a embalagem explodiu. Confira:

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, o funcionário sofreu um corte no rosto, e foi socorrido pelos próprios colegas.

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Jaraguari

Polícia Civil apreende meia tonelada de cocaína e dois fuzis em MS

Carga apreendida foi avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões

23/11/2024 09h15

Operação apreendeu meia tonelada de cocaína e dois fuzis

Operação apreendeu meia tonelada de cocaína e dois fuzis Foto: Divulgação / PCMS

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Por meio da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), a Polícia Civil  apreendeu 523 kg de cocaína, dois fuzis e outros 205 kg de maconha em Jaraguari, cidade distante 55 km da Capital.

A ação realizada nesta sexta-feira (22) se deu por meio denúncia  de que fardos de drogas haviam sido avistados na região. A carga apreendida foi avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões.

Operação Células 

Na última quinta (21), foi deflagrada em Dourados a operação “Células”, também em combate ao tráfico de drogas. A ação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Polícia Civil do município  e contou com apoio de cerca de 60 policiais.  

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, que fecharam oito “bocas de fumo”. Dez pessoas foram presas em flagrante por  tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Foram encontrados cocaína, maconha e crack, um revólver de calibre 38, um revólver de calibre 32, munições de calibres diversos e mais de R$ 20 mil em espécie.

De acordo com a Polícia Civil, a expressão “Células” se refere aos diversos núcleos de traficantes que atuam espalhados por diversos bairros do município. O objetivo da ação é desmantelar e enfraquecer esses grupos. 

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