Cidades

EM TRATATIVAS

Concurso da Polícia Civil terá 400 vagas em Mato Grosso do Sul

Serão 300 vagas para investigador e 100 para escrivão; salários e especificações para concorrer a cada cargo serão divulgados em edital

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O concurso público da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deve ter 400 vagas, sendo 300 para investigador e 100 para escrivão. A informação foi repassada pelo delegado-geral da Polícia Civil do Estado, Lupérsio Degerone Lúcio, em entrevista à uma rádio.

Segundo o delegado, o pedido formal já foi protocolado, mas ainda não há data para abertura das inscrições ou divulgação do edital.

Uma das novidades esperadas para o certame é a possibilidade de inscrição de pessoas com cursos tecnológos, que foi reconhecido pelo Ministério da Educação como ensino superior. No entanto, a Assembleia Legislativa ainda precisa aprovar o projeto de lei que prevê esta possibilidade.

"A escolaridade será nível superior, bacharelado e licenciatura, mas por uma questão de redação da nossa Lei Orgânica, ela não vinha prevendo o cargo de tecnólogo e o MEC já o reconheceu como nível superior e nós queremos proporcionar a oportunidade para todos. Uma vez já reconhecido pelo MEC, eu pedi para que fosse feita uma adequação na nossa legislação e queremos que dê tempo o suficiente para proporcionamos ao pessoal que tenha tecnológo a oportunidade de ingressar na Polícia Civil", disse o delegado-geral.

A realização do concurso público foi divulgada por Lupérsio Degerone no início de junho, mas na ocasião ainda não havia o quantitativo de vagas.

Conforme noticiou o Correio do Estado, há uma demanda de reposição do efetivo, que deve ser feita por meio do concurso.

O delegado-geral não deu detalhes, mas disse que as tratativas junto a Secretaria Estadual de Segurança Pública e ao Governo do Estado "estão avançadas".

Além da reposição de pessoal, Lupérsio Degerone também citou a necessidade de novas contratações devido ao investimento em infraestrutura, como implantação de novas salas lilás, além da possibilidade de criação de uma delegacia de repressão a crimes cibernéticos, que está em estudo e demandam mão de obra qualificada.

Sala Lilás é um espaço criado para prestar atendimento especializado e humanizado às mulheres vítimas de violência física e sexua

Os salários e demais especificações de cada cargo serão divulgados em edital.

Concursos anteriores

Ainda em junho, Lupérsio Degerone Lúcio relembrou que houve um concurso público da Polícia Civil de MS em 2017, com processo de judicialização que, segundo Lupérsio, atrapalhou a deflagração de um novo certame.

Neste concurso, foram 38.262 inscrições para 210 vagas distribuídas nos cargos de investigador (100), escrivão (80) e delegado (30). Os salários variavam, na época, de R$ 3.888,26 a R$ 14.978, 26.

Em 2021 também houve concurso público, mas este com vagas para delegado, perito papiloscopista, agente de polícia científica, médico legista e perito criminal. No total, foram 263 vagas, com salários variando de R$ 7.377,66 a R$ 17.014,18.

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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